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- As mudanças na representação dos géneros na publicidade televisiva brasileiraPublication . Freitas, André Henrique Neves de; Medeiros, CarlaEsta investigação se contextualiza nas transformações culturais, sociais e biológicas que aconteceram na sociedade ao decorrer dos tempos relativamente aos papéis sociais de cada género. A partir da constatação dessas mudanças surge a questão de partida para o estudo: será que as transformações sociais identitárias influenciaram na forma como as marcas têm representado os géneros nas campanhas televisavas brasileiras das décadas de 1980 a 2020? As definições biológicas e antropológicas acerca do homem e da mulher se alteraram de acordo com as transformações culturais e os avanços científicos que a sociedade transitou ao decorrer dos séculos. Tais definições que historicamente sempre colocaram a mulher num patamar de inferioridade perante ao homem, mas que sofrem uma rutura a partir do século XX com a ascensão do feminismo e da comunidade LGBTQIA+, invertendo os papéis sociais, lutando pela igualdade entre os géneros e quebrando estereótipos. À medida que as marcas estão em constante transformação para se adaptarem aos novos paradigmas sociais e para continuarem com discursos relevantes aos olhos dos consumidores, este estudo tem um caráter qualitativo, para compreender se essas transformações sociais de género estão realmente inseridas nas campanhas publicitárias ou se os antigos estereótipos ainda fazem parte dos anúncios. Dessa forma, foi realizado um estudo de 20 anúncios publicitários televisivos, de quatro marcas diferentes, entre as décadas de 1980 a 2020, com uma análise que procurou identificar se os padrões comportamentais e estéticos dos papéis representados pelos homens e pelas mulheres nas narrativas são transversais às diferentes décadas de cada marca e se condizem com a realidade da sociedade daquele determinado período ou não. Com os resultados obtidos chegou-se a conclusão de que os comerciais televisivos brasileiros alteraram a forma como representam cada género. As características femininas e masculinas das décadas de 1980 a 2000 eram pautadas nos estereótipos do pai de família e homem conquistador, e as mulheres tinham seus corpos sexualizados, sua imagem idealizada e eram responsáveis pelos afazeres domésticos. Sofrendo uma rutura a partir da década de 2010 com a representação de novos padrões de família, com os papéis sociais invertidos entre os homens e as mulheres, a não sexualização e idealização do corpo e do comportamento feminino, e a inserção da comunidade LGBTQIA+. A investigação é importante para a academia por expandir os conhecimentos acerca de um tema atual, com poucos estudos publicados na literatura e relevante para as marcas compreenderem a evolução da representação de género na publicidade nos tempos atuais.
- Intensidade e efeitos da utilização da Internet no dia-a-dia do utilizadorPublication . Garcias, Francisca Nabais Camejo Ferreira; Montargil, Filipe; Araújo, SusanaA presente investigação tem como tema a intensidade e os efeitos da utilização da Internet. O Uso Problemático da Internet é um problema menos grave que a adição à Internet, no entanto é mais comum entre os utilizadores, devido à disponibilidade e à portabilidade da mesma. Independentemente da atividade que os utilizadores estejam a realizar, estes sentem a necessidade de estar constantemente disponíveis e, devido a esta permanência, foram desenvolvidas rotinas em que os utilizadores dependem dos seus telemóveis. Por outro lado, mesmo que exista um esforço para se afastarem da Internet, estes eventualmente acabam por voltar às suas rotinas anteriores, pois já estavam habituados a comunicar e a permanecer online. Através de um questionário online, foi constituída uma amostra de 433 indivíduos, com idades entre os 17 e os 33 anos, em que a maioria é do género feminino. Estes vão à internet durante 5 horas, no seu dia-a-dia, e enviam e recebem 100 mensagens, diariamente, correspondendo a um nível moderado de utilização, de acordo com a bibliografia de referência identificada na análise e discussão dos resultados. Esta é uma amostra que, apesar de recorrer ao telemóvel diariamente, durante umas vastas horas, não se deixa influenciar pelo uso excessivo da Internet e valoriza a comunicação pessoal face- a-face entre amigos e familiares.
- A QVF na perspetiva de famílias com jovens com PEA em transição para a vida pós-escolar: preocupações e expectativasPublication . Alves, Rita Sofia Francisco; Silva, Francisco Vaz daConsiderando o limitado conhecimento científico e os grandes desafios vividos pelas famílias com jovens com perturbações do espectro do autismo (PEA) em transição para a vida adulta, pesquisa-se sobre a sua qualidade de vida familiar (QVF) durante essa etapa. A fim de se identificarem as necessidades das famílias e dos jovens, bem como as medidas que facilitariam esse difícil processo, o presente estudo caracteriza-se pela adoção de uma abordagem qualitativa do trabalho investigativo. Por meio da realização de entrevistas semiestruturadas, estudaram-se as perspetivas de 14 famílias (cujas respondentes foram predominantemente mães) com filhos com PEA entre os 15 e os 21 anos. As respostas obtidas indicam que o período de transição é experienciado com dificuldades muito semelhantes às reportadas em investigações internacionais sobre este tema. Os sistemas de suporte não abraçam as carências existentes e provocam impacto negativo na qualidade de vida familiar. A pouca eficácia dos seus programas de inserção sobrecarrega as famílias, condicionando-as a responder às necessidades dos jovens e a assegurar perspetivas da transição para uma vida com qualidade e dignidade. As mães, particularmente, estão sujeitas a maiores níveis de stress em comparação com os restantes membros do núcleo familiar, por serem frequentemente as figuras que na família assumem a responsabilidade pela criação dos filhos. Com vista à melhoria das condições de vida, foram várias as medidas sugeridas pelos participantes para a reestruturação e construção de serviços essenciais para a promoção de uma entrada bem sucedida na vida ativa. As propostas mais significativas relacionam-se com políticas de sensibilização para desmistificação das PEA, recursos para a estimulação de capacidades dos jovens, serviços para a assistência pessoal e coordenação consistente entre os serviços e as famílias desde a infância. O estudo indicia, portanto, que é elementar que as políticas e serviços sejam apontados para o desenvolvimento de competências dos jovens e que proporcionem transições de sucesso, ao mesmo tempo que o papel crítico das famílias poderá ser atenuado e a sua QVF melhorada. Estes resultados motivam, finalmente, uma reflexão sobre o posicionamento da Educação Social e Intervenção Comunitária no quadro de respostas da comunidade às necessidades destas famílias e jovens com PEA.