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Advisor(s)
Abstract(s)
Nos debates sobre a Crise, o argumento político e económico dissolve-se frequentemente no argumento moral. Simultaneamente, a antropologia tem-se confrontado com o que parece ser um novo terreno, «a globalização», abordada ora de um modo mais celebratório ora de um modo mais crítico. Neste texto defendemos que se deve pensar etnograficamente: ver os sujeitos onde eles estão de facto e não onde eles supostamente deveriam estar. Também em relação à Crise, devemos ver como os sujeitos estão de facto e não como eles deveriam estar. Distinguimos entre crise-processo e crise-evento, abordando casos do que chamámos «gentes críticas» (o migrante, o refugiado, o asilado, os que ficam, os ciganos, os pobres, os trabalhadores/consumidores, entre outros). No momento da Crise declarada, só as etnografias permitem iluminar o modo como ela afeta ou não as pessoas de modos substancialmente novos e diversos. A declaração da Crise obscurece as crises, as suas razões e expressões quotidianas e personalizadas. Para a «gente crítica» a crise é a vida normal.
Description
Artigo baseado na comunicação proferida no 1º Workshop de Investigação Respostas à Crise, realizado na Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 12-13 novembro 2009
Keywords
Crise Antropologia Gente Crítica
Citation
Bordonaro, L., Brazzabeni, M., Silva, M.C., Manuel Cavaleiro, J., Durand,J-Y., Leal, J. … Almeida, M.V. (2009, nov). A crise é a vida normal: a antropologia face à crise. Próximo Futuro/Next Future. Disponível em https://www.academia.edu/623857/A_Crise_é_a_Vida_Normal._A_Antropologia_Face_à_Crise [Acedido em outubro, 24, 2019]
Publisher
CRIA - Centro em Rede de Investigação em Antropologia