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Borges Lopes, António Adérito

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  • Uma interpretação de Pessoa: manual de um ator a partir de "Menino de sua Avó", de Armando Nascimento Rosa, criação de Maria do Céu Guerra e Adérito Lopes
    Publication . Lopes, Adérito; Nogueira, Adriana; Rosa, Armando Nascimento
    Este trabalho pretende fundamentar e explicitar o processo de conceção e elaboração do Poeta Fernando Pessoa, enquanto personagem da peça Menino de sua Avó, do dramaturgo português Armando Nascimento Rosa, levado à cena pela companhia A Barraca. Reunindo todos os materiais utilizados para a criação deste eterno fenómeno literário, comecei por analisar a obra do dramaturgo desta criação cénica para poder identificar as suas influências nesta temática pessoana. Pretendo nesta investigação analisar os elementos em que fundamentei esta criação de Fernando Pessoa, partindo das minhas primeiras experiências dramáticas, depois das que tive na academia, até ancorar nos palcos profissionais. Com a profissionalização, identifiquei um método de trabalho como ator e é nesse processo que se centra este estudo. Irei propor, em resultado desta investigação, um manual para um ator que interprete este poeta. Para uma criação desta natureza, esse manual centra-se em três fases: a primeira, que denomino por construção de um ator, talvez a mais ampla, passa pelas aprendizagens obtidas nas primeiras experiências dramáticas, seguidas pelos ensinamentos da academia, até às realizações práticas com os mestres e encenadores no palco. A segunda, nomeada aqui como a preparação de um papel, é a investigação da personagem a interpretar – neste caso, Fernando Pessoa. Essa pesquisa parte da exegese da obra do poeta, essencial para a criação de um Fernando Pessoa no palco, assim como a pesquisa de estudos pessoanos, cuja matéria seja primordial para o trabalho que me proponho. Por fim, a terceira parte, a criação da personagem, onde Fernando Pessoa se encontra no palco e são escolhidas com detalhe as suas características anteriormente estudadas, assim como as abordagens técnicas apreendidas até à realização desta criação. Este manual é específico para esta personagem, e nele apresento as influências diretas e utilizadas nesta construção
  • N’A Barraca com Maria do Céu Guerra em Dona Maria, A louca, de António Cunha
    Publication . Lopes, Adérito; Rosa, Armando Nascimento
    A loucura é desde sempre motivo de inspiração literária. Ordenamos o caos que somos, segundo o modelo da cultura que nos acolhe. Mas é tão frágil e ainda inexplicável essa estrutura que nos sustenta, que na quebra de um dos nossos pilares toda essa estrutura desaba, para o que conhecemos como a loucura. D. Maria, a Louca conta-nos a história de uma rainha de dois países e dois cognomes. Em Portugal onde reinou, D. Maria, a Piedosa, no Brasil onde morreu, D. Maria, a Louca, talvez porque também ela teve duas vidas. O espetáculo mostra-nos as duas mulheres, a lúcida e a louca, a que é menina do seu pai e a que se torna mulher ao abdicar do seu amor, a que é esposa e a que é viúva, a que é mãe e a que vê um filho morto, a que constrói igrejas e a que assina mortes: a ingratidão de uma sociedade que exige que nos desumanizemos em prol de um trono, e a solidão dessa cadeira.