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Abstract(s)
Introdução: A sala de cirurgia híbrida combina as características de uma sala de cirurgia padrão com uma sala de hemodinâmica, integrando sistemas avançados de imagem para facilitar procedimentos minimamente invasivos guiados por imagem. Estas salas surgem da necessidade de incorporar imagens angiográficas no bloco operatório, facilitando o planeamento da intervenção com base na situação intra-operatória, orientação em tempo real e avaliação direta do sucesso técnico. Operada por uma equipa multidisciplinar, esta nova abordagem permite o acesso a novos métodos terapêuticos na cirurgia cardíaca e em outras áreas, desempenhando um papel fundamental no avanço da cirurgia cardiovascular minimamente invasiva. Desenvolvimento: A sala híbrida integra angiografia intraoperatória e fluoroscopia, bem como equipamentos multidisciplinares essenciais para a realização de diversas intervenções cirúrgicas, tais como revascularização coronária, colocação de TAVI, implantes de stents intra-aórticos, procedimentos híbridos para tratamento cirúrgico de arritmias cardíacas, revascularização híbrida de artérias periféricas, entre outros. Esta sala necessita ainda de uma equipa multidisciplinar, composta por anestesistas, técnicos de cardiopneumologia e de radiologia, enfermeiros e cirurgiões que garantem uma abordagem especializada dos procedimentos. Apesar das vantagens, como uma maior precisão e segurança, apresenta também desvantagens, como o aumento do tempo de utilização da sala e de tempo cirúrgico e questões logísticas com equipamentos móveis durante o transporte, entre outras. Abordamos o caso de um doente de 80 anos com história clínica de estenoses e reestenoses nas artérias coronárias. Após diagnóstico de reestenose na artéria descendente anterior (DA) e estenose significativa na artéria circunflexa (CX), foi indicado para procedimento cirúrgico. Durante a tentativa de angioplastia, dificuldades levaram a uma transição para cirurgia minimamente invasiva, evitando complicações. O paciente teve alta após 8 dias. Esta transição permitiu redução de complicações, menor tempo de internamento e a realização de ambos procedimentos no mesmo ato cirúrgico. Conclusão: A introdução das salas híbridas na cirurgia cardíaca vascular representa um avanço significativo, unindo recursos de imagem a procedimentos cirúrgicos para intervenções mais precisas e complexas. Apesar de vantagens, como a redução do tempo de internamento dos doentes, existem desafios, como a constante necessidade de formação dos profissionais de saúde, entre outros. A comunicação eficaz e decisões rápidas são essenciais para resultados seguros, por isso as salas híbridas exigem um alto profissionalismo da equipa médica. A integração de técnicas robóticas em contexto hospitalar promove uma maior precisão e segurança na realização do diagnóstico. Esta colaboração multidisciplinar abre novas áreas de cooperação, melhorando o tratamento de doenças cardiovasculares.
Description
Keywords
Sala cirúrgica Coronary angiography Computer-assisted surgery Operating room
Citation
Espingardeiro AC, Satiro F, Ricardo M, Rodrigues V. Sala cirúrgica híbrida: inovação tecnológica. In: XVII Seminário Temático em Fisiologia Clínica, ESTeSL, 1 de fevereiro de 2024.