Browsing by Author "Pires, Ana Rita Varanda Correia"
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- Desconforto associado ao movimento repetitivo: estudo sobre a perceção dos técnicos de anatomia patológica durante a microtomiaPublication . Pires, Ana Rita Varanda Correia; Cunha, Gilda; Tomás, Mª TeresaAs lesões músculo-esqueléticas (LME) são estados patológicos do sistema músculo-esquelético, resultantes do efeito cumulativo do desequilíbrio entre as solicitações repetidas durante a atividade laboral. Os estudos sobre o desconforto em trabalhos laboratoriais são maioritariamente relacionados com o uso prolongado do microscópio e o aparecimento de queixas do foro músculo-esquelético, não havendo evidência de estudos relacionados com o desconforto em relação ao uso do micrótomo. Objetivo: Este trabalho pretende estudar a perceção do profissional sobre o desconforto associado ao movimento repetitivo durante a prática de microtomia. Metodologia: Este é um estudo transversal observacional com uma amostragem não aleatória por conveniência. Os dados foram obtidos pela recolha de dados através de um questionário. Os métodos estatísticos usados foram essencialmente descritivos e exploratórios. Foram elaborados Heatmaps através da formatação condicional pelo MS Excel. Resultados: Este trabalho contou com uma amostra válida de 32 participantes onde se constatou que 78,05% dos inquiridos indicam sentir sentem queixas do foro músculo-esqueléticos associado à microtomia. São na sua maioria do género feminino entre os 20-30 anos e as suas queixas musculares, incidem sobretudo nas zonas anatómicas do pescoço (43,8%), ombro direito (40,6%), cotovelo direito, punho direito (25%), mão direita e coluna vertebral. Cerca de 59,38% efetua a tarefa de microtomia entre 1 a 3 horas diárias consecutivas com um tempo médio de repouso inferior a 15 minutos (50%). Conclusão: Este trabalho permite saber que para um horário laboral de 8 horas diárias, a microtomia representa cerca de 37,5% do dia de trabalho de um técnico de anatomia patológica sendo que o tempo de recuperação para esta função fica-se pelos 5%, valor insuficiente para garantir a recuperação muscular inerente. Os dados obtidos, indica que os gestores têm de repensar como redistribuir as tarefas, incluindo nessa reestruturação o conceito de pausa-ativa de modo a promover um aumento do descanso efetivo que promova de forma eficaz a recuperação muscular. Incluir a avaliação do local de trabalho por um profissional de saúde com experiência em ergonomia pode ser uma mais-valia.