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- Cartografia infantil: enfoques metodológicos seguidos de experiências com crianças e jovens de portugal e brasilPublication . Almeida, Tiago; Costa, Luciano BEste artigo tem um objetivo duplo que se consigna em situar, teórica e empiricamente, a cartografia infantil como metodologia de investigação-intervenção. Situaremos, num primeiro movimento, a cartografia infantil em suas bases epistemológicas e filosóficas, tendo como inspiração as concepções cartográficas da filosofia de Deleuze & Guattari e seus comentadores. A aposta em uma cartografia junto às infâncias desloca o olhar e o agir de uma pesquisa a dimensões outrora imperceptíveis ou mesmo relegadas a um plano de menor valia. Ao invés de somente se interessar pelo que as infâncias dizem, uma cartografia infantil lança seu mapa sensível às forças que estão imbricadas nestes dizeres, forças que se revelam no processo de convivência das infâncias com o aparato humano e inumano que circunscreve uma pesquisa. Num segundo momento explicitaremos como a cartografia infantil se situa, potencialmente, no “estar-a-ser-criança”, apresentando duas experiências cartográficas realizadas com crianças e jovens de Portugal e Brasil. Terminamos o texto com uma reflexão sobre como as cartografías infantis podem configurar-se com uma possibilidade de crianças e adultos abrirem mundo lado a lado.
- Currículos e agenciamentos do devir: trânsitos ao redor de Deleuze na delimitação da infância a partir de O Emílio de RousseauPublication . Almeida, TiagoEste artigo tem como objetivo questionar, a partir da leitura de Emílio, ou Da Educação, de Rousseau, como é que os conceitos de agenciamento e devir possibilitam pensar uma delimitação da infância que inscreve processos de subjetivação na forma como adultos e crianças se relacionam, e como é que esses processos ainda nos acompanham na contemporaneidade. Questiona-se como é que a operacionalização do agenciamento, coletivo e múltiplo, mas também individual e particular, UMA-CRIANÇA-DEVIR- ADULTO, tem no seu interior um adulto por vir que, na multiplicidade constitutiva do que foi o seu “estar-a-ser-criança” incorpore o “governo de si”. Metodologicamente, dialoga-se com a obra de Rousseau a partir dos conceitos referidos anteriormente e procura-se traçar uma genealogia de uma ideia possível de criança que ainda hoje se mantém atual. Conclui-se deixando em aberto a possibilidade de a infância constituir um tempo e um espaço que valorize o “estar-a-ser-criança” (descobrir, brincar, questionar), conscientes de que existe tempo para concluir o projeto “uma criança devir adulto”.
- O governo da infância: o brincar como técnica de siPublication . Almeida, TiagoA compreensão que temos do que é a infância e do papel do brincar tem sofrido alterações ao longo do tempo. Este texto pretende refletir e analisar, a partir dos escritos de Rousseau, Pestalozzi e Froebel, como o brincar se pode assumir como uma tecnologia de subjetivação da infância e, com isso, definir o seu “estar-a-ser”. Neste sentido, este trabalho propõe-se discutir o brincar como dispositivo de normalização e de governo do que pode e do que não pode uma criança fazer e, ainda, como se naturalizou uma atividade hegemónica na vida das crianças. O enfoque de análise será a forma como as perspectivas sobre o brincar das crianças encerram em si, por um lado, uma dimensão delimitadora do que uma criança deve ser e, por outro lado, como essa delimitação antecipa um projeto de adulto por vir.
- O Investigador Libertino e a Infância como Indeterminado: a escrita científica enquanto ethos inventivo em duas propostas de autorreflexão e desterritorialização do sujeito escolarPublication . Vallera, Tomás; Almeida, TiagoEste artigo encena um diálogo metodológico entre dois projetos de investigação em curso: O investigador libertino – A pesquisa como exercício de exteriorização do pensamento e de transformação da vida e Educação da infância como rito de iniciação – Essência, método e arquétipo. Com base no princípio de que a conversa sobre o conteúdo de uma pesquisa é inseparável da reflexão sobre a construção do seu objeto, e de que é no encontro com o outro que se descentraliza, amplifica e relança o pensamento para lugares antes impensáveis, propõe-se o cotejo de dois trajetos de investigação que, de modos distintos mas através de conceitos comuns (incapturável ou indeterminado; agenciamento e devir), defendem a uma só voz a escrita científica na área das Humanidades como possibilidade de aceder a um ethos inventivo, de exercer a autorreflexão e de deslocar o investigador em relação à sua condição de sujeito escolar. O libertino e a criança cumprem, aqui, a função de espelhar o lugar vulnerável e potente do investigador, figura que oscila entre um dispositivo que o captura e determina e um espaço indeterminado onde se experimenta a possibilidade de articular o que a escola historicamente separa: o estar-a-ser e o estar-a-fazer, a vida e o pensamento.