Browsing by Author "Moreira, Neide Cristina Baessa"
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- “Toda a gente quer ser rosa!” – Práticas institucionais de combate ao racismoPublication . Moreira, Neide Cristina Baessa; Toledo, LeonorNeste relatório pretende-se refletir sobre a prática pedagógica desenvolvida em contexto de jardim de infância (JI), no período de 9 de novembro de 2020 a 6 de abril de 2021, com um grupo de 23 crianças, incluindo, também, uma investigação sobre práticas de combate ao racismo. A necessidade de investigar sobre este tópico surgiu a partir de uma interação com uma das crianças, a qual, se expressou com ideais racistas, fato que chamou a minha atenção. Considerando que nenhuma fração da sociedade está isenta do racismo, nem mesmo o ambiente escolar e que, também é papel da escola atuar no sentido oposto ao racismo, procurei, nesta investigação analisar as práticas pedagógicas da educadora e da instituição e verificar comportamentos das crianças negras e brancas, de modo a compreender se aspetos como a falta de representatividade pode afetar o comportamento delas e, por fim, o que poderia ser feito para reajustar (ou não) algumas práticas. A investigação assumiu uma natureza qualitativa, tendo recorrido à metodologia de investigação-ação. As conclusões são resultado do cruzamento das informações provenientes das várias fontes de recolha de informação: observação participante, registos fotográficos, notas de campo, reflexões semanais, entrevista à única funcionária negra da instituição e atividades com as crianças. Além disso, procurei articular essa informação com as fontes de pesquisa bibliográfica: livros, artigos científicos, legislação e relatórios. As conclusões apontam para o facto de, nestas idades (4/5 anos) as crianças começam a ter as primeiras noções do racismo, reproduzindo algumas atitudes que possam ver no contexto familiar. Por outro lado, não parece haver ainda consciência de como o seu comportamento ou aquilo que dizem pode afetar os seus pares. Relativamente à ação do adulto, as análises indicam que, apesar de alguns profissionais estarem conscientes de que é necessária uma ação para combater comportamentos como estes, não sabem como o fazer ou sentem-se constrangidos por terem de fazê-lo.