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- Imprensa portuguesa sobre cinema: Uma retrospectivaPublication . Lourenço, Jaime; Centeno, Maria JoãoO Jornalismo de Cinema, considerado um subgénero do Jornalismo Cultural, apresenta-se-nos como um objecto de estudo ainda por explorar nas ciências sociais e da comunicação, nomeadamente em Portugal onde a investigação sobre este subgénero é quase inexistente. Uma vez que o cinema é, de entre as manifestações culturais e artísticas, uma das que tem maior presença nos media portugueses (de acordo com dados do projecto A Cultura na Primeira Página [Baptista, 2014; 2017a]), importa aprofundar a investigação sobre esta prática jornalística. No âmbito de uma investigação mais alargada, parece-nos fundamental percorrer os principais títulos da imprensa portuguesa sobre cinema que têm acompanhado a recepção do cinema nacional e internacional e que têm sido cruciais para a construção da cultura cinematográfica dos portugueses. A primeira publicação dedicada em exclusivo ao cinema surgiu na década de 1910 e é a partir da segunda metade do séc. XX que se começa a constatar a aceleração do gosto cinematográfico (Barroso, 2008:26) e a consolidação das publicações sobre cinema em Portugal. Nesta comunicação, através de uma revisão de literatura e análise documental, traçamos a evolução da imprensa portuguesa sobre cinema e analisamos as características dos principais títulos desde as origens do cinema até 2014 (ano em que circulou pela última vez uma publicação portuguesa especializada em cinema).
- Censura: ideologia em acçãoPublication . Barros, Júlia Teresa Pinto De SousaProponho-me analisar a crescente afirmação do aparelho de censura, no interior da ditadura militar, e o seu impacto nas práticas jornalísticas no período de pré institucionalização do Estado Novo. Coloco-me entre aqueles que consideram que a História deve olhar para a área da comunicação social como um fator condicionante de mudança, a quem deve ser dada autonomia explicativa. A censura foi um instrumento político disponível, de valor incalculável, sem o qual não é possível entender a afirmação no poder da corrente autoritária nacionalista católica. Mas está por estudar o papel da censura na luta política da ditadura militar (1926- 1933). Com base no espólio da Ephemera, irei analisar os primeiros boletins semanais de cortes à imprensa, até hoje inacessíveis aos historiadores, redigidos semanalmente, pela Direção dos Serviços de Censura à Imprensa, entre março e novembro de 1932. A importância desta documentação só pode ser avaliada se tivermos em conta que é neste período que o ministro das Finanças, António Oliveira Salazar, ascende, finalmente, em julho, à Presidência do Conselho de Ministros. No exato momento o projeto de uma nova Constituição foi apresentado publicamente, e a direita radical se autonomiza e lança em março o seu primeiro órgão de imprensa, o Revolução, que será a base de uma nova organização política, o movimento nacional-sindicalista, liderado por Rolão Preto. Este é ainda o ano em que o meio sindicalista, comunista e anarco-sindicalista, avança com várias iniciativas de luta contra as medidas legislativas no campo laboral. E por último, mas não de menor importância, este é o ano em que o sector autoritário investe no espaço público na afirmação da sua narrativa política. O que assistimos durante o ano de 1932, ainda antes da promulgação da Constituição de 1933, é ao estabelecimento de fortes constrangimentos na divulgação de informação atual que interferem continuamente nas já de si precárias, insuficientes, e imprecisas práticas de jornalísticas em vigor. Interessa-nos aqui realçar que uma grande parcela da atividade censória recaía não sobre opiniões, ou comentários, mas sobre a matéria prima em que se vinha edificando a imprensa escrita e o trabalho jornalístico: a informação. Tratava-se de uma atividade com implicações que estavam longe de se limitar à luta política travada entre grupos e individualidades que reclamavam protagonismo no campo político. A atuação da censura implicava toda a sociedade portuguesa condicionando a experiência e perceção daquele tempo histórico. No final de 1932, ainda antes da institucionalização do Estado Novo, já se desenhava o primeiro esquisso da representação do país imaginado pelo autoritarismo católico conservador.
- A informação não diária no prime time da RTP, SIC e TVI: 10 anos de coexistênciaPublication . Lopes, Anabela de SousaEsta proposta de comunicação insere-se numa investigação mais alargada relativa à caracterização e evolução dos programas de informação não diária do horário nobre das televisões portuguesas (espaço informativo que se segue aos jornais das 20h), desde 1957 até ao presente. A análise que pretendemos apresentar terá como enquadramento temporal os 10 primeiros anos de coexistência da RTP, SIC e TVI; a partir do arranque das emissões da SIC, primeiro canal de televisão privada em Portugal, que iniciou as suas emissões em Outubro de 1992. A escolha desse período justifica-se pelo cotejo que se pretende fazer entre canais generalistas, numa abordagem cronológica. Note-se que o primeiro canal de notícias, SIC Notícias, surgiu em 2001. Será feita a caracterização desses programas de informação do prime time da RTP, SIC e TVI, tendo como coordenadas a duração, o formato, o/a jornalista que conduz o programa, a temática. Este trabalho permitirá aferir qual o investimento realizado na investigação jornalística que implica um tempo significativo de elaboração, bem como meios humanos e técnicos mobilizados para um jornalismo de maior profundidade, comparativamente com a produção jornalística destinada aos telejornais.