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  • “O que é jornalismo?” - Perceções de estudantes de jornalismo no século XXI
    Publication . Lopes, Anabela de Sousa; Silvestre, Cláudia; Mata, Maria J.
    Neste artigo analisamos, interpretamos e discutimos os resultados de uma pesquisa realizada no ano letivo de 2019-2020, cujo objetivo foi o de captar as perceções de estudantes de licenciatura e de mestrado em jornalismo, da Escola Superior de Comunicação Social (ESCS), sobre o campo jornalístico, no presente, mas também perspetivado no futuro. Esta pesquisa e a reflexão suscitada inserem-se num projeto de trabalho mais alargado que contemplará outras instituições de ensino e ofertas formativas similares. Está estruturada em três dimensões: diagnóstico, intenções e expectativas. Na primeira, as perguntas focam a perceção do aluno sobre o que é o jornalismo atualmente e o seu papel na sociedade; a segunda refere- -se ao modo como os alunos projetam a sua intervenção no debate público como futuros jornalistas e/ou investigadores académicos; a terceira dimensão desafia os alunos a enunciar expectativas sobre o jornalismo que surgirá das convulsões do espaço público, político e cívico. O artigo apresenta as perceções dos estudantes sobre tópicos fundamentais que sustentam as respostas à pergunta que tem norteado várias pesquisas académicas e que dá título a uma das mais conhecidas obras de Nelson Traquina: “O que é jornalismo?”, obra que aqui se assume como base de referência teórica.
  • A construção do olhar sobre o jornalismo – a academia e os estudantes
    Publication . Lopes, Anabela de Sousa; Silvestre, Cláudia; Mata, Maria J.
    A reflexão sobre o ensino do jornalismo assenta, frequentemente, na análise dos planos curriculares dos cursos e na auscultação dos agentes envolvidos no processo ensino-aprendizagem. Terá menor expressividade o trabalho que resulta de uma inquirição sobre o olhar dos futuros jornalistas relativamente à atividade profissional para a qual a academia, com os seus cursos de comunicação/jornalismo, os prepara. Com o objetivo de conhecer as perceções dos estudantes sobre a sua futura profissão, realizámos um inquérito por questionário a estudantes da licenciatura e do mestrado na área da comunicação social/ jornalismo, de 11 instituições portuguesas de ensino superior. O questionário focou-se nos seguintes pontos: (1) no diagnóstico da profissão, nomeadamente nos valores e nas práticas associados ao jornalismo e na relevância social da profissão; (2) nas intenções - como os estudantes projetam a sua intervenção no espaço público como futuros jornalistas; (3) e nas expectativas quanto ao futuro. O estudo realizado permitiu traçar algumas linhas importantes sobre a perceção que os estudantes têm do jornalismo - uma atividade em que se observam mudanças rápidas, muitas delas responsáveis por uma nova ecologia mediática, que vieram condicionar algumas das boas práticas da profissão. É neste contexto que a desinformação surge como epíteto de um jornalismo em perigo, cuja credibilidade tem enfraquecido, destacam os estudantes inquiridos. Estes futuros profissionais de comunicação também têm dúvidas quanto ao papel que os jornalistas poderão ter para mudar este cenário. Contudo, apesar desta leitura negativa da profissão, reconhecem a importância do jornalismo na sociedade, por considerar que este é um pilar da democracia. Para eles, os jornalistas devem vigiar e ajudar a escrutinar os diferentes poderes da sociedade. Quanto às práticas profissionais, a tecnologia surge como fator que pode potenciar a aproximação dos jornalistas aos seus públicos, nomeadamente na criação de fóruns de discussão. É curioso notar que aqueles que já se encontram no mercado de trabalho tendem a manifestar uma perceção menos negativa do que aqueles que não tiveram nenhuma experiência profissional enquanto jornalistas. Também se observam diferenças entre os alunos que estão a ter formação em jornalismo e os que frequentam outros cursos na área da comunicação, sendo que os primeiros têm opiniões mais extremadas, ou seja, apresentam uma maior tendência para concordar ou discordar totalmente. Ademais, consideram que os jornalistas produzem conteúdos diferentes dos de outros profissionais da comunicação. Em geral, estes estudantes de jornalismo estão mais conscientes do decréscimo de investimento no jornalismo de investigação e são os que mais concordam com a ideia de que o jornalismo será fundamental para a sobrevivência da democracia. As respostas obtidas denotam um certo desencontro entre as perceções sobre o jornalismo praticado atualmente e as expectativas sobre a profissão, o que nos levou a refletir sobre o papel das instituições de ensino, que se afiguram mais como promotoras de um olhar fortemente crítico sobre a atividade jornalística, do que impulsionadoras de atitudes proativas na busca de respostas aos vários desafios identificados pelos estudantes. Para além da apresentação do estudo, discutiremos as linhas orientadoras de uma nova investigação com vista a captar as perceções dos estudantes relativamente ao papel da academia na sua formação.
  • As eleições de 2016 em Cabo Verde nas notícias portuguesas
    Publication . Rocha, João Manuel; Lopes, Anabela de Sousa; Silvestre, Cláudia; Barros, Júlia Teresa Pinto De Sousa
    Nesta comunicação propõe-se apresentar os resultados de um estudo sobre a cobertura jornalística dos media noticiosos portugueses aos três atos eleitorais realizados em Cabo Verde em 2016. O estudo procurou, em concreto, caracterizar a cobertura dos jornais Público, Correio da Manhã e Expresso; das televisões RTP, SIC e TVI; e das rádios TSF, Antena 1 e Rádio Renascença. Procura-se identificar as opções dos jornais, no seu todo, e dos meios audiovisuais, nos principais espaços noticiosos, para tentar perceber o investimento editorial feito e, a partir dos resultados que essas opções revelam, refletir sobre a cobertura jornalística de momentos marcantes da vida de um país africano de língua portuguesa. A análise revela um quase total alheamento noticioso de três momentos relevantes da vida de um país com uma forte relação histórica, linguística e cultural com Portugal, o que obriga a repensar a operacionalidade de fatores de noticiabilidade, ou valores-notícia, como a proximidade decorrente de um passado e língua comuns ou da existência de uma vasta comunidade cabo-verdiana em Portugal. A especificidade do objeto de estudo e a escassa dimensão do corpus não permitem, nem isso se pretendia, colocar hipóteses sobre a natureza da cobertura africana dos media portugueses no seu todo, nem sobre o conjunto dos países onde se fala português, e menos ainda sobre outras opções jornalísticas concretas – por exemplo o noticiário cultural – que não a cobertura das eleições de 2016. No que diz respeito à cobertura de eleições, os resultados e reflexões a apresentar devem, num momento posterior, ser confrontados com outros trabalhos sobre a atenção jornalística dada pelos media portugueses a atos eleitorais noutros países de língua portuguesa. É esse o propósito do projeto mais vasto em que este estudo se insere: o projeto «Representações de Países Lusófonos nos Media Portugueses», que pretende ser um contributo para a compreensão da cobertura dos media noticiosos portugueses sobre o espaço lusófono. Nessa linha, o cruzamento dos resultados da pesquisa sobre as eleições de Cabo Verde com a maior atenção dada às eleições angolanas de 2017, e com atos eleitores de 2018, pode abrir espaço a novas hipóteses de pesquisa. Contudo, e ainda que a “invisibilidade” das eleições cabo-verdianas tenha de considerar a especificidade do país no conjunto dos estados africanos de língua portuguesa, bem como da cobertura sobre África feita pelos media internacionais, deste estudo resulta como primeira hipótese de pesquisa a possibilidade de – numa lógica de maior visibilidade de situações negativas, designadamente guerras ou conflitos político-militares – a limitada presença das eleições de 2016 nos media noticiosos portugueses estar relacionada com um trajeto do país tido internacionalmente como exemplar. O caso de Cabo Verde parece também apontar para a necessidade de questionar o quase-postulado de que países com um passado de relação colonial seriam mais propensos a cobrirem-se jornalisticamente uns aos outros. Desde logo porque a noticiabilidade não decorre de um único fator, como atesta abundante literatura.
  • It will be journalism? Journalism students’ perceptions of the journalistic field in today’s and future world
    Publication . Silvestre, Cláudia; Lopes, Anabela de Sousa; Mata, Maria J.
    This proposal is based on the analysis and interpretation of the results of a survey, in the 2019-2020 school year, to undergraduate and master’s students in Journalism at the academic institutions of Lisbon, about their perceptions of the journalistic field and its role in a democratic society. Journalism is meant to place the public good above all else and is still based on ethical values, such as truth, balance, accuracy, objectivity - journalists must report the news in the public interest, striving not to let their preconceptions interfere with their stories. However, “the big picture” has changed in many ways. Framed by this new media ecology, instead of having time to fact check, journalists are urged to be the first to break the story, because the audience must have the news in mere seconds. As we know, this pressure often leads to misinformation being published, causing significant damages into the public opinion and, consequently, in their behavior. Are the future journalists aware of this impact? How do they perceive their responsibility as agents of change? Also, in a scenario often drawn “in black” either by journalists and media researchers, mainly referring to reconfigurations of newsrooms, the precariousness of job contracts, the power economic interests, the shortening of time and space to gather and treat information, what do the future journalists think about these topics and how intend to deal with these constraints? Four decades after the birth of the first graduation on media studies in Portugal, at Universidade Nova de Lisboa, most of the Portuguese journalists have an academic degree (in Journalism or other scientific field), which means a remarkable change, not only in the way of entering the profession but also in the way of thinking and practicing “the” journalism. The survey is structured in tree parts, each one referring to the different dimensions of the analysis: diagnosis, intentions and expectations. In the first one, the questions focus on student’s self-perceptions about what journalism is nowadays and its role in society. In the second one, students answer about how they perceive their intervention in the public debate as future journalists and/or academic researchers. The third one challenges students to point out expectations about what journalism(s) will emerge from the disorder of the political and civic public space. The answers of around 200 respondents to these questions led us to identify the self-perceptions of journalism students as candidates to a challenging mission and to purpose new paths to academic research and education.
  • A construção do olhar sobre o jornalismo – a academia e os estudantes
    Publication . Lopes, Anabela de Sousa; Silvestre, Cláudia; Mata, Maria J.
    A reflexão sobre o ensino do jornalismo assenta, frequentemente, na análise dos planos curriculares dos cursos e na auscultação dos agentes envolvidos no processo ensino-aprendizagem. Terá menor expressividade o trabalho que resulta de uma inquirição sobre o olhar dos futuros jornalistas relativamente à atividade profissional para a qual a academia, com os seus cursos de comunicação/jornalismo, os prepara. Com o objetivo de conhecer as perceções dos estudantes sobre a sua futura profissão, realizámos um inquérito por questionário a estudantes da licenciatura e do mestrado na área da comunicação social/ jornalismo, de 11 instituições portuguesas de ensino superior. O questionário focou-se nos seguintes pontos: (1) no diagnóstico da profissão, nomeadamente nos valores e nas práticas associados ao jornalismo e na relevância social da profissão; (2) nas intenções - como os estudantes projetam a sua intervenção no espaço público como futuros jornalistas; (3) e nas expectativas quanto ao futuro. O estudo realizado permitiu traçar algumas linhas importantes sobre a perceção que os estudantes têm do jornalismo - uma atividade em que se observam mudanças rápidas, muitas delas responsáveis por uma nova ecologia mediática, que vieram condicionar algumas das boas práticas da profissão. É neste contexto que a desinformação surge como epíteto de um jornalismo em perigo, cuja credibilidade tem enfraquecido, destacam os estudantes inquiridos. Estes futuros profissionais de comunicação também têm dúvidas quanto ao papel que os jornalistas poderão ter para mudar este cenário. Contudo, apesar desta leitura negativa da profissão, reconhecem a importância do jornalismo na sociedade, por considerar que este é um pilar da democracia. Para eles, os jornalistas devem vigiar e ajudar a escrutinar os diferentes poderes da sociedade. Quanto às práticas profissionais, a tecnologia surge como fator que pode potenciar a aproximação dos jornalistas aos seus públicos, nomeadamente na criação de fóruns de discussão. É curioso notar que aqueles que já se encontram no mercado de trabalho tendem a manifestar uma perceção menos negativa do que aqueles que não tiveram nenhuma experiência profissional enquanto jornalistas. Também se observam diferenças entre os alunos que estão a ter formação em jornalismo e os que frequentam outros cursos na área da comunicação, sendo que os primeiros têm opiniões mais extremadas, ou seja, apresentam uma maior tendência para concordar ou discordar totalmente. Ademais, consideram que os jornalistas produzem conteúdos diferentes dos de outros profissionais da comunicação. Em geral, estes estudantes de jornalismo estão mais conscientes do decréscimo de investimento no jornalismo de investigação e são os que mais concordam com a ideia de que o jornalismo será fundamental para a sobrevivência da democracia. As respostas obtidas denotam um certo desencontro entre as perceções sobre o jornalismo praticado atualmente e as expectativas sobre a profissão, o que nos levou a refletir sobre o papel das instituições de ensino, que se afiguram mais como promotoras de um olhar fortemente crítico sobre a atividade jornalística, do que impulsionadoras de atitudes proativas na busca de respostas aos vários desafios identificados pelos estudantes. Para além da apresentação do estudo, discutiremos as linhas orientadoras de uma nova investigação com vista a captar as perceções dos estudantes relativamente ao papel da academia na sua formação.
  • A construção do olhar sobre o jornalismo: Perceções dos estudantes do ensino superior em Portugal
    Publication . Lopes, Anabela de Sousa; Silvestre, Cláudia; Mata, Maria J.
    The perspective of future journalists on the profession is important for a critical assessment of the way the academy, in its communication/journalism courses, prepares them. The results of a questionnaire survey to undergraduate and master's students of communication/journalism, from 11 Portuguese higher education institutions, point to a mismatch between perceptions about current journalism and future expectations, which led us to reflect on the role of educational institutions, which appear more as promoters of critical view of journalism, than promoters of proactive attitudes in the search for answers to the various challenges identified by students.