Name: | Description: | Size: | Format: | |
---|---|---|---|---|
642.47 KB | Adobe PDF |
Advisor(s)
Abstract(s)
Os contornos da atual realidade – global e isenta de fronteiras - onde o digital revolucionou relações interpessoais e noção de distância, democratizando o acesso ao conhecimento e melhorando a vida dos indivíduos, lançaram a sociedade num drama enraizado na sua própria atividade tecnocientífica, cujo estado normal ameaça tornar-se catastrófico, dado o seu caráter de vulnerabilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade, e originando a denominada ‘sociedade de risco’.Neste paradoxo, reside a pertinência em estudar num contexto municipal o fluxo comunicacional, assim como os mecanismos de resposta a situações de risco da comunidade. Os objetivos do estudo são avaliar o esforço empregue na comunicação do risco pela autarquia e captar a perceção dos munícipes, quer do risco, quer da receção das mensagens e participação ativa nas decisões para a capacitação de um município alerta, consciente e capaz de agir preventivamente.Não existindo consenso entre técnicos, decisores e o público leigo em matéria de perceção do risco, urge comungar a noção de risco, simetrizando conteúdos entre peritos e desconhecedores. A prática de uma comunicação integrada do risco, estrategicamente voltada para públicos em diferentes níveis de consciência/informação, constitui-se como um meio eficaz para a capacitação populacional quanto à compreensão, avaliação e ação sobre os riscos a que pode, infortunadamente, estar sujeita. Esta comunicação aproxima-se do ideal de governança do risco, caracterizado por uma comunicação bilateral, na qualidade de canal de troca de (in)formações e opiniões entre os stakeholders para que, no fim, convirjam na tomada de decisão face aos comportamentos a implementar.Acreditando na comunicação como pedra basilar, apta a instituir as condições do relacionamento organis- mos-público, registam-se parcas investigações na área da comunicação estratégica, nomeadamente em contexto local, daí o interesse pela Vila de Mafra.Recorre-se a uma metodologia mista, usando ferramentas de pesquisa qualitativas – como uma auditoria à comunicação da Câmara; análise SWOT; mapeamento de stakeholders; entrevistas a responsáveis pela tomada de decisão, governança e comunicação do risco – e quantitativas – com o inquérito a uma amostra da população mafrense.Em resultado queremos aferir as dúvidas da comunidade mafrense no que concerne à comunicação rececionada para a sua capacitação, assim como qual a abertura à sua opinião sobre a legitimidade das decisões tomadas em situação de risco. Esperamos auxiliar no (re)estabelecimento de uma comunicação estratégica fluida e mútua entre a Câmara Municipal e a comunidade envolvente, corroborando a grande responsabilidade que justifica a sua existência neste município.
Description
Keywords
Comunicação estratégica Comunicação de risco Município de Mafra
Citation
Nunes, M. & Pereira, S. (2020, out 12-16). Comunicação de risco em contexto municipal: Reflexões preliminares. Comunicação apresentada no V Congresso Internacional de Riscos - Contributos da ciência para a redução do risco: Agir hoje para proteger o amanhã. Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal.
Publisher
RISCOS – Associação Portuguesa de Riscos Prevenção e Segurança