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Abstract(s)
O derrube da ditadura Salazarista/Marcelista, a 25 de Abril de 1974, assinala o desencadeamento de um processo revolucionário em que, através de uma intensa disputa, se decidem os destinos do país. Todos os que, do exterior, observaram a evolução política portuguesa nesses anos de 1974-1975 são unânimes em destacar a sua excecionalidade. O jornalista do Le Monde Dominique Pouchin refere-se-lhe como o “último teatro leninista”, uma “Cuba na Europa do Sul” (POUCHIN, 1994). As viagens de turismo cultural organizadas pela agência Nouvelle Frontières deixam patentes que, para os jovens europeus, participantes da experiência do Maio de 68, esta era a possibilidade de observar in loco o que apenas conheciam dos manuais. Portugal era um laboratório de experimentação política e social, onde decorria a última revolução de esquerda da Europa.
O objetivo deste artigo é analisar o papel do Conselho da Revolução, um organismo político militar que, constituído em inícios de 1975, traduz a institucionalização do poder militar e da legitimidade revolucionária. Durante um ano (abril de 1975 a abril de 1976) foi o órgão cimeiro da estrutura constitucional revolucionária e, apesar de com muito menor influência, irá manter-se entre os órgãos de soberania até à revisão constitucional de 1982.
Description
Keywords
Ditadura Democracia Revolução Transição Justiça Transicional
Citation
Rezola, M.I. (2020). Quem comanda? O Conselho da Revolução e o papel das Forças Armadas na Revolução Portuguesa. In G.V. Dockhorn, J.P.A. Nunes & D.A. Konrad (coords.), Brasil e Portugal: Ditaduras e transições para a democracia. (pp. 97-117). DOI: https://doi.org/10.14195/978-989-26-1717-6. [Acedido em novembro, 09, 2020]
Publisher
Imprensa da Universidade de Coimbra
Universidade Federal de Santa Maria
Universidade Federal de Santa Maria