Repository logo
 
Publication

Razão tolerante: algumas notas a partir do ensino do módulo de protocolo

datacite.subject.fosCiências Sociais::Ciências da Educação
datacite.subject.sdg04:Educação de Qualidade
dc.contributor.authorEiró-Gomes, Mafalda
dc.date.accessioned2025-06-23T09:19:15Z
dc.date.available2025-06-23T09:19:15Z
dc.date.issued2025-05-28
dc.description.abstractNo nosso quotidiano, e também quando propomos as matérias a serem lecionadas, deixamo-nos muitas vezes levar por questões de economia discursiva com generalizações nem sempre bem conseguidas. Neste artigo usaremos a definição estrita e clássica de “protocolo” como o conjunto de leis, normas e regras oficiais. O protocolo como o que rege as relações institucionais e que, por definição, é da ordem do normativo e do legal. Nas aulas falamos de todo um conjunto de “produtos” do protocolo como a ordem de precedências, as fórmulas de tratamento, a colocação de lugares ou os planos de mesa, o código de vestuário, o tapete vermelho, os hinos e as bandeiras, pavilhões, escudos, ou outros símbolos, bem como sobre as honras militares. Distinguimo-lo do que se deixa subsumir sob a noção de “etiqueta”, isto é, as regras de cortesia em eventos de entidades públicas ou privadas e claro, muito relevante também nos cursos de comunicação, as regras em contextos laborais. A etiqueta é o formalismo das relações entre particulares, os comportamentos a ter em sociedade interditando alguns comportamentos, privilegiando outros. Se é mais ou menos claro o que é do domínio da norma, o que é do domínio do protocolo, aquele conjunto de regras que quando não aceites levam a que os meios de comunicação social falem em “saltar” ou “romper” o protocolo e que podem levar a crises institucionais, o mesmo já não se pode dizer do conceito de “etiqueta”. Quando falamos em etiqueta parece que estamos em conflito com tudo aquilo em que a sociedade atual acredita, e que para usar uma expressão cara a Lipovetsky (2021), poderíamos designar como o “mito da autenticidade”. Em Le sacre de l’authenticité (2021) o autor faz eco de muitas das críticas, contrariedades e recusas da actual geração em aceitar os temas acima especificados em nome e, mais uma vez, nas palavras de Lipovetsky, da fidelidade a si próprios. Foi precisamente a partir destas questões mas também de diversas leituras que não só traçam uma memória histórica sobre as questões de “protocolo” e “etiqueta” (Seguin, 1992) como nos levam a repensar a forma de ensinar estas questões - quando mantemos como princípio e objetivo da missão da universidade o desenvolvimento do pensamento crítico e a formação dos nossos estudantes como cidadãos - que se redigiram as notas a ser apresentadas. A reflexão centrar-se-á na noção de tolerância e muito em especial sobre o conceito de “racionalidade tolerante” como uma forma de repensar o que é fundamental discutir quando pensamos em temas como os do “protocolo” e da “etiqueta". Em Um fio de nada: ensaio sobre a tolerância, Diogo Pires Aurélio (1997, 2010) afirma a importância deste conceito, dizendo mesmo que em nada perdeu actualidade, isto em 2010 aquando da edição no Brasil da obra, 13 anos depois do seu lançamento em Portugal. Com a mesma propriedade diremos nós, hoje, que a pertinência deste conceito precisa ser partilhada nas nossas aulas e em especial nos contextos de leccionação de formas de civilidade e urbanidade em cursos, e em universidades, onde o cruzamento de indivíduos e comunidades se tornaram correntes. Mas também como uma forma de reforçar o papel da universidade na formação de cidadãos e na prossecução de caminhos que permitam o reconhecimento do outro. De acordo com o autor “(...)aquilo a que poderíamos chamar a razão tolerante fundamentar-se-á (...) no reconhecimento do outro como pura alteridade.” (Aurélio, 2010, 143).por
dc.description.sponsorshipDeslocação financiada pelo Programa de Estímulo à Internacionalização do Corpo Docente da ESCS - 2025
dc.identifier.citationEiró-Gomes, M. (2025, mai, 28-31). Razão tolerante: Algumas notas a partir do ensino do módulo de protocolo. Comunicação apresentada no “XIV Encontro Hispano-Luso de Protocolo Universitário / XXII Encontro de Responsáveis de Protocolo e Relações Institucionais das Universidades Espanholas”, Escola de Economia, Gestão e Ciência Política (EEG) da Universidade do Minho, Braga, Portugal.
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10400.21/21933
dc.language.isopor
dc.peerreviewedn/a
dc.publisherUniversidade do Minho
dc.relation.hasversionhttps://www.uminho.pt/PT/siga-a-uminho/Paginas/Detalhe-do-evento.aspx?Codigo=66260
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
dc.subjectProtocolo
dc.subjectComunicação
dc.subjectTolerância
dc.subjectRazão tolerante
dc.titleRazão tolerante: algumas notas a partir do ensino do módulo de protocolopor
dc.title.alternative“Razão tolerante”por
dc.typeconference paper
dspace.entity.typePublication
oaire.citation.conferenceDate2025-05-28
oaire.citation.conferencePlaceUniversidade do Minho, Braga
oaire.citation.titleXIV Encontro Hispano-Luso de Protocolo Universitário / XXII Encontro de Responsáveis de Protocolo e Relações Institucionais das Universidades Espanholas
oaire.versionhttp://purl.org/coar/version/c_be7fb7dd8ff6fe43
person.familyNameEiró-Gomes
person.givenNameMafalda
person.identifier.ciencia-id9D1B-9193-3B14
person.identifier.orcid0000-0001-9573-5576
relation.isAuthorOfPublication7bb180f1-0ca0-49e1-b7f8-e292171cbeea
relation.isAuthorOfPublication.latestForDiscovery7bb180f1-0ca0-49e1-b7f8-e292171cbeea

Files

Original bundle
Now showing 1 - 2 of 2
No Thumbnail Available
Name:
Razão tolerante - UMINHO.pdf
Size:
126.06 KB
Format:
Adobe Portable Document Format
Loading...
Thumbnail Image
Name:
PROTOCOLO BRAGA MEG.pdf
Size:
47.95 KB
Format:
Adobe Portable Document Format
License bundle
Now showing 1 - 1 of 1
No Thumbnail Available
Name:
license.txt
Size:
4.03 KB
Format:
Item-specific license agreed upon to submission
Description: