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Abstract(s)
O aneurisma da aorta abdominal (AAA) é caracterizado por uma dilatação da parede do vaso envolvendo todas as camadas da mesma, geralmente diagnosticado pelo diâmetro aórtico máximo ≥ 30 mm. A etiologia do AAA é considerada multifatorial, sendo que a maioria está relacionada com uma degeneração vascular em
consequência de um processo inflamatório originado pelo processo aterosclerótico. A fisiopatologia do AAA envolve o enfraquecimento da parede arterial da aorta abdominal e estes são classificados de acordo com a sua forma e localização. O fator de maior risco associado ao AAA é o tabagismo; outros incluem aterosclerose,
hipertensão arterial, etnicidade e antecedentes familiares de AAA. A presença de um aneurisma apresenta um elevado risco para o paciente, uma vez que pode implicar complicações fatais, tais como a sua rutura. De acordo com as guidelines da European Society for Vascular Surgery de 2024 é recomendado realizar intervenção cirúrgica em aneurismas fusiformes assintomáticos com diâmetro ≥ 55 mm em homens e ≥ 50 mm em mulheres. No caso abordado, o paciente é do sexo masculino e apresentava um AAA assintomático com um diâmetro de 10 cm, pelo que foi submetido a tratamento endovascular com aplicação de um Fenestrated Endovascular Aortic Repair (FEVAR), sendo um procedimento minimamente invasivo usado para reparar aneurismas e disseções que ocorrem na aorta abdominal, sendo uma opção para pessoas com AAA que não se qualificam para colocação de um Endovascular Aortic Repair (EVAR), como nos casos em que o aneurisma está demasiado próximo e envolve os principais ramos da artéria aorta abdominal, como as artérias renais, mesentérica superior e tronco celíaco. Uma das complicações mais comuns da cirurgia endovascular é a
presença de fluxo dentro do saco aneurismático, fora do stent de EVAR, que se denomina de endoleaks. Neste caso clínico será abordada uma situação rara de endoleak tipo II significativo tendo promovido a expansão do saco aneurismático e condicionado o surgimento de um endoleak tipo IB secundário. O diagnóstico precoce e a classificação dos diferentes tipos de endoleaks são de elevada importância, pelo risco de contínuo alargamento e rutura do saco aneurismático. sendo a ultrassonografia vascular de extrema importância para o
sucesso do tratamento, permitindo uma monitorização periódica no pós-tratamento na vigilância do diâmetro do saco aneurismático e na identificação de potenciais endoleak significativos que requeiram reintervenção.
Description
Keywords
Eco-Doppler Endoleak Abdominal aortic aneurysm Fenestrated
Citation
Vaz C, Fontes M, Mestre R, Fernandes F. Endoleaks em FEVAR avaliado por eco-Doppler: a propósito de um caso clínico. In: XVII Seminário Temático em Fisiologia Clínica, ESTeSL, 1 de fevereiro de 2024.