Loading...
2 results
Search Results
Now showing 1 - 2 of 2
- Aprender a ler música sem partituraPublication . Cruz, Cristina Brito DaAprendemos a falar ouvindo, balbuciando sons, reconhecendo palavras, imitando, repetindo, percebendo, experimentando e “improvisando” frases. Falando, vamos aprendendo a pensar e a comunicar. Só passados uns anos aprendemos a ler. Fazer música antes de aprender a ler, antes mesmo de tocar um instrumento, é o percurso pedagógico que escolhemos para os nossos alunos. Neste workshop, a canónica trindade “ritmo - melodia - harmonia” estará presente em jogos, lengalengas e canções tradicionais que permitem ~ a crianças, jovens ou adultos - aprender brincando. Servir-nos-emos de sons, de palavras e de movimento e usaremos técnicas seculares como nomes de notas ou fonomímicas. Cantar e associar sílabas ou gestos à duração e à altura relativa dos sons (em linhas melódicas ou sequências harmónicas) desenvolve a audição, a memória, permite imitar com mais precisão, ouvir interiormente, “ler música” sem perder o contacto visual com o professor e “reagindo musicalmente”. Estas técnicas favorecem a concentração e o “saber estar” em grupo e permitem “visualizar” o desenvolvimento auditivo dos alunos, saber' em “tempo real” como ouvem/percebem música ou, simplesmente, se estão a ouvir/perceber. Queremos que os nossos alunos aprendam a ler, cantando, (inicialmente) sem partitura e com prazer.
- Sobre a formação de performers, investigadores e docentes de música: a Escola Superior de Música de Lisboa e outras instituições públicas de ensino superiorPublication . Cruz, Cristina Brito DaÉ problemático falar sobre políticas públicas de formação e investigação em música quando estas não são consistentemente debatidas nem divulgadas, quando se constata que a tutela tem um conhecimento insuficiente sobre os variados contextos específicos para os quais legisla, quando não são previstos os orçamentos públicos necessários, nem docentes e investigadores em número suficiente, para garantir a melhoria da qualidade da formação e da investigação, nem para tornar viável a eficaz implementação do que se deseja ou até do que é legislado. Na perspetiva aqui apresentada, é sobretudo aos docentes e aos órgãos de governo das várias instituições de ensino superior politécnico e universitário que se deve a diversidade e a qualidade da oferta formativa no ensino superior, na área da performance, da investigação e da formação de docentes para o ensino especializado da música. Começarei por referir alguns dados históricos sobre o ensino laico da performance e da composição em Portugal (1834 a 2014), destacando reformas e a falta de interesse político e de apoios para as implantar. Apesar das referências a outras instituições de ensino superior, esta palestra incidirá sobre a Escola Superior de Música de Lisboa (ESML), desde a sua criação até ao ano letivo corrente (1983 a 2013/14).