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- "As pessoas escuras são más!”: o estereótipo da cor da pele na prática educativa em jardim de infânciaPublication . Carvalho, Joana Jorge Durand; Fuertes, MarinaO presente Relatório enquadra-se na Unidade Curricular (UC) de Prática Profissional Supervisionada II (PPSII). Este documento pretende ilustrar reflexiva e fundamentadamente todo o percurso realizado ao longo de quatro meses, com um grupo de crianças de jardim de infância, com idades entre os 2 e 5 anos. Numa atividade de pintura, uma criança pediu o “lápis cor de pele”, referindo-se ao rosa-pálido. A partir desta observação, surgiu uma oportunidade de investigação. Para o efeito, foi desenvolvida uma investigação qualitativa, orientada pelas diretrizes de uma investigação-ação, com os objetivos de (i) identificar e descrever estereótipos associados á corda pele presentes no grupo de crianças; (ii) compreender de que forma as crianças se representam a si e aos outros nos seus desenhos; e (iii) identificar que atividades permitem desconstruir os estereótipos das crianças associados à cor da pele. Os resultados obtidos, mostram que as crianças apresentam alguns estereótipos associados à cor da pele, como: a idealização de beleza branca e a associação da maldade a indivíduos negros. Contudo, nem sempre esses estereótipos sobressaem nas escolhas ou discursos das crianças, podendo admitir que esses preconceitos não estão sempre presentes ou encontram-se em desconstrução. Quanto à utilização do lápis cor-de-rosa pálido, os resultados mostram que uma maioria das crianças o utiliza para pintar a figura humana nos seus desenhos. Porém, nem todas o fazem, existindo crianças que nunca o utilizam. Os resultados recolhidos na fase de pré-intervenção e pós-intervenção foram similares, revelando que o trabalho da diversidade e identificação racial no jardim-de-infância é importante, mas deve ser continuado ao longo do tempo e deve existir um envolvimento de toda a comunidade educativa. Na última parte deste relatório figura o processo de construção da minha profissionalidade docente como educadora de infância. Ao longo desta minha prática profissional supervisionada, refleti sobre a construção da profissionalidade do educador considerando que o educador deve estabelecer uma relação próxima com cada criança, promovendo a sua autonomia e participação ativa no seu processo de aprendizagem. Na prática educativa o educador deve também dar prioridade a um trabalho colaborativo com as famílias e com a equipa educativa. E, por último, deve reconhecer e trabalhar a diversidade dentro do grupo de crianças.
- “Eu sou capaz! Nós somos Capazes” O contributo da interajuda para o desenvolvimento da autonomia das crianças em Jardim de InfânciaPublication . Antunes, Inês Machado; Fuertes, MarinaO presente relatório surge no âmbito da Prática Profissional Supervisionada II (PPS II), integrada no Mestrado de Educação Pré-Escolar, e tem como principal objetivo apresentar, de uma forma reflexiva, sistemática e fundamentada, o meu percurso enquanto educadora estagiária em contexto de Jardim de Infância. A PPS II decorreu, durante aproximadamente quatro meses, numa Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), com um grupo constituído por vinte crianças com idades compreendidas entre os 3 e os 6 anos. Na parte final é apresentada ainda uma reflexão crítica sobre o processo de construção da profissionalidade ao longo da minha formação académica. Ao longo da PPS II pude observar momentos de interação na rotina diária das crianças. Consequentemente, estas interações despertaram o meu interesse em desenvolver um estudo de caso sobre o contributo da interajuda para o desenvolvimento da autonomia das crianças na sala onde me encontrava a realizar a prática. Desta forma, o presente estudo intitula-se como “Eu sou CAPAZ! Nós somos CAPAZES! – O contributo da interajuda para o desenvolvimento da autonomia das crianças em Jardim de Infância”. Neste sentido, o estudo realizado teve como objetivos: (i) conhecer a visão das crianças e da equipa educativa em relação à interajuda entre pares; (ii) analisar de que modo a interajuda pode promover relações positivas entre as crianças; (iii) compreender qual a influência dos grupos heterogéneos em idade nas relações de interajuda entre crianças de idades diferentes; (iv) analisar se a interajuda pode promover o desenvolvimento da autonomia das crianças; (v) conhecer as estratégias que a equipa educativa utiliza para promover as relações de interajuda entre as crianças. Tendo em conta os objetivos delineados adotou-se uma abordagem metodológica de natureza qualitativa. Quanto à recolha de dados recorreu-se a diferentes técnicas e instrumentos, tais como: a observação direta, através do registo de notas de campo; inquérito por questionário com perguntas de resposta de aberta à equipa educativa e inquérito por questionário, apoiado em fotografias, realizado às crianças. Para a análise dos dados das diferentes fontes recorreu-se à análise de conteúdo e à contagem de frequências para analisar os dados das respostas fechadas ao inquérito por questionário apoiado em fotografias. Os dados recolhidos revelam que existem relações de interajuda entre os pares. As estratégias utilizadas pela equipa educativa, os momentos de brincadeira, a cooperação entre pares de diferentes idades e a interação com o meio podem ser potenciadores de relações positivas de interajuda. É de referir ainda que estas relações de interajuda fornecem às crianças ferramentas que, consequentemente, serão promotoras do seu desenvolvimento da autonomia.
- European citizens’ worries and self-responsibility towards climate changePublication . Mata, F.; Jesus, Meirielly; Cano-Díaz, Concha; Dos Santos, Maria José Palma LampreiaAttitudes and perceptions about climate change (CC) are crucial to public engagement and support in the promotion of mitigating actions and sustainable lifestyles embracing the United Nations’ sustainable development goals. This study aimed to investigate how worried are European citizens about CC, and what is their willingness to assume self-responsibility in its mitigation. We used the European Social Survey, namely the answers to the questions “How worried are you about climate change?” and “To what extent do you feel a personal responsibility to try to CC?” and have related them with demography and individual perception of the society and its policies. We fit two statistical models to each of the questions studied and found the following: Model 1—people that trust in scientists are more worried about CC, people satisfied with the national government are more worried about CC, women are more worried about CC than men, and older and more educated people are also more worried about CC; Model 2—Women have higher levels of self-responsibility, people that trust in scientists feel more responsibility when satisfied with the economy and the health system of the country, and older people that trust in scientists also have more responsibility.