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- O poder caiu na rua: crise de estado e acções colectivas na revolução portuguesa [de] Diego Palacios Cerezales [recensão crítica]Publication . Rezola, Maria InáciaTrinta anos passados sobre a revolução do 25 de Abril de 1974, dispomos neste momento de uma abundante bibliografia sobre a transição portuguesa. Depois de uma primeira vaga de publicações de carácter essencialmente memorialista e jornalístico, em que as marcas da conjuntura revolucionária são ainda bem visíveis, assistimos, no final dos anos 80, ao florescimento do interesse académico sobre esta questão.
- A mulher “objecto” na publicidadePublication . Verissimo, JorgeApesar da vulgaridade com que hoje em dia é usada a expressão “corpo objecto” são vários os autores que a empregam em qualquer representação do corpo da mulher destinada a promover produtos masculinos ou femininos esta comunicação, fruto de uma investigação inserida no contexto da minha tese de Doutoramento, intitulada As representações do corpo na publicidade, já apresentada publicamente no ISCTE (12 de Maio de 2005), visa demonstrar que este conceito apenas se deve aplicar aquando do recurso gratuito e primário de corpos femininos reveladores de determinados detalhes da sua feminilidade poses sensuais ou mesmo eróticas, corpos seminus ou nus e limitados à promoção de produtos masculinos, tal qual defendem Villegas e Chica: «é preciso reconhecer que o tratamento da mulher como objecto sexual passivo emerge de um modo dominante em anúncios dirigidos de forma exclusiva ou prevalecente aos homens: produtos de barbear, roupa masculina, determinados modelos de automóveis, bebidas alcoólicas, etc.» (2001, 40). 1 Nestas situações, a mulher acaba por ser ela própria um produto, um objecto, já que emerge nas mais diversas poses, funcionando como um elemento altamente persuasivo. Para demonstrar a esta posição recorri a uma vasta metodologia de análise da imagem, da qual destaco o inventário de figuras de retórica da imagem publicitária oferecida por J. Durand (1972); os níveis de codificação da imagem publicitária propostos por Umberto Eco (1987); o estudo de Kathy Myers (1995), uma investigadora norteamericana que, baseada nas teorias feministas se dedica ao estudo da mulher na publicidade; e os trabalhos de LazierSmith (citado por Gauli, 2000), investigador americano que analisou, de um modo contínuo, nos anos 70 e 80, a publicidade norteamericana, mais especificamente a publicidade das revistas, MS, Playboy, Time e Nensweek. Esta metodologia foi aplicada a um extenso corpus de anúncios, com especial incidência da marca Calvin Klein.
- A mulher “objecto” na publicidadePublication . Verissimo, JorgeApesar da vulgaridade com que hoje em dia é usada a expressão “corpo objecto” são vários os autores que a empregam em qualquer representação do corpo da mulher destinada a promover produtos masculinos ou femininos esta comunicação, fruto de uma investigação inserida no contexto da minha tese de Doutoramento, intitulada As representações do corpo na publicidade, já apresentada publicamente no ISCTE (12 de Maio de 2005), visa demonstrar que este conceito apenas se deve aplicar aquando do recurso gratuito e primário de corpos femininos reveladores de determinados detalhes da sua feminilidade poses sensuais ou mesmo eróticas, corpos seminus ou nus e limitados à promoção de produtos masculinos, tal qual defendem Villegas e Chica: «é preciso reconhecer que o tratamento da mulher como objecto sexual passivo emerge de um modo dominante em anúncios dirigidos de forma exclusiva ou prevalecente aos homens: produtos de barbear, roupa masculina, determinados modelos de automóveis, bebidas alcoólicas, etc.» (2001, 40). 1 Nestas situações, a mulher acaba por ser ela própria um produto, um objecto, já que emerge nas mais diversas poses, funcionando como um elemento altamente persuasivo. Para demonstrar a esta posição recorri a uma vasta metodologia de análise da imagem, da qual destaco o inventário de figuras de retórica da imagem publicitária oferecida por J. Durand (1972); os níveis de codificação da imagem publicitária propostos por Umberto Eco (1987); o estudo de Kathy Myers (1995), uma investigadora norteamericana que, baseada nas teorias feministas se dedica ao estudo da mulher na publicidade; e os trabalhos de LazierSmith (citado por Gauli, 2000), investigador americano que analisou, de um modo contínuo, nos anos 70 e 80, a publicidade norteamericana, mais especificamente a publicidade das revistas, MS, Playboy, Time e Nensweek. Esta metodologia foi aplicada a um extenso corpus de anúncios, com especial incidência da marca Calvin Klein.
- Algumas considerações sobre a experiência da mediação na esfera pública culturalPublication . Centeno, Maria JoãoA presente comunicação tem por objetivo indagar sobre a natureza da relação entre as organizações e os seus públicos no seio da esfera pública cultural. Numa época caracterizada pela fragmentação das esferas da experiência, interessa-nos perceber como no seu seio se produzem e impõem ações e discursos, de que forma se confrontam os interesses dos atores coletivos versus os interesses dos agentes individuais. A esfera pública cultural contemporânea, designação que pressupõe a cultura como um fator de desenvolvimento, teve origem na alienação popular da vida pública e na instauração do regime de consumismo cultural, o que vai de encontro à colonização do “Mundo da Vida” (Lebenswelt) pelo sistema de que fala Habermas. “A totalidade destes distúrbios começa por ter origem na indiferenciação que se foi estabelecendo entre os processos de reprodução simbólica e de reprodução material do Mundo da Vida: o quadro de ação sistémica que rege este último foi progressivamente estendendo a sua influência a ponto de se pretender substituir aos mecanismos próprios da reprodução simbólica (a linguagem e a comunicação).” (Esteves,1989:71) A reprodução simbólica do Mundo da Vida (o processo de integração social) acontece de forma diferente do processo de produção e reprodução de bens e serviços, característico dos sistemas funcionais (o processo de integração sistémica), na medida em que a realização do processo de reprodução simbólica é assegurada pela ação intercompreensiva. Nas sociedades ditas tradicionais, o acordo que resulta do consenso estava garantido à partida dentro de um determinado contexto normativo. A viragem para a modernidade fica então marcada por um aumento do nível de exigências que se colocam à comunicação; a ação comunicacional pressupõe um acordo intersubjetivo, em que o consenso é obtido, não à partida, mas através do uso argumentativo da própria linguagem; a ação comunicacional resulta do confronto argumentativo num determinado espaço de enunciação. A partilha com os nossos interlocutores de um Mundo da Vida comum, ou seja, a partilha de um conjunto de valores e crenças, traduzidos na linguagem e nas ações, faz com que, na comunicação simbólica, os critérios de validade dos atos de fala sejam tidos por verdadeiros, adequados a um contexto aceite por falante e ouvinte. Que implicações podemos encontrar de todo este processo na esfera pública cultural? Num momento em que a família deixou de cumprir a sua função de catalisadora da discussão literária, o consumo de massa deixa de objetivar um público entendido e consolida-se na aquisição de bens, ou seja, na simples adesão. O sistema parece dilacerar o Mundo da Vida. Todo o ciclo cultural começa a obedecer a uma lógica de lucro determinada pela pressão crescente da necessidade de expansão do consumo e a consequência inevitável seria a degradação da qualidade dos bens culturais. Mas é precisamente a tensão entre as vertentes simbólica e administrativa que atravessam o campo cultural um dos fatores que permite a Habermas distanciar-se dos teóricos de Frankfurt que profetizavam a homogeneização cultural. A essência humana conserva sempre, como diria Lukács, um elemento incorruptível que a preserva de uma total transformação mercantil. As racionalidades técnico-instrumental e estratégica do capital e do Estado tentaram colonizar o Mundo da Vida, o espaço da “racionalidade comunicacional”, do mútuo respeito e da compreensão, mas a experiência comunicacional dialógica tem tendência a normalizar este desequilíbrio. Então, não parece extraordinário que os indivíduos se centralizem nos problemas do dia-a-dia e que a satisfação pessoal seja mais pronunciada do que o envolvimento ativo nos processos sistémicos da governação e dos negócios; aliás a questão que se coloca é porque seria suposto as pessoas tratarem com a mesma paixão que devotam à sua vida pessoal e às relações com os outros os assuntos da governação, onde têm um poder reduzido de influenciar o que acontece! O envolvimento popular na esfera pública, quando acontece, assume um modo predominantemente afetivo, relacionado com a ligação direta ao Mundo da Vida, em vez de assumir um modo exclusivamente cognitivo, normalmente associado à vivência de um sistema remoto. A consideração de uma racionalidade comunicacional, de um uso intercompreensivo da linguagem, posicionada no epicentro das relações que os indivíduos estabelecem entre si, não pode deixar de atender aos aspetos afetivos da relação (que reportam ao mundo interior dos sujeitos ou mundo subjetivo), o que em termos de análise da esfera pública cultural significaria uma conceção limitada, na medida em que contornaria os prazeres de fruição dos objetos culturais (McGuigan,2004b). Podemos então definir a esfera pública cultural como um espaço em que se articulam organizações, políticas e públicos de acordo com modos de comunicação afetiva – estética e emocional e não só cognitiva. A comunicação afetiva ajuda os indivíduos a pensar reflexivamente sobre as situações que compõem o seu Mundo da Vida e de como experienciar os sistemas que parecem estar além do controlo específico de alguém. A esfera pública cultural, perspetivada como resultado e instrumento de transformação social, proporciona matéria para o pensamento e para as disputas argumentativas, que terão necessariamente alguma consequência em termos da edificação da identidade social. Esta identidade constitui-se na apresentação e discussão pública de ideias, o que vem reforçar o conceito fundador de espaço público, no sentido de espaço em que os indivíduos “publicitam” as suas ideias, o espaço do confronto argumentativo.
- Aspectos psicossociais associados à percepção da dor pós-operatória em indivíduos submetidos a cirurgia coronáriaPublication . Nave Leal, Elisabete; Pais-Ribeiro, José Luís; Oliveira, Mário Martins; Roquette, JoséObjectivo: Identificar os factores psicossociais que influenciam a percepção da dor pós-operatória em doentes submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM). Material e Métodos: Estudo exploratório correlacional de 91 doentes (71 homens e 20 mulheres) submetidos a CRM (pontagem aortocoronária) por esternotomia). A idade média era de 63,8 ± 9,6 anos (entre 39 e 84). Foram utilizados os seguintes instrumentos: Escala Analógica Visual às 24, 48 e 96 horas do pós-operatório; Questionário de Caracterização Demográfica; Mental Health Inventory de 5 itens; Percepção de Saúde Geral (SF-36); Escala de Expectativas de Dor; Escala de Percepção de Apoio; Escala de Expectativas de Auto-eficácia; Satisfação com o tratamento, médicos e enfermeiros (American Pain Society Questionnaire) aplicados às 96 horas após a cirurgia. Resultados: Os doentes que apresentaram expectativas elevadas de dor, percepcionaram maior apoio, apresentaram níveis elevados de auto-eficácia para lidar com a dor ou, se pertenciam ao sexo masculino, sentiram menos dor. De igual modo, os doentes que apresentaram melhor saúde mental, percepcionaram a sua saúde como boa e os doentes que expressaram maior satisfação com o tratamento sentiram menos dor. A dor não foi influenciada pela idade, grau de escolaridade ou pela satisfação com a conduta de médicos e enfermeiros. Conclusão: Após as primeiras 48 horas do pós-operatório, a experiência de dor é influenciada por factores psicossociais, em oarticular pela expectativa de dor, expectativa de auto-eficácia, apoio percebido, percepção da saúde geral, percepção de saúde mental e satisfação com o tratamento para a dor. Perante os resultados, evidencia-se a necessidade de conjugar conhecimentos no sentido de dar respostas mais alargadas e de carácter multidisciplinar no tratamento da dor pós-operatória em CRM devendo, a par de outros aspectos, focar-se na gestão das expectativas dos doentes. ABSTRACT - Objective: To identify the psychological factors that influence post-surgery pain perception in patients undergoing coronary artery bypass graft surgery (CABG). Methods: This was an exploratory correlational study of 91 patients (71 men and 20 women) who underwent CABG (aortocoronary anastomosis) by sternotomy. Mean age was 63.8 ± 9.6 years (between 39 and 84). The following instruments were used: visual analogical scales at 24, 48 and 96 hours of post-surgery; demographic characteristics survey; pain expectations scale; perceived support scale; self-efficacy scale, Mental Inventory (5 items); health perception scale; and satisfaction with treatment, doctors and nurses (American Pain Society questionnaire) at 96 hours after surgery. Results: Patients who had presented high expectations of pain, perceived more support, presented high levels of self-efficacy to deal with pain or were male, felt less pain. Furthermore, patients who presented better mental health, perceived their general health as being good, or expressed greater satisfaction with treatment, felt less pain. Pain was not influenced by age, level of education or satisfaction with doctors and nurses. Conclusion: After the first 48 hours following surgery, the pain experience is influenced by psychosocial factors, in particular by expectation of pain and of self-efficacy, perceived support, perception of general and mental health, and satisfaction with pain treatment. The results confirm the need to bring together different kinds of knowledge for a broad, multidisciplinary approach to postoperative CABG pain treatment, focusing, along with other aspects, on management of patients’ expectations.
- Da língua em funcionamento ao funcionamento da línguaPublication . Sousa, Otília; Cardoso, AdrianaEnquanto tutoras da disciplina de Intervenção Educativa de cursos de Formação Inicial de Professores temos assistido...
- A asma induzida pelo exercício na criançaPublication . Tomás, Maria Teresa; Oliveira, A.A Asma Brônquica é a doença crónica mais comum nas crianças. É definida como uma disfunção inflamatória crónica das vias aéreas que provoca uma resposta exacerbada das mesmas, levando ao aparecimento recorrente de episódios de pieira, dispneia, opressão torácica e tosse associada a obstrução do fluxo de ar que pode ser reversível, quer de uma forma espontânea quer por terapêutica. Nas crianças, o exercício contínuo e intenso pode levar a um aumento transitório da resistência das vias aéreas, conduzindo a obstrução brônquica ao aparecimento da tosse, pieira, dispneia e opressão torácica, a chamada asma induzida pelo exercício.
- Seminário de Integração Profissional: ano lectivo 2006/2007Publication . Quintino, Maria FernandaA unidade curricular Seminário de Integração Profissional tem como finalidade transmitir ao aluno, que inicia o seu percurso académico na ESTeS Lisboa e no curso superior de Anatomia Patológica, Citológica e Tanatológica, conhecimentos sobre a profissão e a anatomia patológica.
- O corpo como telaPublication . Pina, Helena FigueiredoEnquanto técnica, e meio (medium) a fotografia presta-se a utilizações muito diversas, em campos como o da Arte ou da Comunicação - e particularmente na Publicidade enquanto comunicação comercial. Tanto num caso como noutro, a fotografia é particularmente expressiva, bebe da cultura do seu tempo e simultaneamente enforma essa mesma cultura emprestando-lhe uma materialidade fortemente impressiva e particularmente significante. O Corpo enquanto matéria, transformado em tela sobre a qual se inscrevem mensagens gritantes, é muito mais que um cenário que se constrói para enquadrar mensagens ou facilitar a comunicação com o receptor. O Corpo passa a ser a própria mensagem. É a imagem física de uma identidade que se busca hoje com sofreguidão para que possamos perceber quem somos. As remodelações desse espelho de identidades são constantes, são projectos sempre inacabados, sempre imperfeitos, com as possibilidades sempre em aberto e onde a essência do Ser não é tida como estática e absoluta. Cada vez mais, de forma mais flagrante, essa necessidade de Ser do indivíduo moderno se entrelaça com a necessidade de possuir bens de consumo que significam algo acerca da sua essência. Estes, são bens particularmente significantes, escolhidos com criteriosa atenção para compor o quadro que a tela do corpo socialmente mostra. Culturalmente, cada vez se esbatem mais as fronteiras entre Ser e Ter. O Corpo eleito como suporte privilegiado das mensagens que se pretendem construir é palco tanto das propostas artísticas, como das imagens que invadem os media e que apresentam elas próprias propostas de identidade. São deco-identidades onde os bens de consumo funcionam como adereços e o corpo é tido como espaço transformável e estilizado.
- La sociedad de la información y democraciaPublication . Montargil, FilipeÉ apresentado, neste artigo, uma reflexão sobre a relação entre a sociedade de informação e a democracia.