Browsing by Author "Palma, Ana"
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- Comportamento pusher: revisão da literatura. O que é? Como se avalia? Qual o contributo da fisioterapia?Publication . Palma, Ana; Pimenta, CarlaIntrodução: O comportamento pusher (CP), caracteriza-se por uma postura de tronco assimétrica com inclinação para o lado hemiplégico e uma reação ativa de empurrar para o lado mais afetado, resistindo à correção passiva. Estima-se que cerca de 10% dos doentes com AVC apresentam CP e que necessitam de mais tempo de internamento e de reabilitação. Objetivo do estudo: Apresentar uma definição consensual e atualizada para o CP, comparar os instrumentos de avaliação disponíveis para o quantificar, caracterizar as estratégias de intervenção em Fisioterapia que permitem otimizar o potencial de reabilitação e contribuir para o prognóstico funcional dos doentes com AVC que apresentam CP.
- A fisioterapia e o acidente vascular cerebral: evolução dos princípios de intervençãoPublication . Pimenta, Carla; Palma, AnaIntrodução: Nas últimas décadas existiu uma evolução notável na área da reabilitação neurológica, com implicações evidentes na formação dos profissionais e na sua prática clínica. O fisioterapeuta intervém nesta área numa perspetiva de resolução de problemas fundamentando as suas decisões nos conhecimentos da neurofisiologia, do controlo motor, da biomecânica e nas teorias da aprendizagem motora. Objetivos: Analisar os princípios de intervenção e os fundamentos dos diferentes conceitos, técnicas e estratégias utilizadas pelos fisioterapeutas na reabilitação dos doentes com sequelas de Acidente Vascular Cerebral (AVC), retratando a sua evolução. Metodologia: Através de uma reflexão baseada em vários anos de experiência e de uma pesquisa da literatura é esquematizada a evolução dos princípios e fundamentos da fisioterapia neurológica dirigida ao doente com sequelas de AVC. Resultados: A intervenção da fisioterapia é atualmente baseada na evidência e suportada por um modelo centrado no raciocínio clínico; fundamentada no conhecimento do movimento normal, do funcionamento do sistema nervoso e da neuroplasticidade; com foco na neurofacilitação e na reaprendizagem motora. Conclusões: A evidência nesta área está a aumentar, mas ainda existe necessidade de mais e melhor investigação sobre a eficácia de diversas abordagens. O fisioterapeuta dispõe de uma grande diversidade de estratégias (de reeducação e/ou de compensação) que devem ser selecionadas de forma criteriosa, de modo a permitir que o doente atinja a máxima independência funcional com a melhor qualidade de movimento.
- O impacto da fisioterapia intensiva e precoce num adulto jovem com acidente vascular cerebral durante o internamento por Covid 19Publication . Palma, Ana; Correia, AnabelaIntrodução: A infecção por SARS Cov 2 está associada ao aumento do risco de eventos vasculares trombóticos incluindo o AVC. A percentagem de indivíduos infetados que têm AVC é de cerca de 1,2% e a média de idades é inferior quando comparada com indivíduos com AVC não infetados. A necessidade de ventilação mecânica invasiva (VMI) aumenta o risco de AVC. A hipercoagulação, a inflamação multissistémica e as respostas imuno mediadas, poderão estar na génese destes fenómenos. Caso clínico: Homem 44 anos, previamente autónomo, história de Síndrome depressivo, obesidade e tabagismo. Internado a 11 de agosto por pneumonia Sars Cov2, transferido para UCI dois dias depois, onde permaneceu 34 dias, 26 em VMI. Iniciou fisioterapia a 16 de agosto, Escala de Mobilidade Unidade de Cuidados Intensivos - 0 à entrada e à saída. Extubado a 5 de setembro afónico, miopático, com mioclonias dos membros superiores e sem movimentos tivos. A 8 de setembro crise tónico-clónica com desvio da comissura labial. TAC: enfarte isquémico da artéria sílvica direita. A 14 de setembro começou a comunicar piscando os olhos, esboçava movimento dos membros superiores. Transferido para enfermaria de Infeciologia a 17 de setembro onde permaneceu 21 dias. À entrada totalmente dependente na mobilidade no leito, Atividades da Vida Diária (AVDs) e transferências, Força Muscular (FM) muito diminuída, fraca ativação da core, estabilizadores escapulares e sem controlo cefálico. Labilidade emocional, dirigia o olhar e tentava cumprir ordens simples, mantendo a atenção por curtos períodos, Medida de Independência Funcional (MIF) motor 13. À saída parcialmente dependente nas transferências e MIF motor 23. Transferido para internamento de reabilitação a 7 de outubro onde realizava: duas sessões diárias de fisioterapia, uma de terapia ocupacional, terapia da fala e treino de participação nas atividades de higiene e alimentação na enfermaria. A fisioterapia centrou-se na facilitação neuromuscular, visando a seletividade e aumento do recrutamento motor, treino funcional, estimulação multissensorial e equilíbrio visando a melhoria da eficácia dos ajustes posturais, treino de marcha e treino de reeducação ao esforço. Alta para o domicílio a 19 de outubro com MIF motor 72 e FM funcional, independente na maioria das AVDs, necessitando de supervisão na marcha (com 2 canadianas). Conclusão: O acompanhamento contínuo da fisioterapia desde o internamento em UCI, assim como o apoio social e familiar deste indivíduo permitiu um regresso precoce a casa com um impacto positivo na sua independência funcional e participação nas AVDs.
- O impacto do treino intensivo baseado na atividade num utente com AVC na fase de reabilitação tardiaPublication . Silva, Rui; Palma, Ana; João, Patrícia Costa; Vieira, Ana Isabel; Pimenta, CarlaCaso clínico: Utente do sexo masculino, com 35 anos, natural e residente em São Tomé e Príncipe, previamente autónomo. Em maio de 2019, sofreu AVC isquémico extenso da ACM direita, secundário a disseção da carótida interna, com comprometimento severo da funcionalidade. Permaneceu internado em São Tomé onde realizou fisioterapia com pouca regularidade, sem qualquer melhoria no quadro motor e funcional. Evacuado para Portugal a 23 de agosto, admitido no serviço de neurologia, onde iniciou fisioterapia na enfermaria e a 24 de setembro foi transferido para o serviço onde decorreu o estudo com o objetivo de intensificar o plano de reabilitação. À entrada apresentava hemiplegia com hipotonia do MS e espasticidade no MI, hemihipoalgesia, hemianopsia e neglet; controlo postural ineficaz na posição de sentado e não assumia a posição ortostática. Totalmente dependente nas transferências e nas atividades da vida diária [Scores: Índice de Barthel (Barthel): 50/100; Mini Balance Evaluation Systems Test (MiniBest): 3/28; Stroke Rehabilitation Assessment of Movement (STREAM): 35,55%; Montreal Cognitive Assessment (MoCA):15/30; Trunk Impairment Scale (TIS): 16/21 e Postural Assessment Scale for Stroke (PASS): 19/36]. O teste de 10m de Marcha foi realizado a partir de dia 21 de outubro, quando o utente apresentou capacidade para o realizar.