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Génese da censura salazarista e práticas jornalísticas
dc.contributor.author | Barros, Júlia Teresa Pinto De Sousa | |
dc.date.accessioned | 2021-01-15T15:20:58Z | |
dc.date.available | 2021-01-15T15:20:58Z | |
dc.date.issued | 2019-02-07 | |
dc.description.abstract | Quando, em novembro de 1932, Salazar, na entrevista a António Ferro, afirma“ Os católicos foram absolutamente estranhos à minha entrada no Governo, como têm sido absolutamente estranhos a todos os meus atos políticos” , revela, antes de mais, a necessidade de defender a sua linha de atuação política, já em marcha. Está por estudar o lugar da censura na luta política da ditadura militar (1926- 1933). No entanto, a censura foi um instrumento político disponível, de valor incalculável, sem o qual não é possível entender a afirmação política do sector católico autoritário. À atuação da censura coube reconfigurar, continuamente, o campo dos “ situacionistas”, mas não só, a censura constituiu-se como o meio de propaganda mais abrangente e eficaz na edificação do Estado autoritário. Uma grande parcela da atividade censória recaía não sobre opiniões, ou comentários, mas sobre a matéria prima em que se vinha edificando a imprensa escrita e o trabalho jornalístico: a informação. Tratava-se de uma atividade com implicações que estavam longe de se limitar à luta política travada entre grupos e individualidades que reclamavam protagonismo no campo político. A atuação da censura implicava toda a sociedade portuguesa condicionando a experiência e perceção daquele tempo histórico. No final de 1932, ainda antes da institucionalização do Estado Novo, já se desenhava o primeiro esquisso da representação do país imaginado pelo autoritarismo católico conservador. Com base no espólio da Ephemera analiso os primeiros boletins de cortes à imprensa, redigidos semanalmente, pela Direção dos Serviços de Censura, entre março e outubro de 1932. Procuro compreender a crescente afirmação do aparelho de censura, no interior da ditadura militar, e o seu impacto nas práticas jornalísticas neste período de pré institucionalização do Estado Novo. No processo de desarticulação do sistema informativo herdado do liberalismo, então em curso, destaco a interdição de procedimentos de recolha de informação atual há muito estabelecidos nas rotinas diárias das redacções dos jornais (reportagem, entrevista, registo de depoimentos, de boatos, de notas de correspondentes, etc.). | pt_PT |
dc.description.version | N/A | pt_PT |
dc.identifier.citation | Barros, J. (2019, fevereiro, 7-9). Génese da censura salazarista e práticas jornalísticas. Comunicação apresentada, no Congresso História da Cultura em Portugal no Século XX. Industrialização, massificação, mediações. Biblioteca Nacional, Lisboa, Portugal | pt_PT |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10400.21/12619 | |
dc.language.iso | por | pt_PT |
dc.peerreviewed | yes | pt_PT |
dc.publisher | Instituto de História Contemporânea - FCSH-UNL | pt_PT |
dc.relation.publisherversion | https://ihc.fcsh.unl.pt/events/cultura-portugal/ | pt_PT |
dc.rights.uri | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/ | pt_PT |
dc.subject | Jornalismo | pt_PT |
dc.subject | Censura | pt_PT |
dc.subject | Propaganda | pt_PT |
dc.subject | Ditadura | pt_PT |
dc.subject | Liberalismo | pt_PT |
dc.title | Génese da censura salazarista e práticas jornalísticas | pt_PT |
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dspace.entity.type | Publication | |
oaire.citation.conferencePlace | Biblioteca Nacional, Lisboa | pt_PT |
oaire.citation.title | Congresso História da Cultura em Portugal no Século XX. Industrialização, massificação, mediações | pt_PT |
person.familyName | Barros | |
person.givenName | Júlia Teresa Pinto de Sousa | |
person.identifier.orcid | 0000-0001-6104-0602 | |
rcaap.rights | closedAccess | pt_PT |
rcaap.type | conferenceObject | pt_PT |
relation.isAuthorOfPublication | 382fa8c8-d525-41ea-bbbb-aab18ab4f547 | |
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