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Eu gostava que o nosso jardim tivesse uma tenda ou… a (re)construção do jardim com a comunidade educativa
dc.contributor.advisor | Almeida, Tiago | pt_PT |
dc.contributor.author | Afonso, Ana Filipa Couceiro Fornelos | |
dc.date.accessioned | 2018-04-09T09:26:41Z | |
dc.date.available | 2018-04-09T09:26:41Z | |
dc.date.issued | 2017-04-07 | |
dc.description | Relatório de Estágio apresentado à Escola Superior de Educação de Lisboa para obtenção do grau de mestre em Educação Pré-Escolar | pt_PT |
dc.description.abstract | “Ninguém sabe andar na rua como as crianças. Para elas é sempre uma novidade, é uma constante festa transpor umbrais. Sair à rua é para elas muito mais do que sair à rua. Vão com o vento. Não vão a nenhum sítio determinado, não se defendem dos olhares das outras pessoas e nem sequer, em dias escuros, a tempestade se reduz, como para a gente crescida, a um obstáculo que se opõe ao guarda-chuva.” Ruy Belo, 1970, p.16 Nada é tão bom quanto brincar na rua. “Brincar sem teto” (Vale, 2013, p. 11) é uma oportunidade de ser livre. Outrora era na rua que se ouvia o som da infância, jogava-se ao pião, construíam-se casas nas raízes das árvores e jogava-se à bola até ao anoitecer. Nos dias de hoje, a proteção e o medo falam mais alto e o som das crianças a brincarem foi substituído pelo ruído dos carros e a correria das pessoas. Hoje em dia os media sobrecarregam os pais/as famílias com um medo constante, trazendo ao de cima o seu instinto de proteção que os leva a conotar a rua como um local de permanente perigo. Além disto, a falta de tempo inerente à agitação permanente faz com que as crianças deixem de ter a oportunidade de explorar as possibilidades que a rua oferece. O tempo passado a brincar nas ruas está hoje confinado a quatro paredes. Neste sentido, cabe à escola e consequentemente ao/à educador/a proporcionar à criança tempo livre de qualidade no espaço exterior. Foi ao redor desta reflexão e sabendo que as investigações em educação de infância centram-se, sobretudo, no que ocorre no interior da sala de atividades ignorando o espaço exterior como possibilidade de ação, que levei a cabo um projeto de investigação, numa abordagem qualitativa, no qual toda a comunidade educativa foi desafiada a alterar o espaço exterior com base nas observações das interações das crianças, considerando, em todo o processo, a voz das mesmas. Desta forma, o projeto permitiu refletir acerca da importância do brincar nos espaços exteriores, bem como o papel que o/a educador/a assume no mesmo. Além disto, foram elaboradas entrevistas que permitiram comparar as brincadeiras e os recreios de antigamente e os atuais. Para isto privilegiaram-se como técnicas de recolha de dados a observação direta, a entrevista, a consulta e análise de documentos e as notas de campo. Assim, concilia-se a pesquisa bibliográfica mobilizada com a recolha de dados realizada ao longo da intervenção. Além de uma reflexão do projeto de investigação, o presente relatório pretende ser uma abordagem crítica e reflexiva da prática profissional supervisionada desenvolvida, no ano letivo 2016/2017, em contexto de jardim de infância com um grupo de 25 crianças com idades compreendidas entre os três e os cinco anos, na qual o grande objetivo de ação foi a transformação do espaço exterior com a comunidade educativa. | pt_PT |
dc.description.abstract | ABSTRACT "Nobody knows how to walk on the street like the children. For them it is always a novelty, it is a constant party to transpose doorposts. Going out on the street is more for them than going outside. Go with the wind. They do not go to any particular place, they do not defend themselves from the looks of other people, and even on dark days the storm is reduced, as for grown people, to an obstacle that opposes the umbrella. " Ruy Belo, 1970, p.16 Nothing is as good as playing on the street. "Playing without a roof" (Vale, 2013, p.11) is an opportunity to be free. Once, it was on the streets that the sound of childhood was heard, it was playing hide and seek, building houses in the roots of the trees and it was playing ball until dusk. Nowadays, protection and fear speak louder and the sound of children playing has been replaced by the noise of cars and the rush of people. Nowadays the media overwhelm parents / families with constant fear, surfacing their instinct of protection that leads them to acknowledge the street as a place of permanent danger. In addition, the lack of time inherent in the constant agitation steals the children opportunity to explore the possibilities that the street offers. The time spent playing in the streets is now confined to four walls. In this sense, it is up to the school and, consequently, the educator to provide the child with quality free time outside. It was around this reflection, knowing that the investigations in childhood education focus, above all, on what happens inside the room of activities, ignoring the outside as a possibility of action, that I carried out a research project, in a qualitative approach, in which the entire educational community was challenged to change the exterior space based on the observations of children's interactions, considering the voice of the children throughout the process. In this way, the project allowed to reflect on the importance of playing in the exterior spaces, as well as the role that the educator assumes in it. In addition, interviews were elaborated that allowed to compare the games and the recreations of old times and present ones. For this purpose, direct observation, interview, consultation and analysis of documents and field notes were used as data collection techniques, thus, combining the bibliographical research mobilized with the data collection performed throughout the intervention. In addition to reflecting on the research project, this report intends to be a critical and reflective approach to the supervised professional practice developed in the 2016/2017 school year in a kindergarten context with a group of 25 children aged between three and the five years, in which the great objective of action was the transformation of the exterior spaces with the educational community. | en |
dc.description.version | N/A | pt_PT |
dc.identifier.tid | 201823616 | |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10400.21/8374 | |
dc.language.iso | por | pt_PT |
dc.peerreviewed | yes | pt_PT |
dc.rights.uri | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/ | pt_PT |
dc.subject | Criança | pt_PT |
dc.subject | Brincar | pt_PT |
dc.subject | Espaço exterior | pt_PT |
dc.subject | Educador | pt_PT |
dc.subject | Children | en |
dc.subject | Playing | en |
dc.subject | Exterior space | en |
dc.subject | Educator | en |
dc.title | Eu gostava que o nosso jardim tivesse uma tenda ou… a (re)construção do jardim com a comunidade educativa | pt_PT |
dc.type | master thesis | |
dspace.entity.type | Publication | |
rcaap.rights | openAccess | pt_PT |
rcaap.type | masterThesis | pt_PT |
thesis.degree.name | Educação Pré-Escolar |