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  • Públicos da cultura: o lugar dos estranhos
    Publication . Matoso, Rui
    Quando Ortega y Gasset afirma que «viver é estar entregue ao inimigo, ao mundo» (Gasset, 142), numa variação complementar do seu famoso aforismo «o homem é o homem e as suas circunstâncias», dá a entender que não se pode compreender a ipseidade individual (a existência singular e concreta) prescindindo dos contextos e do momento histórico em que se vive, bem como das relações que se estabelecem. Neste caso, acrescenta o filósofo, haveria que substituir o princípio cartesiano resumido no cogito ergo sum (penso, logo existo), e na sua vez afirmar: penso, logo somos, o mundo e eu. A composição social das nossas cidades está em constante mutação, tendo a valorização da “diversidade cultural” assumido, nos últimos anos, uma importância política, retórica e mediática, sem precedentes. É nosso objectivo neste artigo equacionar o seu significado e as suas práticas do lado dos públicos da cultura.
  • Públicos da cultura e estratificação social: uma perspectiva a partir de Pierre Bourdieu e da sua obra “La distinction. Critique sociale du jugement”
    Publication . Matoso, Rui
    O ponto de partida deste ensaio é a persistente evidência do efeito da estratificação social nas práticas culturais, evidência já demonstrada por Pierre Bourdieu em 1969, quando confrontado com as estatísticas de frequência dos museus, quase exclusiva das “classes cultivadas”1. De facto, no caso Francês, é consensualmente aceite que, apesar de todo o investimento realizado em sucessivas políticas de democratização cultural, permanecem as assimetrias no acesso à cultura.