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- Educador e criança: da interação adulto-criança à interação entre paresPublication . Bugalhão, Catarina Louro; Fuertes, MarinaO presente relatório surge no âmbito da Prática Profissional Supervisionada II, desenvolvida ao longo de quatro meses num contexto de Jardim de Infância, com um grupo de crianças com idades compreendidas entre os 5 e os 6 anos. O relatório tem como principal objetivo apresentar e refletir criticamente sobre o processo de intervenção e investigação em JI. Contempla, ainda, uma reflexão pessoal em torno dos contributos do percurso vivenciado na formação em Educação de Infância, para a construção da minha identidade profissional, enquanto futura Educadora de Infância. A caracterização reflexiva dos contextos e agentes do processo educativo permitiu traçar intencionalidades educativas que nortearam e deram sentido à minha ação educativa, tencionando intervir segundo uma prática responsiva e empática, de relações afetivas de segurança, proximidade e confiança, para com as crianças, as suas famílias e equipa educativa. A criança desenvolve-se num processo dinâmico de interação e relação com o meio, sendo, tanto produto, como produtora do seu desenvolvimento; nessas ações afeta-se a si mesma e ao que a envolve, conferindo sentido ao seu universo social. Na educação pré-escolar, é a natureza e qualidade das interações do Educador que distingue a autenticidade e compromisso na sua ação pedagógica (Bronfenbrenner, 1979; Bhering & Sarkis, 2009; Bertam & Pascal, 2009; Portugal, 2011). A investigação Tandem procura descrever os comportamentos interativos de educadores/as, evocando os diferentes modelos educativos e influências dos vários contextos de vida das crianças (Brandes et al., 2015). Os estudos Tandem portugueses (2015, 2016, 2017, 2018 & 2022) apontam para a implicação direta dos modelos de interação do adulto na participação, envolvimento e comunicação da criança. A presente investigação segue as diretrizes da metodologia Tandem. Assenta num estudo observacional com medidas quantitativas e descritivas e visa estudar o modelo de atuação de 3 profissionais de educação com 6 crianças em idade pré-escolar, em termos colaborativos, desafio pedagógico e envolvimento e a transferência desses modelos para a interação criança-criança na situação Tandem – uma sessão de atividade lúdica de construção conjunta com materiais pré-definidos, durante 20 minutos, realizadas em contexto de JI. Neste estudo, participaram 2 Educadoras de Infância, uma Psicomotricista e 12 crianças em idade pré-escolar. Os resultados apontam divergências e semelhanças quanto aos aferidos nos estudos Tandem portugueses; apontam, sobretudo, para o impacto positivo de Modelos de Interação parceiros, desafiantes e positivos, por parte do adulto, na sua interação com a criança. Apenas perante Modelos e Comportamentos Interativos de verdadeira qualidade interativa e de contexto relacional efetivamente positivo – em termos de Participação, Desafio Pedagógico, Envolvimento, Empatia, Atenção, Reciprocidade e Tipo de Colaboração – por parte do profissional de educação, ocorreu efetiva transferência para a interação criança-criança. Neste contexto, os resultados sugerem que a criança aprende melhor e de forma mais significativa perante Modelos e Comportamentos Interativos mais adequados. Não obstante, perante Modelos e Comportamentos Interativos de menor qualidade, as crianças revelaram-se dispostas e competentes para selecionar os modelos éticos mais atraentes e modelá-los ou modificá-los no contexto de interação com os seus pares. Partindo da experiência vivida nas Práticas Supervisionadas em Creche e Jardim de Infância, como futura Educadora de Infância, pretendo olhar e entender a criança como ser de necessidades e interesses próprios; de tempos, espaços e contextos; como detentor de um papel ativo nas interações que estabelece consigo, com os outros e com o meio; ser curioso, disponível ao que é novo, sujeito de saber, construtivo e detentor de teorias explícitas sobre o que o rodeia; um ser de expectativas, de valores, com voz e saberes a transmitir, a ouvir e respeitar, bem como a responder e a acolher. Em paralelo, reconheço a importância de estabelecer, com cada grupo e com cada criança, uma relação adequada através de uma cadeia interativa responsiva, com base na reciprocidade, na relação afetiva, no equilíbrio de poder e na escuta ativa, procurando atender ao seu bem-estar físico e emocional.
- Sistema automático de melhoria contínua para deteção e identificação de sons impulsivosPublication . Mendes, André da Silva; Silva, Paulo Manuel Trigo Cândido da; Paulo, Joel Vera Cruz PretoA deteção e identificação de sons impulsivos aplicados num contexto específico, nomeadamente em eventos desportivos, possibilitam a análise e síntese de várias métricas e estatísticas associadas ao jogo, ou mesmo, ao desempenho do jogador. Neste contexto, a identificação automática de um som impulsivo, como o som da batida da bola na raquete do jogador, é uma contribuição importante para a criação de uma fonte de dados na qual podem ser realizadas análises específicas do jogo. Considerar todas as características de um determinado tipo de som impulsivo em várias condições e ambientes, envolve lidar com bastantes variáveis, sendo igualmente difícil encontrar, de forma eficiente, os valores dos híper-parâmetros que permitem obter a melhor configuração para um determinado algoritmo a ser executado num processo de aprendizagem automática (machine learning). O contributo deste trabalho é o de explorar o espaço de híper-parâmetros (HyP) na procura dos valores que otimizem o desempenho de todo o processo de classificação automática de sons impulsivos. Esse processo inicia na geração do conjunto de dados (dataset) a processar, prossegue com a aprendizagem de modelos de classificação, e termina com a avaliação dos modelos aprendidos. Neste trabalho propõe-se estender o conceito de HyP de modo a englobar também a construção do próprio dataset. Nas experiências realizadas, é considerado um problema de classificação binária, onde é necessário fazer a distinção entre o evento pretendido e o ruído. A validação do processo recorre a áudio extraído de vídeos de competições de eventos desportivos, nomeadamente, ténis e padel, onde se procuram identificar os sons de pancadas da raquete na bola. Os resultados experimentais, onde se observa uma taxa de sucesso (accuracy) do modelo a rondar os 93%, permitem evidenciar a influência das características do som na construção do dataset e no desempenho global do processo de classificação automática de sons impulsivos.