Browsing by Author "Oliveira, Ana Filipa"
Now showing 1 - 2 of 2
Results Per Page
Sort Options
- Contribuição para a adaptação e validação da versão portuguesa da Motor Assessment ScalePublication . Oliveira, Ana Filipa; Alves, Cátia; Batista, Paula; Fernandes, Beatriz; Carolino, Elisabete; Coutinho, Maria IsabelIntrodução: A Motor Assessment Scale (MAS) tem mostrado ser um instrumento válido e fidedigno na avaliação do progresso clínico de indivíduos que sofreram um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Objectivos: Traduzir e adaptar a MAS à realidade portuguesa e contribuir para a validação da versão portuguesa, avaliando a sua consistência interna. Metodologia: Após um processo de tradução, revisão por peritos, retroversão e comparação com a versão original, obteve-se a versão portuguesa da MAS. Procedeu-se a um estudo correlacional transversal para avaliação da consistência interna; a amostra final incluiu 30 sujeitos, 16 do sexo masculino e 14 do sexo feminino, com idades entre os 42 e 85 anos (média de 64±11,85 anos), com hemiparésia ou hemiplegia decorrente de AVC e que realizavam fisioterapia em um de 6 Hospitais seleccionados por conveniência; a média do tempo de diagnóstico foi de 306±1322,82 dias e do tempo de fisioterapia foi de 47±57,57 dias. Resultados: Obteve-se uma média de 24±14,51 pontos nas pontuações totais e um coeficiente de Alfa de Cronbach de 0,939, sem a exclusão de qualquer item; as correlações inter item variaram entre 0,395 e 0,916. Conclusões: Apesar da reduzida amostra e da sua heterogeneidade nas características e pontuações da escala, a Versão Portuguesa da MAS apresentou uma forte consistência interna, verificando-se que os itens estão, na sua maioria, muito correlacionados entre si, o que sustenta a adequação de cada item e apoia que, de forma geral, esta escala tem uma concepção lógica e estruturada.
- Efeitos do processo de envelhecimento na função respiratóriaPublication . Gouveia, Sofia; Oliveira, Ana Filipa; Palminha, Joana; Dias, Hermínia BritesIntrodução: Durante o envelhecimento surgem alterações no aparelho respiratório as quais estão associadas à degradação da função pulmonar e a uma maior suscetibilidade para doenças pulmonares agudas e crónicas. O objetivo desta apresentação é: i)descrever as alterações do aparelho respiratório que resultam do processo fisiológico de envelhecimento; ii)a sua tradução numa prova de função respiratória; iii) as questões a ter em consideração na interpretação das PFR dos indivíduos idosos. Desenvolvimento: Com o envelhecimento ocorrem alterações estruturais na caixa torácica reduzindo a sua compliance, que altera a mecânica ventilatória se condicionar a sua normal expansão. Associado ao envelhecimento surgem alterações no tecido pulmonar nomeadamente, perda de retração elástica e dilatação dos ductos alveolares que provocam diminuição da sustentação das vias aéreas e o alargamento de espaços aéreos distais. Estas alterações definem o enfisema senil onde ocorre insuflação e diminuição do calibre das vias aéreas. Associado ao processo de envelhecimento surgem alterações características nas provas de função respiratória. O aumento das resistências das vias aéreas, por diminuição do diâmetro brônquico das vias respiratórias periféricas, deve-se à diminuição da sustentação das vias aéreas por remodelação estrutural da matriz extracelular do parênquima pulmonar. Estas alterações influenciam o volume residual, contribuindo para o aumento do mesmo. O encerramento das vias aéreas intralobares, provoca retenção do ar inspirado, durante a expiração forçada, contribuindo para a diminuição da capacidade vital, e consequentemente para o aumento do volume residual. Relativamente ao volume expiratório máximo no 1º segundo (FEV1), os estudos demostraram um decréscimo deste parâmetro a partir dos 35-40 anos de idade, sendo que pode duplicar após os 70 anos de idade. Esta redução do FEV1 está associada à diminuição da retração elástica. O envelhecimento e as suas repercussões a nível pulmonar são exacerbados caso expostos a condições, como o tabagismo, que provocam doença das vias aéreas em indivíduos suscetíveis. As alterações da função respiratória que ocorrem com a idade vão no sentido da alteração obstrutiva, mas na presença de alterações da caixa torácica, pode verificar-se uma alteração mista. A identificação das alterações ventilatórias depende dos valores de referência e dos limites da normalidade utilizados. A seleção do limite de normalidade é importante porque a utilização de cut-offs fixos, destacando o critério para identificação da obstrução de 70% do valor de referência proposto pela GOLD, não têm em consideração as alterações da função respiratória que ocorrem com a idade. A utilização do 5º percentil da população de referência é mencionada nas guidelines da ATS e no documento publicado pela ATS e ERS de modo a contabilizar o envelhecimento fisiológico do pulmão. Conclusão: Com o envelhecimento verificam-se alterações na função respiratória, nomeadamente uma redução do FEV1 e da CVF e um aumento do volume residual, capacidade residual funcional e resistência das vias aéreas, por diminuição da retração elástica do pulmão e dilatação dos ductos alveolares. Estas alterações devem ser consideradas na interpretação das provas de função respiratória através da utilização dos z-scores, não sendo recomendado o uso de cutoff fixos.