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- Estratégias de mitigação do risco sísmico de quarteirões no bairro de Alvalade, em LisboaPublication . Costa, Nerysa Alexandra Amaro da; Carvalho, Alexandra Maria Rodrigues de; Baptista, Maria Ana Carvalho Viana; Candeias, Paulo José de Oliveira XavierOs recentes acontecimentos sísmicos ocorridos em centros urbanos em Itália, em agosto e outubro de 2016, e México, em setembro de 2017, revelam uma vez mais a vulnerabilidade do património construído anterior à entrada em vigor dos regulamentos de construção antissísmicos. A reabilitação sísmica é fundamental para aumentar a robustez dos centros urbanos à ação dos sismos, contribuindo para o aumento da resiliência das populações e das cidades face a cenários de catástrofe. No entanto, os intervenientes nessa reabilitação são confrontados com a dificuldade de selecionar as melhores soluções construtivas a adotar e os critérios que devem suportar essa escolha. Saliente-se que, embora sejam conhecidas as técnicas de reforço mais adequadas a diferentes tipologias construtivas, estas são, geralmente, tratadas considerando o edifício individualmente e não à escala do quarteirão. Importa, no entanto, identificar e estudar as soluções de reforço considerando o edifício e os edifícios adjacentes dada a interação que existe entre eles. Este trabalho corresponde ao primeiro estudo de estratégias de reabilitação e reforço sísmico para os edifícios em bandas lineares, à escala do quarteirão no bairro de Alvalade, na cidade de Lisboa, e foi realizado com a ajuda do software “LNECLOSS”. A avaliação do desempenho sísmico dos edifícios do parque edificado e dos respetivos danos estruturais foi feita através de um método mecanicista, o denominado método do espectro de capacidade, em que os edifícios são descritos pelas curvas de capacidade e de fragilidade. Através da análise destas curvas, avaliou-se a vulnerabilidade sísmica dos edifícios e das bandas lineares homogéneas e heterogéneas, e concluiu-se que no caso das bandas homogéneas a vulnerabilidade é a mesma para os edifícios e para as bandas, sendo independente do número de edifícios existentes em cada banda, mas que é diferente no caso das bandas heterogéneas. Para a avaliação do risco sísmico consideraram-se dois cenários de ação sísmica, o cenário “próximo” e o cenário “afastado” característicos da sismicidade que afeta Portugal, concluindo-se que o cenário “afastado” é mais prejudicial. Relativamente às estratégias de reforço sísmico adotadas, verificaram-se que as estratégias R1, R3 e R4 conduzem a reduzidos valores de danos à estrutura, e são aquelas que melhor contribuem para a mitigação do risco sísmico do local, tendo em conta a inserção dos edifícios no quarteirão. Pretendeu-se deste modo, contribuir para uma tomada de decisão informada.