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A Voz humana é tão imensa como a própria humanidade; ela pertence ao género humano ao mesmo título que todas as faculdades de que a natureza lhe deu privilégio e assim faz parte dos seus talentos insólitos. Isto subentende que a Voz será objecto de um desenvolvimento de acordo com os ensejos criativos de cada um. Contudo, a sua natureza específica rende-lhe o tributo de ser um dos talentos mais inatingíveis entre todos, uma matéria fluida, abstracta, susceptível de atrair adesão e rejeição seja da parte de quem a emite ou de quem a recebe, conforme os critérios de oportunidade e de gosto.
Neste contexto, pretendemos fazer algumas interpretações dos múltiplos usos da Voz, no âmbito da criação artística, a partir da análise de Michel Poizat sobre as personagens femininas de algumas óperas como Salomé de Richard Strauss e Lulu de Alban Berg, do agudo ao falsetto, do sprechgesang ao grito musical, com referências também significantes ao nível da fisicalidade nas variantes da voz teatral segundo pressupostos de Antonin Artaud. Apontamos ainda alguns exemplos de utilização do grito cantado e do falsetto que se podem apreciar em Libera me de Constança Capdeville e Wozzeck, Alban Berg.
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Filosofia da voz Grito Teatralidade Performance Individualidade