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Antes da ordem do dia: a Revolução na Assembleia Constituinte

dc.contributor.authorRezola, Maria Inácia
dc.date.accessioned2021-10-25T08:25:27Z
dc.date.available2021-10-25T08:25:27Z
dc.date.issued2021-07
dc.description.abstractAs eleições para a Assembleia Constituinte (25 de Abril de 1975) são um marco central na história da construção da democracia em Portugal. Celebradas exactamente um ano após o derrube da ditadura e da restauração das liberdades fundamentais, num momento em que a Revolução acelerava o seu passo, estas eleições contaram com uma amplíssima participação (votaram 91% dos recenseados) que deixou patente a importância que lhes era conferida enquanto fonte de legitimação do poder. O ambiente que rodeou a abertura da Constituinte foi tenso. Contestada pelos sectores radicais, que nela viam um símbolo da democracia burguesa, a sua actividade foi ameaçada desde os primeiros momentos. Paralelamente, outros factores condicionaram a sua capacidade de intervenção. Recorde-se, a este respeito, que a Plataforma de Acordo Constitucional (“Pacto MFA-Partidos”), firmada entre o MFA e os partidos políticos a 11 de Abril de 1975, não apenas determinava alguns dos princípios que deveriam ser consagrados no futuro texto constitucional, como dava ao poder militar as garantias de que, independentemente do resultado das eleições, a condução da vida política era da responsabilidade do Conselho da Revolução. À Assembleia Constituinte era reservada apenas a missão de elaborar o texto constitucional. Com este artigo propomo-nos analisar os debates ocorridos no período antes da ordem do dia, no decurso do Verão Quente de 1975, para aferir em que medida os temas da actualidade política integraram e condicionaram a agenda de trabalho parlamentar. Partindo da tese de que a Constituinte foi palco de intensas disputas, reflexo da luta mais ampla que percorria o país, propomo-nos dar voz aos constituintes e percepcionar o seu envolvimento na crise político-militar então vivida.pt_PT
dc.description.abstractLes élections à l'Assemblée Constituante (25 avril 1975) ont été un jalon essentiel dans l'histoire de la construction de la démocratie au Portugal. Célébrées exactement un an après le renversement de la dictature et la restauration des libertés fondamentales, à un moment où la Révolution accélérait son rythme, ces élections ont eu une très large participation (91% des inscrits aux listes électorales y ont voté), ce qui a souligné leur importance en tant que source de légitimation du pouvoir. L'atmosphère entourant l'ouverture de l'Assemblée Constituante était tendue. Contestée par les secteurs radicaux, qui la voyaient comme un symbole de la démocratie bourgeoise, son activité a été, dès les premiers instants, menacée. De façon simultanée, d'autres facteurs ont affecté sa capacité à intervenir. À cet égard, il convient de rappeler que la Plateforme de l'Accord Constitutionnel (« Pacto MFA"Partidos »), signée entre le MFA et les partis politiques le 11 avril 1975, a non seulement déterminé certains des principes qui devaient être inscrits dans le futur texte constitutionnel, comme elle a donné au pouvoir militaire les garanties que, indépendam- ment du résultat des élections, la conduite de la vie politique relevait de la responsabilité du Conseil de la Révolution. L'Assemblée constituante était ainsi réservée uniquement à la tâche de rédiger le texte constitutionnel. Avec cet article, nous proposons d'analyser les débats qui ont eu lieu au cours de la période précédant l'ordre du jour, pendant l’«Été Chaud» de 1975, pour estimer la mesure dans laquelle les questions de l’actualité politique intègrent et conditionnent l'ordre du jour du travail parlementaire. Partant de l’idée que l'Assemblée Constituante a été le théâtre d'intenses disputes, re#let de la lutte plus large qui a balayé le pays, nous proposons de donner la parole aux membres constituants de l’Assemblée et de percevoir leur implication dans la crise politico-militaire alors vécue.fr
dc.description.versioninfo:eu-repo/semantics/publishedVersionpt_PT
dc.identifier.citationRezola, M.I. (2021, julho). Antes da ordem do dia: a Revolução na Assembleia Constituinte. Língua-lugar: Literatura, História, Estudos Culturais, 3, 44-64. https://doi.org/10.34913/journals/lingualugar.2021.e526pt_PT
dc.identifier.doihttps://doi.org/10.34913/journals/lingualugar.2021.e526pt_PT
dc.identifier.issn2673-5091
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10400.21/13917
dc.language.isoporpt_PT
dc.peerreviewedyespt_PT
dc.publisherUniversité de Genèvept_PT
dc.relation.publisherversionhttps://oap.unige.ch/journals/lingua-lugar/article/view/526/398pt_PT
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/pt_PT
dc.subjectRevolução Portuguesa (1974-1975)pt_PT
dc.subjectAssembleia Constituintept_PT
dc.subjectTransição democráticapt_PT
dc.subjectPartidos políticospt_PT
dc.subjectLegitimidade revolucionária/legitimidade eleitoralpt_PT
dc.subjectRévolution portugaise (1974-1975)fr
dc.subjectAssemblée Constituantefr
dc.subjectTransition démocratiquefr
dc.subjectPartis politiquesfr
dc.subjectLégitimité révolutionnaire/ électoralfr
dc.titleAntes da ordem do dia: a Revolução na Assembleia Constituintept_PT
dc.typejournal article
dspace.entity.typePublication
oaire.citation.conferencePlaceGenève, Suíçapt_PT
oaire.citation.endPage64pt_PT
oaire.citation.startPage44pt_PT
oaire.citation.titleLíngua-lugar: Literatura, História, Estudos Culturaispt_PT
person.familyNameRezola
person.givenNameMaria Inácia
person.identifier.ciencia-id1A16-2CD1-C083
person.identifier.orcid0000-0002-2102-0479
rcaap.rightsopenAccesspt_PT
rcaap.typearticlept_PT
relation.isAuthorOfPublicationacb4ec8f-0de8-4d3b-a902-22787ce0da57
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