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  • Planos de igualdade de género nos media: para uma (re)consideração do caso português
    Publication . Subtil, Filipa Mónica de Brito Gonçalves; Silveirinha, Maria João
    Desde 1975 que a ONU e o seu organismo especializado nas questões da educação, ciência e cultura, a UNESCO, colocaram como prioridade a promoção da igualdade de género. Com tal objetivo, estas entidades realizaram um conjunto de eventos centrados no problema da discriminação das mulheres e apontaram a necessidade de estas serem consideradas politicamente uma minoria social. Iniciativas como a Década Internacional das Mulheres (1975-1985), que conduziu à instauração do 8 de Março como Dia Internacional da Mulher, e as Conferências Mundiais sobre as Mulheres que tiveram lugar no México (1975), Copenhaga (1980), Nairobi (1985) e Pequim (1995), problematizaram a condição histórica das mulheres e estimularam orientações mundiais favoráveis a políticas conducentes à igualdade de género. No seio destas políticas nasceu uma preocupação específica com os direitos de comunicação das mulheres e sua relação com os media. Todavia, a afirmação desta preocupação em termos políticos desenvolveu-se de modo muito lento e incompleto. Nesta comunicação, procuramos estudar e problematizar de que modo estas questões se têm colocado no contexto nacional, focando um dos instrumentos de políticas públicas que tem sido usado: os Planos Nacionais para a Igualdade, implementados em Portugal desde 1997. Estes Planos são um dos instrumentos de política que os governos nacionais utilizam como expressão dos seus compromissos para com as mulheres e outros grupos desfavorecidos rumo à igualdade. Uma análise destes Planos, no caso português, mostra que embora tenha havido ganhos amplamente importantes na sua adoção, uma das suas áreas de preocupação - as mulheres e os meios de comunicação - foi sempre insuficientemente coberta. No entanto, os Planos são as únicas formas de referência explícita a esta questão nos documentos de política nacional. O nosso corpus de análise consiste nos cinco primeiros Planos para Igualdade que Portugal teve, sendo igualmente analisados os documentos da sua avaliação publicamente disponíveis que foram produzidos. Como metodologia, seguimos uma análise crítica destes documentos proposta por Victor Jupp para quem “A análise crítica (...) envolve uma análise dos pressupostos que sustentam qualquer conta (digamos num documento) e uma consideração sobre quais outros aspetos possíveis são ocultados ou excluídos. Pode também envolver ir além dos próprios documentos para abranger uma análise crítica das estruturas institucionais e sociais em que tais documentos são produzidos”. (2006: 232). A nossa análise do lugar e do alcance das políticas de "género nos media" nos diversos planos nacionais e documentos associados mostra que existem mecanismos que mimetizam iniciativas europeias, mas não as traduzem concretamente em medidas concretas e consistentes que possam realmente afetar os objetivos de alcançar a igualdade de género nos media. Em geral, as medidas nesta área de preocupação, tal como estipuladas nos Planos analisados, são em grande parte simbólicas, sem o empenho dos recursos necessários e ações de execução. As frágeis medidas das "mulheres e dos meios de comunicação", como iremos mostrar, foram impulsionadas por processos de europeização mas, em termos de uma quadro de transferência de políticas são, pelo menos em parte, o resultado de uma adoção "superficial" de uma solução do exterior, com escassas possibilidades de eficácia. Mas o facto de a própria Comissão só recentemente ter produzido documentação sobre este setor dos media nas questões de Igualdade poderá também significar que mesmo a nível interestatal o problema ainda não tem sido devidamente encarado.
  • In journalism, we are all men: material voices in the production of gender meanings
    Publication . Subtil, Filipa Mónica de Brito Gonçalves; Lobo, Paula; Silveirinha, Maria João; Silva, Marisa Torres da
    This study uses qualitative data to examine how male and female professionals in newsrooms experience and vocalize gender both in their lifeworlds and in media production in general. The research was based on semi-structured interviews with 18 Portuguese journalists. The responses were analysed through phenomenological and feminist lenses and indicated the issues men and women considered salient or negligible within our realms of inquiry. The study used the lived experience of the media professionals to identify two clusters of meaning that help explain how material practices and norms in journalism are lived and understood in the newsroom: gender views in journalism and gender differences in day-to-day professional life. Overall, the findings confirm that organizational factors and the traditional gender system play important roles in journalists’ attitudes and perceptions about the role of gender in their work. The results are significant because they show how gender is simultaneously embodied and denied by both female and male journalists in a process of phenomenological “typification” and adoption of a “natural attitude” towards the gender system that may prevent the disclosure of new possibilities and understandings of the objective social world and of our gender relations.
  • Caminhos da feminização da profissão de jornalista em Portugal: da chegada em massa à desprofissionalização
    Publication . Subtil, Filipa Mónica de Brito Gonçalves; Silveirinha, Maria João
    A chegada de contingentes significativos de mulheres ao jornalismo em Portugal começa a ocorrer a partir de finais dos anos 1960, intensificando-se sobretudo na década seguinte. Até então a sua presença era muito diminuta. De modo a compreender esta realidade, a investigação em Portugal tem salientado dois factores principais: a chegada massiva das mulheres ao mundo do trabalho; e o aumento dos níveis de escolaridade de que estas se tornaram portadoras. Não negligenciando estes elementos, e tendo-os em consideração, pretendemos aqui interpretar a integração das mulheres no mundo do jornalismo de uma forma mais abrangente.
  • Planos de igualdade de género nos media : para uma (re)consideração do caso português
    Publication . Subtil, Filipa Mónica de Brito Gonçalves; Silveirinha, Maria João
    Os Planos Nacionais para a Igualdade são um dos instrumentos de política que os governos nacionais utilizam como expressão dos seus compromissos para com a igualdade de género e outros grupos desfavorecidos rumo à igualdade. Uma análise destes Planos, no caso português, mostra que embora tenha havido ganhos amplamente importantes na sua adoção, uma das suas áreas de preocupação - as mulheres e os meios de comunicação - foi sempre apenas brevemente coberta. No entanto, os Planos são as únicas formas de referência explícita a esta questão nos documentos de política nacional. Concluímos que a política nacional no domínio das mulheres e dos meios de comunicação tem sido incentivada sobretudo por iniciativas europeias sem suficiente ênfase na sua implementação e eficácia.