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  • Coloboma bilateral do nervo óptico: a propósito de um caso clínico de síndroma de CHARGE
    Publication . Poças, Ilda Maria; Lino, Pedro Miguel
    Introdução - Hall, em 1979 após ter observado a combinação de atresia de coanas com outras malformações congénitas, em doentes com cariótipo normal, descreveu pela primeira vez a Associação de Charge. Posteriormente, Pagon et al (1981) propuseram o acrónimo CHARGE para descrever este conjunto de achados [C=Coloboma, H=Heart Defect (cardiopatia congénita), A=Atresia choanae (atresia de coanas), R=Retarded growth (atraso de crescimento), G=Genital hypoplasia (anomalias genitais), E=Ears anomalies (anomalias do ouvido). Embora a causa não seja conhecida, parece resultar de anomalias específicas da diferenciação cerebral. Os critérios de diagnóstico clínico da síndrome de CHARGE foram reformulados por Verloes em 2005, sendo que a existência de coloboma ocular é sinal major para o diagnóstico da mesma. Com uma prevalência de 1:10.000 é uma doença autossómica dominante. O gene CHD 7 localizado no locus 8 q 12 é o único gene conhecido associado à síndroma de CHARGE e encontra-se mutado em 95 dos doentes que cumprem os critérios clínicos da forma típica de Verloes e em 60-70 dos casos suspeitos. Caso clínico - Criança de 9 meses de idade do género masculino, com diagnóstico de Síndroma de Charge. Parto de cesariana às 37 semanas, com historial de crescimento inferior ao normativo para a idade, sendo de relevo a presença de criptorquia. Sem antecedentes familiares com relevância clínica, sem consanguinidade.
  • Função visual e variáveis psicológicas nos portadores da síndrome dependência de álcool
    Publication . Lino, Pedro Miguel; Poças, Ilda Maria; Grilo, Ana
    Síndrome de Dependência do Álcool (SDA): consumo excessivo de álcool acompanhado de perturbações a nível físico, emocional e social; normalmente instala-se em situações de maior vulnerabilidade; definida como doença crónica que quando não controlada pode ser fatal; o consumo excessivo afeta a maioria das funções motoras e perceptivas, aumentando o tempo de reação, diminuindo as funções motoras e cognitivas, afetando a atenção de forma severa; alterações psicológicas – ansiedade, dificuldade em dormir, irritabilidade ou depressão; alterações físicas – náuseas, tremores, vertigens, desequilíbrio e perda de coordenação motora; alterações oculares – edema palpebral, lacrimejo, diminuição da acuidade visual, diplopia, diminuição da estereopsia, alterações na sensibilidade ao contraste, alterações vergênciais e acomodativas, redução do campo visual e alterações na visão cromática. Objetivo do estudo - Avaliar a função visual e o estado emocional nos indivíduos com DAS.
  • Alterações na retina, coróide e nervo ótico secundárias a SARS-CoVs-2
    Publication . Lino, Pedro Miguel; Cunha, João Paulo; Poças, Ilda Maria; Camacho, Pedro; Silva, Carina; Ribeiro, Edna; Brito, Miguel; Mendonça, Paula; Barroqueiro, Olga; Condado, Patrícia; Nicho, Inês; Carmo, Rita Barros; Castelhano, Mariana; Carvalho, Francisca; Almeida, Júlio Costa; Prieto, Isabel
    O novo coronavírus responsável pela síndrome respiratória aguda grave (SARSCoV- 2) surgiu associado a pandemia que hoje vivemos (COVID-19). Como para outros vírus respiratórios altamente contagiosos, as gotículas respiratórias são a principal via de transmissão do SARS-CoV-2. No entanto, outras formas de transmissão foram consideradas - filme lacrimal e saco conjuntival. O contacto próximo com indivíduos infetados e as mãos contaminadas poderão facilitar a sua transmissão mesmo em doentes que não apresentem queixas ou sintomas oculares. O olho pode ser, não só a porta de entrada dos CoVs2, mas também um dos órgãos alvo dos mesmos: conjuntivites, uveítes, vasculites, retinites, nevrites óticas. Apesar de grande parte da atenção dos estudos ser sobre o comprometimento do trato respiratório, o envolvimento da superfície ocular como a lágrima são também referidos em outros CoVs2 e a sua relação deve ser valorizada e estudada enquanto forma de contágio e transmissão. Enquanto ameaça a saúde publica em todo o mundo, a infeção por SARS-CoV-2, realça a necessidade de estudos para a caracterização e compreensão da doença mas também a transmissão de forma a adequar as respostas às necessidades de saúde inerentes. Apesar de grande parte da atenção dos estudos ser sobre o neurotropismo destes coronavírus (não só pela sua disseminação hematogénea mas também por via neuronal retrógrada) e ao possível compromisso vascular/isquémico, com as suas eventuais sequelas no SNC2-3 e envolvimento da retina humana pretendemos descrever as características tomográficas retinianas e coroideias de doentes previamente com COVID-19. Objetivo do estudo: Caracterizar diferentes métricas corio-retinianas em participantes recuperados de COVID-19 comparativamente ao grupo-controlo.
  • A função visual em utilizadores de microscópio ótico
    Publication . Lino, Pedro Miguel; Poças, Ilda Maria; Mendonça, Paula
    A saúde visual dos profissionais que usam microscópio é uma importante preocupação de saúde ocupacional. A literatura aponta para uma relação entre a execução de um trabalho de perto prolongado e o aparecimento de queixas astenópicas: erros refrativos não corrigidos; disfunções binoculares e acomodativas; olho seco – aumento da exposição da superfície ocular, diminuição da frequência do pestanejo e alteração da produção e secreção lacrimal. As anomalias da Visão Binocular se encontravam significativamente aumentadas ao fim de um dia de trabalho com fixação de perto. Diminuição significativa da amplitude de acomodação e convergência antes e depois de quatro dias a realizar uma atividade de perto. Utilizadores de microscópio ótico (n=75): 80% dos operadores de microscópios apresentavam queixas visuais relacionadas com o uso do mesmo; encontrada relação entre estas e o tempo passado ao microscópio, a existência de insuficiência de convergência e de astigmatismo não corrigido. Objetivos do estudo: avaliar o estado da função visual dos profissionais de APCT e relacioná-lo com os sintomas astenópicos mais frequentes; e observar a influência do trabalho ao microscópio na função visual após uma semana de exercício laboral, assim como correlacionar o número de horas e anos de trabalho com os sintomas visuais.
  • Alterações na coroide, retina e nervo ótico subsequentes a COVID-19
    Publication . Camacho, Pedro; Poças, Ilda Maria; Cunha, João Paulo; Silva, Carina; Ribeiro, Edna; Brito, Miguel; Mendonça, Paula; Barroqueiro, Olga; Lino, Pedro Miguel; Condado, Patrícia; Nicho, Inês; Carmo, Rita; Castelhano, Mariana; Carvalho, Francisca; Almeida, Júlio Costa; Prieto, Isabel
    Em março de 2022, foram registados 3413013 casos positivos (total acumulado). Conjuntivite, uveíte, vasculite, retinite e neuropatia óptica foram documentadas em modelos animais como possíveis complicações infeciosas com comportamento neurotropico semelhante ao SARS-COV. Considerando a retina uma extensão do SNC e o neurotropismo dos CoVs, a caracterização da retina, coroide e nervo ótico de pacientes infectados com COVID-19 poderá ser relevante devido a possíveis mecanismos de neurodegeneração e vascularização poderem estar envolvidos. Objetivo: Descrever as alterações que ocorrem ao nível da espessura da retina, complexo de células ganglionares, fibras nervosas peri-papilares e coróde sub-foveal em pacientes infetados por COVID-19 Vs grupo controlo.
  • Síndrome de astenopia digital: alterações da função visual
    Publication . Poças, Ilda Maria; Lino, Pedro Miguel; Martins, Ana R.; Guedes, Magda; Santos, Lara
    Introdução: A Síndrome de Astenopia Digital (SAD) é um distúrbio transitório e inespecífico de causa multifatorial responsável por um conjunto de sintomas visuais associados ao uso de dispositivos eletrónicos: computador, tablet, telemóvel, quando utilizados por mais de 2 horas contínuas. Uma maior utilização da visão de perto solicita uma ativação dos mecanismos de acomodação e vergências, podendo resultar em eyestrain (astenopia). Para além dos sintomas astenópicos, a execução de atividades próximas por períodos prolongados pode levar a alterações no erro de refração, no sistema de acomodação-convergência e na superfície ocular, comprometendo o rendimento visual e consequentemente a precisão na tarefa executada, podendo conduzir a erros de gravidade variável consoante a atividade. Objetivo: Estudar, nos assistentes administrativos (AA) de uma unidade hospitalar, a influência na função visual do uso prolongado do computador, nas actividades de perto, durante um dia de atividade laboral.