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A prevenção da cegueira evitável nos países em desenvolvimento: rastreio visual infantil - o papel do ortoptista

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Existe uma grande assimetria no acesso aos cuidados de saúde entre os países desenvolvidos (PD) e os países em desenvolvimento (PED), onde se incluem as Comunidades dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Desta assimetria destacam-se as condições económicas precárias dos PED, a má acessibilidade e as desigualdades no acesso aos cuidados de saúde. Verifica-se também um número reduzido de profissionais de saúde nestes países. Em Moçambique existe 1 médico para 30 mil habitantes, em contraste, em Portugal existe 1 médico para 213,6 habitantes. Numa tentativa de minimizar esta carência nos cuidados de saúde da visão, deslocam-se dos PD, equipas de oftalmologistas em curtos período de tempo, com o objetivo de tratar os casos de cegueira evitável, nas diferentes faixas etárias. A última missão de oftalmologia promovida pelo Instituto Marquês Vale Flor (IMVF) em São Tomé e Príncipe permitiu a observação de mais de 500 doentes e a realização de mais de 70 cirurgias durante duas semanas. Estas missões têm ainda como objetivo formar, em contexto real, equipas de saúde local. Nos PED, as principais causas de deficiência visual são: doenças congénitas da retina, catarata, glaucoma congénito, retinopatias infecciosas, traumas oculares, ametropias e deficiência de vitamina A. A OMS estima que 1,4 milhões de crianças são cegas e que 500.000 novos casos surjam em cada ano. O programa Vision 2020 procura reduzir estes indicadores, pois cerca de 43% dos casos de cegueira infantil são evitáveis, existindo atualmente, formas de prevenção ou correção da cegueira e da perda da visão. A prevenção e deteção precoces são cada vez mais importantes na redução das taxas de incidência de patologias oculares. Torna-se importante, que nos PED, os serviços de cuidados primários, promovam a realização de acções de promoção da saúde e prevenção da doença e acções de rastreio visual, para reduzir a cegueira evitável, detetando precocemente as alterações e rentabilizando a presença das equipas de oftalmologia. Estudos efectuados revelam que a formação e a experiência do observador são fundamentais para o sucesso dos programas de rastreio e consequente aplicação da terapêutica adequada. Quanto mais especializado for o profissional, melhores resultados se obtêm na aplicação dos programas de rastreio visual. Objetivos: Descrever os parâmetros a avaliar num rastreio visual infantil inseridos num protocolo de observação eficaz com adequada sensibilidade e especificidade de modo a identificar as alterações susceptíveis de provocar alterações da função visual, nomeadamente baixa visão, erros refrativos, estrabismos e cataratas. Refletir acerca do papel do ortoptista nas equipas de saúde local nos PED, particularmente ao nível das CPLP.

Description

Keywords

Ortóptica Rastreio visual Perda de visão Prevenção na saúde CPLP Moçambique S. Tomé e Príncipe

Citation

Poças IM, Miguel LP. A prevenção da cegueira evitável nos países em desenvolvimento: rastreio visual infantil – o papel do ortoptista. In: Reunião Internacional da Rede Académica das Ciências da Saúde da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (RACS), ESTeSL (Portugal), 30 de março a 1 de abril de 2017.

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