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- Tudo no lugar certoPublication . Marques, Miguel Maia; Antunes, David; Vicente, Maria JoãoEste projecto consistiu num processo criativo com jovens, com vista à apresentação de um espectáculo final, partindo de uma perspectiva existencialista alicerçada na “angústia existencial” conforme definida por Jean-Paul Sartre. Visto ser um trabalho com jovens não actores com uma base de trabalho constituído pelo ideário destes, considerou-se ser um projecto de Teatro e Comunidade. Esta disciplina, relacionada com o próprio teatro, e com as artes comunitárias, surge frequentemente associada a ideias de “transformação” e de “revelação”, o que importa analisar. Paralelamente, o contexto social e económico contemporâneo, comummente descrito como pós-moderno, influencia qualquer actividade humana, tendo suficiente pertinência conceptual para ser levado em conta na definição de Teatro e Comunidade. Considera-se que o “caldo” pós-moderno, caracterizado pela contaminação constante entre diferentes esferas do foro social e de uma aparente confusão e dispersão simbólica potenciada pelo desenvolvimento tecnológico, afecta de forma crítica uma prática assente na ideia de comunidade, ela própria constituída por símbolos e pela sua manipulação. Uma abordagem artística que explora as idiossincrasias de uma comunidade, deve, previamente, encontrar âncoras estéticas, éticas e políticas. Propõe-se aqui um posicionamento fenomenológico, associado à ideia de “afectação” por oposição à de “efeito”, assumindo o carácter político da representação. Neste processo criativo, exploraram-se os conceitos de escolhas e de “lugar certo”, usando-se como base a Antígona de Sófocles. Considerou-se fulcral entender a prática de Teatro e Comunidade como uma intermediação simbólica permanente, causadora de turbulência criativa, em conjunto com uma estrutura comunitária, que lhe permita fortalecer a sensação de “estar-no-mundo”.
- A loucura e o cinema: representações cinematográficas de personalidade limitePublication . Salgueiro, Ana Teresa Marques; Rodrigues, José Manuel CavaleiroA loucura constitui um fenómeno social complexo, um estado de espírito volátil, facilmente apontado como condição extrema da consciência e do pensamento. A única certeza é a constatação do carácter profundamente humano da sua natureza impalpável, que impregna o pensamento e as formas de expressão das mais variadas artes, como hino ou repressão da imaginação que emana, do seu poder oculto, até mesmo temível. A loucura é misteriosa, admirada, excêntrica, potencial escape a uma normalidade aborrecida, porém confortável, na qual o Homem, enquanto ser social, procura resguardar-se, respondendo a uma conformidade esperada, não questionável. Contudo, embora temida, a loucura não deixa de se afigurar como uma característica intrinsecamente humana, libertadora das inibições que aprisionam a mente, potenciadora do verdadeiro "eu" que nos distingue, individualmente, da capa uniforme que veste a sociedade. O Distúrbio de Personalidade Limite constitui, ainda hoje, um território pouco explorado pela arte cinematográfica, não só pela sua designação relativamente recente (1938), como pela instabilidade e profusão de sintomas por si desencadeada, oscilando entre a psicose e a neurose. Porém, e tendo em conta a curta existência da sua referenciação e identificação médica, a arte cinematográfica foi célere no seu reconhecimento e propôs-se já a representá-la, embora os exemplos realmente significativos sejam por enquanto escassos e se restrinjam predominantemente a produções norte-americanas. A Personalidade Limite constitui um desafio de proporções imensuráveis, não só pela complexidade e abrangência dos sintomas, como, igualmente, pela dificuldade de transposição de uma realidade, tão profundamente subjectiva, relativa a um estado muito peculiar de estar e de sentir. Mas como funcionam, realmente, as representações de Personalidade Limite, no cinema? E quão perto um meio audiovisual poderá chegar de um processo de representação tão puramente abstracto, relativo a uma forma indescritível de sentir?
- Relatório do trabalho de projecto ÉterPublication . Fèteiro, Ricardo de Paiva Boléo Paniágua; Vasques, EugéniaO presente relatório do trabalho de projecto Éter tem como objectivo identificar a metodologia utilizada para a escrita do texto e o processo de trabalho empregado para a construção cénica. Pressupõe-se a conceptualização de uma estratégia que parte da escrita de um texto, construção de uma pauta simbólica que indique o caminho para a concepção plástica da cena. Propõe-se o corpo do actor como veículo para a palavra usufruindo de uma relação orgânica entre o corpo e o texto.