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- Efeitos da fisioterapia no tratamento das disfunções sexuais femininas: revisão sistemáticaPublication . Amaral, Ana; Silva, Patrícia; Coutinho, Maria IsabelIntrodução: As disfunções sexuais femininas abrangem diversas perturbações que causam alterações no desejo, na excitação, no orgasmo e/ou dor. A fisioterapia parece ter um papel crucial no tratamento destas disfunções, existindo diversas intervenções consoante as necessidades apresentadas. Objetivo: Estudar as intervenções fisioterapêuticas realizadas em mulheres com disfunção sexual e os seus efeitos na sintomatologia e na qualidade de vida e averiguar que estudos futuros serão relevantes para a prática clínica baseada em evidência na fisioterapia na saúde da mulher. Métodos: A revisão sistemática foi realizada de acordo com o protocolo PRISMA. Realizaram-se pesquisas nas bases de dados PubMed, Scielo, ScienceDirect, LILACS, PEDro e Web of Science com as palavras-chave sexual dysfunctions, dyspareunia, vaginismus, female sexual dysfuncion, physical therapy e physiotherapy. Incluíram-se estudos randomizados controlados com amostra constituída por mulheres com disfunção sexual, escritos em inglês, português ou espanhol e excluíram-se estudos sem intervenção fisioterapêutica, sem descrição de resultados ou eficácia do tratamento e com valor na escala PEDro inferior a 4. Resultados: Dos artigos identificados, 14 foram incluídos com informação relevante, sobretudo, relativamente a perturbações de dor génito-pélvica ou na penetração, verificando-se uma carência na evidência das restantes perturbações. Os estudos incluídos nesta revisão abordaram a fisioterapia multimodal, o biofeedback eletromiográfico, as ondas de choque, a laserterapia de baixa intensidade e o TENS. Os protocolos usados nos diferentes estudos de fisioterapia multimodal variam amplamente, no entanto a terapia manual, o treino dos músculos do pavimento pélvico e o biofeedback foram as intervenções mais prevalentes. A fisioterapêutica multimodal, o TENS e as ondas de choque têm bons resultados na melhoria da sintomatologia e da qualidade de vida da mulher. Conclusão: Os resultados suportam a eficácia das modalidades de fisioterapia como primeira linha de tratamento de disfunções sexuais femininas (dor génito-pélvica ou na penetração) sendo que a fisioterapia multimodal aparenta ter melhores resultados na sintomatologia e qualidade de vida. São necessários mais estudos nesta área, com tamanhos de amostras maiores. Seria igualmente importante, realizar-se estudos nas restantes disfunções sexuais femininas, para que se compreenda o papel da fisioterapia dentro de uma equipa multidisciplinar.