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Qualidade da informação transmitida durante o handoff médico numa unidade de cuidados intensivos

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Introdução: A segurança do doente é um dos focos de atenção na saúde, para a qual é imprescindível a redução de eventos adversos. O erro em Medicina é transversal à prática médica, sendo a comunicação uma das principais fontes da sua criação. A ocorrência de períodos específicos para a passagem de informação clínica, frequentemente conhecidos por handoff, é um período significativo para a ocorrência de erros, com as consequências já conhecidas. Apesar da existência de vários estudos sobre esta problemática, poucos estudos avaliam a qualidade dos handoff praticados por médicos no interior de uma Unidade de Cuidados Intensivos (UCI). Decorrente dessa constatação, os autores conduziram um estudo com avaliação de handoff ocorridos numa UCI, de modo a identificar padrões e reconhecer falhas com intuito de minorar os erros que ocorrem numa UCI. Material e Métodos: Os autores procederam a um estudo prospetivo, observacional de handoff efetuados entre médicos de uma UCI. Resultados: Foram avaliados 150 handoff executados por médicos. Dessa avaliação dos handoff constatou-se que a maioria foi classificada como “Mau” ou “Suficiente”, salientando a frequente ausência da identidade do doente, dum plano previsto ou da constatação que a mensagem foi entendida. Dos fatores associados à pior qualidade dos handoff identificou-se o tempo de descanso noturno dos médicos (p<0.05), a duração do handoff (p<0.05), o tempo de internamento do doente (p<0.05) e o número de interrupções que cada handoff (p<0.05). Conclusão: Este estudo permite constatar que a má comunicação é ainda uma realidade, mesmo em serviços com elevados pendores técnicos como são as Unidades de Cuidados Intensivos. A formação dos médicos numa área tão importante como a comunicação urge, de modo a melhorar a qualidade dos handoffs transmitidos.
ABSTRACT - Introduction: Patient safety is one of the focuses of health care, for which the reduction of adverse events is essential. Medical error is transversal to medical practice, and communication is one of the main sources. The occurrence of specific periods for handoff is periods when such errors can occur, with already known consequences. Despite the existence of several studies on this field of knowledge, few studies assess the quality of handoffs practiced by doctors within an Intensive Care Unit (ICU). As a result of this finding, the authors conducted a study evaluating handoffs in an ICU, in order to identify patterns and recognize failures that allow the reduction of errors that occur in an ICU. Material and Methods: The authors carried out a prospective, observational handoff study among physicians in an ICU. Results: 150 handoffs performed by physicians were evaluated. From this evaluation it was found that the majority were classified as “Poor” or “Sufficient”, highlighting the frequent absence of the patient's identity, a plan, or the confirmation that the message was understood. Among the factors associated with the worst quality of handoffs we were able to identify the doctors' sleeping time (p<0.05), the handoff duration (p<0.05), the patient's length of stay (p<0.05), and the number of interruptions of each handoff (p<0.05). Conclusion: This study shows that poor communication is still a reality, even in specialties with high technical expertise such as Intensive Care Units. The training of doctors in an area as important as communication is urgent, to improve the quality of handoffs.

Description

Mestrado em Gestão e Avaliação de Tecnologias em Saúde

Keywords

Gestão em saúde Handoff Qualidade Unidade de cuidados intensivos Healthcare management Quality Intensive care unit

Citation

Baptista AM. Qualidade da informação transmitida durante o handoff médico numa unidade de cuidados intensivos [dissertation]. Lisboa: Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa/Instituto Politécnico de Lisboa; Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve; 2022.

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Instituto Politécnico de Lisboa, Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa