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- “Ele disse uma coisa tão feia que partiu o meu coração”: estratégias e práticas para o desenvolvimento de competências socioemocionais na resolução de conflitosPublication . Machado, Madalena Filipa Santos; Dias, Joana Filipa da MotaO presente relatório decorre no âmbito da Prática Profissional Supervisionada II (PPS II), do Mestrado em Educação Pré-escolar (MEPE), da Escola Superior de Educação de Lisboa (ESELx). A PPS II foi realizada em Jardim de Infância com um grupo heterogéneo em termos de idade, cujo principal objetivo consistiu em descrever, de forma reflexiva e fundamentada, todo o percurso ao longo da prática. Assim, serão apresentadas a caracterização da ação educativa, as intenções que orientaram a minha intervenção e a construção da profissionalidade enquanto futura educadora de infância. Além disso, este relatório contempla uma componente investigativa referente ao papel do adulto no desenvolvimento de competências socioemocionais na resolução de conflitos. A problemática surgiu de uma dificuldade observada relativamente à autorregulação emocional das crianças perante momentos de maior frustração, pelo que foram definidos os seguintes objetivos: (i) Compreender o papel do adulto na gestão das emoções em situações de conflito; (ii) Identificar estratégias e/ou práticas pedagógicas utilizadas pela equipa educativa na promoção da regulação emocional das crianças em idade pré-escolar; (iii) Reconhecer as conceções das crianças sobre os conflitos sociais e as formas de manifestação e regulação das suas emoções. Do ponto de vista metodológico, esta investigação caracteriza-se como um estudo de caso, de natureza qualitativa. Os dados foram recolhidos a partir dos registos elaborados nas notas de campo, das entrevistas semiestruturadas realizadas à equipa educativa de sala, do grupo de discussão efetuado com sete crianças e da bibliografia de referência consultada. Os resultados revelaram que a regulação emocional apresenta um forte impacto na forma como as crianças se relacionam socialmente com os outros. A ação do adulto será crucial neste processo, pois o seu papel passará por ser mediador e fornecer estratégias/ferramentas para que, gradualmente, a criança consiga gerir as suas emoções e, por conseguinte, resolver os conflitos interpessoais.