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A análise da participação das crianças e suas articulações com as instituições para
a infância, especialmente a escola, é actualmente um dos temas mais expressivos
nos estudos educacionais e sociológicos da infância (Sarmento, 2005). Pese embora a sua complexidade, torna-se cada vez mais urgente e necessário ouvir as crianças relativamente à sua acção e agência no espaço social onde passam mais tempo: a escola. Esta urgência advém da mudança de uma perspectiva
paradigmática que considerava as crianças como objectos de intervenção, sem
acção política, para uma perspectiva paradigmática que considera as crianças
como actores sociais com direitos, nomeadamente os que estão consagrados na
Convenção dos Direitos da Criança (1989), nomeadamente o artigo 12 (direito de
expressão), o artigo 13 (direito de informar e ser informado) e o artigo 15 (direito
de associação).
Este texto apresenta um trabalho de investigação com carácter exploratório
desenvolvido em seis agrupamentos de Escolas da área metropolitana de Lisboa, alguns dos quais com programa TEIP, e tem como objectivo central fazer algumas reflexões, ainda que provisórias, sobre a (não) participação das crianças em contexto escolar. Para o efeito, analisamos os discursos de vários actores: crianças, directores, professores, assistentes operacionais, associação de pais,
animadores e mediadores socioculturais, sobre a participação das crianças:
concepções, representações e acções.
O trabalho empírico foi desenvolvido em contexto escolar, de forma a contribuir
para a desconstrução da ideia de que "as escolas são os mundos dos professores
nos quais as crianças são hóspedes temporários" (Cullingford, 1991 cit in Wyness, 1999, p.356).
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Keywords
Direitos da criança Infância Participação Escola