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Comunicar e mobilizar: um projeto artístico em ação

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A relação entre a arte e a sociedade tem sido estudada a partir da sociologia da arte, comportando três modos de análise: a arte enquanto algo "comunicativo, expressivo e carregado de significado, influenciando o comportamento humano e estruturando a experiência humana em ambientes sociais"; a arte como representação de valores e crenças compartilhadas; a arte "como um produto" da organização social (Acord & Denora, 2008:224). Estas abordagens enquadram-se num debate, que confronta uma visão "determinista" da arte, enquanto força influenciadora e estruturante da ação social, com uma visão "indeterminista", cujo entendimento da arte é algo que nasce da interação com as estruturas sociais (Ibidem, 2008:226). Esta ligação entre arte e sociedade, implica necessariamente uma relação entre diferentes agentes, sendo entendimento deste estudo que para compreender o papel da arte e dos seus agentes é fundamental compreender previamente como estes interagem, ou seja, como estes comunicam entre si e qual o papel dessa comunicação. Assim, identificou-se um projeto artístico de renovação e transformação social: o PARTIS - uma iniciativa da Fundação Calouste Gulbenkian que financia práticas artísticas para a inclusão social, com o objetivo de promover o bem-estar social e a igualdade de oportunidades junto de grupos sociais desfavorecidos e vulneráveis (FCG, 2021). A área disciplinar que enquadra este estudo de caso é a comunicação institucional / relações públicas, já que o objetivo de pesquisa central aqui apresentado passa por averiguar se existe uma estratégia de comunicação para a mobilização social coordenada entre os vários agentes implicados. A questão de partida é: Em que medida a comunicação da iniciativa artística PARTIS contribui para a mobilização social? O conceito de mobilização social é entendido como o "processo pelo qual um grupo adquire controle coletivo sobre os recursos necessários para a ação" (Tilly, 1978:7). A mobilização social acarreta uma aceitação da comunicação como um direito humano, em prol de uma democratização do poder de comunicar (Peruzzo, 2005:28; 2013:168). Os agentes mobilizadores recorrem a estratégias de comunicação promotoras de um sentimento de coesão e continuidade. Uma das formas de fomentar estes sentimentos na comunidade é colocando os diferentes agentes perante desafios (Henriques, 2005: 5-6), pelo que projetos de inserção social como o PARTIS, são fundamentais para despertar a participação e promover um diálogo transversal. Optou-se por uma metodologia mista, recorrendo a várias entrevistas semiestruturadas junto de entidades promotoras da 3.ª edição da Iniciativa PARTIS (2019-2021). A grande conclusão deste estudo é a prevalência de uma comunicação informal da Fundação Calouste Gulbenkian com os promotores dos projetos artísticos e pontualmente com alguns dos participantes, faltando ainda a criação de um plano estratégico de comunicação alargado a todos os agentes, capaz de causar maior impacto social. Existe uma comunicação no terreno, feita no âmbito de cada projeto, não se registando um papel de relevo em termos da comunicação para a mobilização social no PARTIS.

Description

Keywords

Comunicação institucional Relações públicas Mobilização social Projeto PARTIS

Citation

Caiado, S., Carvalho, M. & Pereira, S. (2024, jan, 24-26). Comunicar e mobilizar: Um projeto artístico em ação. Comunicação apresentada no XIII Congresso da Sopcom: Comunicação, Culturas e Comunidades, Universidade do Minho, em Braga, Portugal.

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CECS – Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade