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- Participação das crianças e jovens numa casa de acolhimento: o caso da assembleiaPublication . Correia, Maria Alexandra Cosme; Tomás, Catarina AlmeidaA investigação realizada no âmbito do Mestrado em Educação Social e Intervenção Comunitária pretende olhar o Acolhimento Residencial a partir da perspetiva das crianças e jovens. Num diálogo entre a Sociologia da Infância e a Educação Social, atenta-se à participação de um grupo social tendencialmente invisibilizado quando se discute o acolhimento residencial a partir da discussão da sua agência social e não como sujeitos intervencionados. Consideramos as crianças e jovens sujeitos sociais e políticos, com direito à participação e pretende-se que a investigação desenvolvida seja um reflexo deste pressuposto epistemológico, teórico, metodológico e ético. Ao reconhecer que são especialistas nos assuntos que lhes dizem respeito, pretende-se caracterizar as suas experiências, pessoais e coletivas, pontos de vista, opiniões e vivências, sobre a Casa de Acolhimento situada na zona centro de Portugal, onde vivem. Através de uma investigação qualitativa e do formato do estudo de caso, pretende-se compreender, no decorrer de 5 meses – de novembro de 2021 a abril de 2022 -, um espaço-tempo da Casa de Acolhimento, a assembleia. A partir da análise de conteúdo às notas de terreno que advém da observação, dos oito grupos de discussão com as crianças e jovens e duas entrevistas, uma de diagnóstico à Diretora Técnica da CA e outra exploratória, realizada a uma ex-residente, caracteriza-se: a opinião das crianças e jovens sobre a assembleia e os “modos” como praticam as suas oportunidades de participação e agência naquele espaço-tempo. Serão ainda abordados tópicos relativos à organização do quotidiano e do funcionamento da Casa. Conclui-se que o espaço da assembleia é relevante no panorama do acolhimento residencial em Portugal e que crianças e jovens identificam aspetos positivos e negativos, sobre o mesmo; os procedimentos participativos são passíveis de serem melhorados, a partir dos contributos dos seus principais sujeitos e das experiências acumuladas em diferentes lugares e contextos; as crianças e jovens são capazes de identificar problemas e propôr soluções razoáveis, adaptando e reformulando propostas, conforme as opiniões de outros colegas e normas que consideram acertadas e ainda, que os níveis de partipação devem ser aprofundados para que o seu exercício não passe apenas por emitir opiniões mas que estas sejam ouvidas e “sirvam para alguma coisa”.