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- Biomarcadores na síndrome de apneia obstrutiva do sonoPublication . Ramos, Joana; Silva, Patrícia; Rocha, Paulo; Belo, JoanaA síndrome de apneia obstrutiva do sono (SAOS) caracteriza-se por colapsos parciais ou completos das vias aéreas superiores durante o sono, quando associados a sintomas e/ou doenças. Esta patologia manifesta-se por sintomas como a sonolência diurna excessiva e ronco, associando-se ainda a um acrescido risco cardiometabólico. O método gold-standard para diagnóstico é a polissonografia em laboratório, no entanto, este é dispendioso e apresenta pouca adesão por parte dos pacientes. Assim, tem vindo a aumentar a procura de métodos alternativos para identificação precoce da SAOS, bem como avaliação da sua gravidade, prognóstico e resposta à terapêutica. É neste contexto que surge a procura por biomarcadores, que funcionam como indicadores biológicos de processos patológicos e de resposta a intervenções terapêuticas. Como a SAOS se traduz em períodos repetitivos de hipoxia, e estas alterações se traduzem em variações moleculares, é possível estudá-la através de biomarcadores séricos. O objetivo da comunidade científica é identificar um biomarcador que seja sensível e específico para esta síndrome, permitindo o seu diagnóstico precoce, avaliação da gravidade e determinação do prognóstico através da avaliação do risco cardiometabólico, bem como a monitorização da resposta terapêutica. Assim, foram estudados possíveis biomarcadores de processos inflamatórios, ateroscleróticos e metabólicos. Existem marcadores biológicos promissores para diagnóstico e prognóstico de SAOS, tais como: proteína C-reativa, pentraxina-3, fator de necrose tumoral alfa, L-seletina e molécula de adesão intercelular-1. Da evidência científica disponível, concluiu-se que o biomarcador ideal ainda se considera por descobrir. Pretende-se, para além dos critérios acima mencionados, que os biomarcadores estejam implicados no processo fisiopatológico da síndrome e suas comorbilidades, de modo que as suas variações possam ser interpretadas no contexto da resposta à terapia e redução das complicações associadas à síndrome. O seu estudo deve, ainda, ser acessível à maioria da população e deve apresentar uma boa relação de custobenefício, para que o seu uso permita limitar a necessidade da polissonografia como método de diagnóstico.
- A utilização de dispositivos wearable e o seu potencial para o diagnóstico da síndrome da apneia obstrutiva do sono: NUKUTE®Publication . Bacatelo, Martim; Faria, Nuno; Tomás, Vasco; Belo, JoanaIntrodução - A apneia do sono é um distúrbio grave, muito frequente, caracterizado por episódios repetidos de respiração interrompida durante o sono. Estes episódios podem ter uma duração de alguns segundos a vários minutos e ocorrem devido à oclusão dinâmica e repetitiva da faringe. A apneia obstrutiva do sono é a mais grave situação de um espetro de distúrbios obstrutivos das vias aéreas que prejudicam o sono, a qualidade de vida, predispõem à hipertensão arterial, à diabetes e ao aumento do risco de doença cardiovascular. Para o diagnóstico da Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS), é necessário a ocorrência de pelo menos 5 episódios de apneia/hipopneia por hora juntamente com a existência de sintomas diurnos. A polissonografia do sono (PSG) é o gold standart para o diagnóstico da SAOS. Existem vários níveis deste exame, diferindo entre eles o sítio onde são efetuados e os parâmetros de avaliação. É através deste exame e do índice apneia/hiponeia, juntamente com os sintomas do doente, que é feito o diagnóstico da SAOS. Desenvolvimento - Nas últimas décadas tem havido um havido um grande desenvolvimento dos waearables, em particular na área da saúde. O NUKUTE é um dispositivo de saúde especificamente projetado para ajudar e diagnosticar indivíduos com SAOS. É de fácil utilização, sendo constituído por um colar cervical e um oxímetro de pulso, e vem acompanhado de um tablet, com uma app própria, para a utilização e respetiva interpretação dos dados do dispositivo. O dispositivo apresenta sensores de fluxo aéreo, ronco, giroscópio, frequência cardíaca, saturação de oxigénio, pressão arterial e consumo calórico. Este, permite assim, fornecer um relatório detalhado dos padrões de sono, níveis médios de oxigénio e informação sobre os episódios de apneia tal como fornecer feedback para ajudar o paciente. Apesar de ainda se encontrar em fase de desenvolvimento, já foi efetuado um ensaio clínico no qual apresentou resultados muito satisfatórios na deteção e classificação de apneia/hipopneia, assim como na sua facilidade de utilização, no seu nível de conforto, na maior facilidade para o paciente efetuar com qualidade o exame e durante um maior período de tempo. Conclusão - Assim, o NUKUTE apresenta-se na linha da frente como futuro meio de diagnóstico da SAOS que, apesar de um elevado custo e acessibilidade limitada, se equipara a uma PSG de nível III e apresenta diversas vantagens especialmente no que toca ao conforto e à sua utilização, e numa maior rapidez e facilidade no diagnóstico e tratamento desta síndrome.
- Prevalência de apneia obstrutiva do sono em doentes com história de acidente vascular cerebral: dados de uma amostra de doentes seguidos numa consulta de fisiatria AVCPublication . Faria, Frederica; Cardoso, Érica; Belo, Joana; Fonseca, VirgíniaA Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) é subdiagnosticada e subtratada em indivíduos com Acidente Vascular Cerebral (AVC) dados os sintomas característicos serem subvalorizados e pela dificuldade no acesso aos métodos complementares de diagnóstico específicos. Objetivo do estudo: descrever a prevalência de AOS em doentes com AVC numa amostra de doentes seguidos na consulta de Fisiatria da Unidade Local de Saúde do Algarve - Unidade de Faro.
- Cirurgia bariátrica e síndrome de apneia obstrutiva do sono: caso clínicoPublication . Silva, Matilde; Carlos, Joana; Belo, Joana; Vicente, RitaA Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é um distúrbio respiratório do sono, caracterizado pela obstrução total (apneia) ou parcial (hipopneia) das vias aéreas superiores, devido ao colapso faríngeo, com manutenção esforço respiratório. Pode provocar sintomas diurnos (sonolência diurna excessiva e cefaleias) ou noturnos (ronco e sono fragmentado). A Polissonografia nível I é gold standard para diagnóstico de SAOS, sendo que a polissonografia nível II e teste cardiorrespiratório, também têm valor de diagnóstico. A gravidade da SAOS é dada através do índice apneia-hipopneia (IAH), podendo ser ligeira (5-15 eventos/hora), moderada (15-30 eventos/hora) ou grave (≥ 30 eventos/hora). Este diagnóstico é feito por PSG com IAH≥5/h e presença de queixas compatíveis com SAOS ou diagnóstico de fatores de risco cardiovasculares/ perturbação de humor. Ou, na ausência das queixas ou comorbilidades acima mencionadas, uma PSG com IAH≥15/h. O tratamento de primeira linha é a pressão positiva da via aérea. Caso este seja ineficaz ou intolerado, pode-se recorrer a terapias adjuvantes como a cirurgia bariátrica. A obesidade pode ser dividida em classe 1, 2 e 3 (consoante o IMC) e é o fator de risco mais importante no desenvolvimento de SAOS, provocando aumento da circunferência da cintura e do pescoço, aumentando também o risco de colapso faríngeo. A cirurgia bariátrica é um meio eficaz no combate à obesidade e é indicada em indivíduos com índice de massa corporal (IMC)≥40 kg/m2 ou com IMC≥35 kg/m2 e comorbidades importantes, nos quais tentativas dietéticas de controlo de peso são ineficazes. Caso Clínico: Mulher de 54 anos, com 155cm e 114kg, IMC 48.1. Não fumadora e com HTA. Seguida em consultas de pré-operatório para cirurgia bariátrica. Numa consulta apresentou queixas típicas de SAOS. Realizou oximetria noturna com índice de dessaturação de oxigénio (IDO) = 40.5/hora, sugestivo de SAOS. Posteriormente, realizou um teste cardiorrespiratório que apresentou IAH 82.5/h e IDO 81.5/h sendo diagnosticada com SAOS grave. Foi realizada cirurgia bariátrica, com perda de 33kg, tendo a utente realizado novamente teste cardiorrespiratório com SAOS moderada (IAH 26,9/h). É de notar que a paciente tem redução do IAH importante, de 82,5/h para 26,9/h (grave para moderado), no entanto, continua com IMC de 32,9 - obesidade de grau 1. É importante manter consultas de nutrição e realizar teste cardiorrespiratório após perda ponderal total. Como vários estudos têm mostrado, e com o resultado deste caso, conclui-se que a cirurgia bariátrica contribui para a melhoria da SAOS sendo que a sua taxa de remissão está intimamente relacionada com o peso perdido.