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  • O mercado do livro, a edição e a universidade em Portugal: traços contemporâneos
    Publication . Medeiros, Nuno
    O primeiro desafio com que me debato neste capítulo relaciona-se com a polissemia da própria matéria de que falamos quando procuramos abordar o tema que preside ao simpósio internacional “Livros e Universidades”. Assumindo que apenas estamos a tratar da articulação que existe entre edição e universidade, o escopo do objeto e as possibilidades de o conceber, observar e compreender multiplicam-se.Com efeito, refletir sobre livros e universidades tomando a edição como eixo é olhar para uma realidade plural e diversificada. Afinal, poderemos falar de edição e universidade, edição na universidade e edição da universidade, além de edição universitária. Há uma longa tradição de atividade editorial clandestina ou tolerada no espaço universitário como atividade tipográfica obedecendo a programas bem definidos e com planos de publicação, e inclusive regimentos informais, normalmente de caráter contestatário e oposicionista. Por exemplo, a impressão panfletária de folhetos, jornais e brochuras no quadro da atividade dos estudantes é reconhecida como um dos projetos mais persistentes e característicos da universidade em contextos não democráticos2. Falar de edição em universidades pode ser também falar da edição de periódicos patrocinados por uma universidade ou faculdade, dentro ou fora do quadro da chancela de editoras universitárias.
  • Inserção profissional dos diplomados pela Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa nos anos lectivos de 2006/2007 e 2007/2008: relatório de pesquisa
    Publication . Tavares, David; Silva, Carina; Raposo, Hélder António; Medeiros, Nuno; Correia, Patrícia; Denis, Teresa
    Em Portugal, a partir de finais da década de 1980, têm-se acentuado as dificuldades de inserção profissional dos diplomados do ensino superior nas diferentes áreas científicas e, ao nível da empregabilidade, o desemprego entre os licenciados passa a consubstanciar-se como um problema social, no quadro de um fenómeno estrutural assente na relativa massificação deste grau de ensino que origina uma alteração radical da relação entre a escola e o mercado de trabalho, inviabilizando a possibilidade de estabelecimento de formas de planeamento e de regulação entre o sistema de ensino e o sistema de emprego, entre a qualificação e as necessidades de mão-de-obra qualificada. Este problema passa a reflectir-se no campo das tecnologias da saúde a partir da última década, em que se verificaram alterações profundas nos cenários de empregabilidade com a alteração da relação entre a oferta formativa e a oferta de trabalho/emprego, devido sobretudo ao exponencial aumento da oferta de ensino nesta área que é muito superior aos lugares disponíveis no mercado de trabalho. Até ao início da década de 2000, o desemprego não constituía um problema nas diferentes áreas funcionais das Tecnologias da Saúde, pelo contrário, em geral, existia uma oferta de trabalho superior à procura, o mercado absorvia os diplomados e criou a possibilidade de acumulação do exercício profissional para grande parte destes profissionais. Actualmente, não há dados seguros sobre a real dimensão do problema, contudo existe uma tendência crescente para este se acentuar, com efeito, entre 2000 e 2009, o número de escolas que ministram cursos nas áreas das Tecnologias da Saúde multiplicou-se (6 em 2000 e 24 em 2009), estando no conjunto dessas escolas matriculados 14318 estudantes (ano lectivo 2008/09 - Fonte: Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais – GPEARI do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior), ou seja, cerca de metade das cédulas profissionais que eram 27361 em 2010 (Fonte: Administração Central do Sistema de Saúde - ACSS), mesmo considerando que esse número possa não representar o total de profissionais destas áreas. Este cenário impõe um estudo rigoroso sobre a incidência do desemprego e das diferentes formas de inserção profissional dos diplomados nos cursos do campo das tecnologias da saúde como base para se definirem estratégias activas de promoção de emprego e inserção profissional, de modo a minimizar o problema. Embora a transição do ensino superior para a actividade profissional se enquadre num processo multidimensional que envolve dinâmicas sociais, económicas e políticas que ultrapassam a esfera de acção das instituições escolares e, portanto, a inserção dos diplomados não dependa apenas das instituições de ensino, estas têm a obrigação de se preocuparem com o destino profissional daqueles que aí foram formados. Consciente deste aspecto, a Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL) tem identificado esta necessidade em diferentes «Planos de Desenvolvimento», desde 2002. É neste contexto que se apresenta este relatório com o intuito de expor os resultados do estudo efectuado acerca das diferentes formas de inserção profissional dos diplomados da ESTeSL nos últimos anos e criar as condições para implementar um Observatório Permanente de Análise e Acompanhamento da situação (inserção profissional dos ex-estudantes da ESTeSL), ferramenta importante para a definição de estratégias futuras, delineadas com base no conhecimento e reflexão actualizada sobre o tema.
  • Inserção profissional dos diplomados pela Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa em 2014: relatório de pesquisa
    Publication . Tavares, David; Silva, Carina; Raposo, Hélder António; Medeiros, Nuno; Correia, Patrícia
    Há seis anos, a Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL) promoveu o primeiro estudo aprofundado sobre a incidência do desemprego e as diferentes formas de inserção profissional dos diplomados nos cursos aí ministrados. Até então, não existiam dados seguros sobre a dimensão real deste problema relacionado, em primeira instância, com as alterações profundas nos cenários de empregabilidade e inserção profissional dos diplomados do ensino superior nas diferentes áreas científicas e, em particular, no campo das tecnologias da saúde, verificadas a partir do início deste novo século. Os resultados do estudo relativo aos licenciados em 2007 e 2008 permitiram identificar um conjunto de tendências observadas na inserção profissional dos diplomados pela ESTeSL, em diferentes dimensões, nomeadamente os diferentes modos de acesso à vida ativa e de inserção no mercado de trabalho, os percursos profissionais associados às trajetórias de inserção e às suas perspetivas e projetos de futuro. Com o presente estudo, pretende-se comparar as tendências dos processos de inserção profissional destes diplomados relativamente aos que terminaram o seu curso recentemente (2014), com vista a identificar as principais linhas de continuidade e de mudança verificadas durante este período.