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Introdução: A identificação do fluxo sanguíneo e das suas características assume uma importância crucial na avaliação vascular através de ultrassonografia. Contudo, a avaliação de vasos de pequeno calibre e/ou com velocidades reduzidas pode constituir um desafio quando utilizadas técnicas como Power Doppler e Doppler Cor. O Suberb Microvascular Imaging (SMI) é uma tecnologia desenvolvida pela empresa Toshiba, no ano de 2014, que ultrapassa as lacunas da avaliação microvascular. Este trabalho tem como propósito apresentar esta inovação, abordando a sua tecnologia inerente, bem como vantagens e desvantagens, demonstrando, por fim, a sua utilidade diagnóstica, através da apresentação de casos clínicos e estudos em que esta modalidade foi empregue. Desenvolvimento: O SMI representa uma inovação na área vascular, que permite visualização da microvasculatura e de fluxos com baixas velocidades. Atualmente, está incorporado nos ecógrafos Aplio a-series e Aplio i-series, sendo compatível com algumas sondas sectoriais, lineares e convexas. Esta técnica pode ser utilizada de três modos, sendo estes o monocromático, que apresenta imagens sob a escala de cinzentos, o codificado a cores, cuja imagem possui cor e tons de cinza de forma simultânea, e o 3D, que possibilita a reconstrução tridimensional a partir da aquisição de imagens bidimensionais. A principal vantagem do SMI reside na visualização de vasos de pequenas dimensões ou cujos fluxos apresentam baixa velocidade, produzindo imagens com elevado frame rate e resolução e poucos artefactos motores. O SMI é também de
carácter não invasivo e monetariamente acessível, sendo ainda considerado uma técnica de imagem simples, segura e altamente reprodutível. No que concerne às desvantagens, a não standardização da sua utilização na
avaliação de patologias vasculares e a ausência de informação acerca da direccionalidade do fluxo sanguíneo, são aspetos a considerar do SMI. Relativamente à utilidade diagnóstica, o SMI tem evidenciado um papel promissor na avaliação de estruturas microvasculares (na população obstétrica, pediátrica e adulta), na deteção de lesões relacionadas com diminuição ou ausência de fluxo, e na aferição da presença ou instabilidade das placas ateroscleróticas. Conclusão: Ainda que seja uma tecnologia relativamente recente e a sua utilização não se encontre standardizada, o SMI proporciona avanços significativos na visualização de estruturas vasculares variadas, cobrindo as lacunas ultrassonográficas de técnicas mais convencionais, melhorando a acuidade diagnóstica e facilitando a avaliação vascular do utente. É de relevar, portanto, a necessidade da melhoria contínua das técnicas em saúde, de maneira a ultrapassar as suas desvantagens e atingir o seu potencial máximo.
Description
Keywords
Ultrassonografia Diagnostic imaging Microcirculation Microvessels Ultrasonography Technology
Citation
Gastão B, Rosa C, Reis C, Fernandes F. Superb microvascular imaging (SMI): inovação no contexto da ultrassonografia vascular. In: XVII Seminário Temático em Fisiologia Clínica, ESTeSL, 1 de fevereiro de 2024.