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- Laboratório de teatro na educação pré escolar: descobertas teatrais ao redor do Livro-ÁlbumPublication . Nelhas, Mafalda Sofia dos Santos; Vieira, NatáliaEste trabalho relata o processo levado a cabo com o ¿Laboratório de Teatro¿, no qual se investigou o potencial do Livro-Álbum enquanto indutor de práticas Teatrais; como é que as crianças fazem Teatro a partir das imagens observadas no Livro-Álbum; que aprendizagens são desencadeadas e qual o papel da educadora nesse processo. Esta investigação realizou-se no decurso de um projeto de Teatro, em contexto de jardim-de-infância, numa Instituição Particular de Solidariedade Social, da zona ocidental da cidade de Lisboa. Foram planeadas 12 sessões, com base na Trilogia de Susy Lee (2009, 2008, 2010) Espelho, Onda e Sombra. As sessões decorreram num ambiente imersivo, que convidou a conhecer cada Livro-Álbum e posteriormente a desenvolver atividades teatrais utilizando as imagens destes livros como indutoras. A questão de partida, pela qual este estudo foi orientado, pode definir-se como: De que forma o Livro-Álbum é indutor de práticas Teatrais e como é que as crianças fazem Teatro a partir das imagens observadas. Desta questão emergiram os objetivos de investigação: a) Compreender a importância da imagem como indutor dos processos teatrais; b) Reconhecer as aprendizagens teatrais patentes no comportamento das crianças; c) Observar a evolução das aprendizagens teatrais nas crianças; d) Compreender o potencial teatral do Livro-Álbum; e, por fim, e) Sistematizar características de um possível perfil da educadora na orientação destes processos. Este projeto de intervenção assenta no paradigma sociocrítico, com uma metodologia mista e um plano de investigação multi-metodológico, tratando-se de uma investigação-ação que permitiu investigar para conhecer a realidade, intervir e melhorar a ação. Os resultados deste estudo, após realizada a análise e triangulação de dados, apontam maioritariamente para uma evolução positiva na utilização da linguagem teatral pelas crianças, bem como o aumento significativo da sua expressividade corporal e verbal. Constatou-se um efeito positivo na utilização das imagens como indutor das atividades teatrais e foi evidente o incremento da fluência verbal, do modo de se expressar e da sua confiança. Percebeu-se ainda que o papel da educadora deve assentar na presença atenta, com propostas estimulantes em todas as fases de exploração, criação e reflexão, dando espaço e tempo para que cada criança se possa encontrar na sombra, por detrás do espelho ou no foco de luz mais intenso.
- Homens sob influência: a masculinidade em ‘Husbands’ (1970), de John CassavetesPublication . Piovan, João Lucca Real; Castanheira, GraçaRealizado no ano de 1970, o filme Husbands é a quinta longa metragem do realizador e ator John Cassavetes. No filme, um trio de homens de meia idade vive o luto causado pela morte de um quarto amigo. Nesse processo de crise, revelam valores de sua interioridade através de um conjunto particular de escolhas da realização. O trabalho dedica-se à identificação e reflexão sobre a particular configuração de masculinidade vivida pelas personagens Harry (Ben Gazzara), Gus (John Cassavetes) e Archie (Peter Falk) através de conhecimentos sociológicos, antropológicos e psicológicos. O trabalho percorre as extensas estâncias da realização cinematográfica analisando o valor expressivo decorrente de suas escolhas, assim como modo de produção, e refletindo sobre diferentes aspectos revelados pelas personagens conjugadas com a questão da masculinidade. Ao final, revelamos o intrínseco e transparente jogo entre realizador e obra, como é o caso Cassavetes, assim como os mecanismos colocados em prática para a produção de uma obra singular como Husbands.
- A trajetória de Miguel Seabra, entre o artístico e o pedagógico: para um "manual do agora"Publication . Marcos, Filipa de Melo; Falcão, MiguelA questão de partida – "como pode ser definida a singularidade dos processos de trabalho de Miguel Seabra, em particular nos modos como se aproximam, complementam e distinguem as suas abordagens nos campos artístico e pedagógico?" – definiu a direção deste estudo, que, enquadrado no paradigma interpretativo e numa metodologia qualitativa, seguiu uma abordagem exploratória e descritiva face ao tema. Três questões orientaram os processos de pesquisa sobre (i) as referências teórico-práticas autorreconhecidas e reconhecíveis nos seus processos artísticos e pedagógicos, (ii) as formas como emergem, na criação artística e na atuação pedagógica, a formação realizada e a sua história de vida e, ainda, (iii) a caracterização das linhas, artísticas e pedagógicas, que definem a sua prática com atores e não atores. No campo metodológico, o estudo assenta num corpus documental, submetido a análise documental e de conteúdo, sobretudo recolhido através de observação direta participante, quer durante as aulas da unidade curricular “Oficina Artístico-Pedagógica” do Mestrado em Educação Artística – especialização em Teatro na Educação (2015-2016), quer durante processos de formação ou de criação artística levados a cabo no Teatro Meridional, em particular nos espetáculos Ca-minho (2019) e Os Silvas (2020). O estudo permite concluir que existe uma profunda articulação entre os dois campos de ação, o artístico e o pedagógico, e, no fundo, entre o homem e o criador, mas, sobretudo, entre a dimensão da vida e a dimensão da arte. É possível concluir também que, para Miguel Seabra, o teatro é transformador e ativador de campos de perceção diversos, recorrendo a essa evidência como ferramenta artística e pedagógica, tanto com atores como com não atores, porque o encenador e o professor são uma e a mesma pessoa. Este trabalho, em que o leitor encontra uma descrição e uma análise, contextualizadas e fundamentadas, da prática artístico-pedagógica de Miguel Seabra, constitui-se como um “Manual do Agora” para quem queira perceber como se aproximam, complementam e distinguem os seus desempenhos como encenador e professor.
- Tempo de estudo autónomo: a perspetiva dos alunosPublication . Girão, Joana Filipa da Rocha Peixoto; Leite, TeresaO presente Relatório de Estágio desenvolve-se no âmbito da unidade curricular Prática de Ensino Supervisionada II, integrada no Mestrado em Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico e em Matemática e Ciências Naturais do 2.º Ciclo do Ensino Básico, da Escola Superior de Educação de Lisboa. Este relatório é, estruturalmente, constituído por duas partes. Apresenta-se, de modo sintético a caracterização, análise e reflexão das práticas pedagógicas implementadas e desenvolvidas no 1.º e no 2.º CEB. Seguidamente apresenta-se um estudo empírico, desenvolvido numa turma de 4.ºano do 1.º Ciclo do Ensino Básico, de uma instituição pública, situada em Lisboa. Através da investigação, pretende-se conhecer a perspetiva dos alunos, no que concerne ao Tempo de Estudo Autónomo. Nesse sentido, e através de questões que se queriam ver respondidas, foram criados os seguintes objetivos: (i) conhecer a perspetiva dos alunos sobre a finalidade do Tempo de Estudo Autónomo; (ii) conhecer a opinião dos alunos sobre a importância do Tempo de Estudo Autónomo; e (iii) saber se as opiniões dos alunos sobre o TEA correspondem às finalidades e orientações estratégicas da professora. Após se perceber que esta investigação se desenvolve de acordo com uma metodologia qualitativa, as técnicas de recolha de dados utilizadas foram a análise documental e entrevistas. Posteriormente, o tratamento de dados foi realizado através de análise de conteúdo. Após a análise feita, foi realizado um confronto entre a análise da entrevista da professora com a análise das entrevistas dos alunos, a fim de compreender qual a perspetiva dos alunos acerca do TEA e perceber se as suas opiniões estão em concordância com as finalidades e orientações estratégicas da professora. Por fim, concluiu-se que os alunos têm noção das finalidades do TEA, tendo em conta aquilo que a professora lhes tenta transmitir. A opinião dos alunos acerca do TEA é bastante definida e vai ao encontro da opinião da professora. Em suma, existe uma grande convergência entre as opiniões dos alunos e as finalidades e orientações estratégicas da professora, exceto num único aspeto que não é valorizado pela professora, por não interferir na aprendizagem dos alunos.