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  • A imagem (in)dizível e a representação do insuportável
    Publication . Matoso, Rui
    Na clareira aberta pela polémica criada após a publicação de Images Malgré Tout ( Georges Didi-Huberman), vislumbra-se a monstruosidade do Holocausto judeu e o seu limiar inumano, designadamente nas fotografias documentais e em especial nestas quatro imagens conseguidas graças a um meticuloso trabalho de colaboração entre a resistência polaca antifascista e os membros do Sonderkommando. Perante estas imagens, a impotência da imaginação surge como estranhamente idêntica à do inimaginável, do insuportável e do indizível, ultrapassada apenas pelo terror incrustado nos testemunhos dos prisioneiros dos campos de extermínio nazis.
  • A imagem especulativa
    Publication . Matoso, Rui
    A mais importante característica das imagens técnicas, segundo Flusser (1998), é o facto de materializarem determinados conceitos a respeito do mundo, justamente os conceitos que nortearam a construção dos aparelhos que lhes dão forma. Assim, a fotografia, muito ao contrário de registar automaticamente impressões do mundo físico, transcodifica determinadas teorias científicas em imagens. No decorrer deste ensaio, e enquanto sintoma do desaparecimento de uma ontologia estável da imagem, pretende-se examinar a hipótese de uma transdução da percepção visual num novo regime da imagem e da visão sintética. Procuraremos igualmente estabelecer a rede conceptual que nos permita desenvolver uma síntese da noção de imagem especulativa num enquadramento teórico que se vem designando como post-media, designadamente no contexto neocibernético.
  • A computação do (in)isível: imagem, ideologia e neocibernética
    Publication . Matoso, Rui
    No que se refere à categoria das imagens mentais e à sua suposta invisibilidade fenomenológica, a partir do momento em que uma tecnologia extractiva transduz os impulsos eléctricos que se formam nas redes neuronais do córtex visual, em pixeis, e nos fornece uma representação sintética das imagens produzidas no interior da camera obscura craniana, estamos diante de um novo patamar que nos permite visualizar o último reduto do invisível. Imersos no dispositivo tecno-estético global, somos mobilizados pela estru- tura técnica da premediação, cujo desígnio é o de mobilizar e modular, no presente, orientações afectivas – individuais e colectivas – em direção a um futuro potencial, ou seja, em direção à formação de uma virtualidade real. Mas não nos iludamos, a au- tomação e a invisibilidade neocibernética da dominação não resulta do poder transcendental de um artífice supremo, mas antes de um novo regime de go- vernamentabilidade e controlo das subjectividades potenciado pelo tratamento algorítmico da informação acumulada (governação algorítmica).