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- Inclusão de uma criança com perturbações do espectro do autismo no Jardim de InfânciaPublication . Fonseca, Maria de Lassalett Gomes Carvalho; Madureira, IsabelA educação de crianças e jovens com autismo continua a ser um desafio tanto para os profissionais, pais e até outros alunos que interagem com eles nos contextos do ensino regular. A Declaração de Salamanca um documento publicado em 1994 como resultado da Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais assinala um momento fundamental na evolução e nas práticas da escola inclusiva, capaz de acolher e reter, no seu seio, grupos de crianças e jovens com necessidades educativas especiais tradicionalmente excluídos. Este estudo de caso, de natureza qualitativa pretende conhecer as perspetivas da comunidade educativa sobre a inclusão de uma criança com perturbação do espectro de autismo (PEA), no contexto Jardim de Infância; conhecer/ caracterizar as práticas de inclusão observadas no contexto de sala de JI; identificar as expectativas dos Pais e dos Educadores relativamente ao desenvolvimento da criança (PEA). Os dados foram recolhidos por meio de pesquisa documental, observação naturalista e através da realização de entrevistas semiestruturadas com os sujeitos que integram a comunidade educativa de um Jardim de Infância (Uma criança com PEA, duas educadores, uma professora de educação especial, uma terapeuta da fala e quatro encarregados de educação). Os resultados do estudo demonstram uma perceção positiva da Comunidade Educativa sobre a inclusão da criança com PEA, na sala do ensino regular, dando ênfase ao processo de inclusão desenvolvido no jardim-de-infância. Embora tenham concordado com a inclusão, manifestaram no entanto, algumas reservas face a este tema. No que diz respeito aos fatores facilitadores da Inclusão, sublinharam “O trabalho de equipa” como o fator de maior relevância. Ainda referiram que, a interação entre o professor/educador, a equipa multidisciplinar e a família constituem fatores que ajudaram a superar as dificuldades. Embora com menor expressão, os resultados também evidenciaram os fatores que dificultam a inclusão, referindo a “falta de experiência de inclusão do Professor/Educador” como o dificultador mais relevante. Relativamente as interações nos contextos educativos, os resultados das observações apontam a existência de escassa interação entre os pares sobretudo entre as crianças com desenvolvimento típico e a criança com Perturbação do Espectro do Autismo (PEA). Embora não se tenham verificado mudanças significativas na dinâmica do grupo de pares e nas atividades, as docentes do ensino regular e da educação especial privilegiam a linguagem/comunicação nas atividades desenvolvidas. De facto, constatamos durante todas as observações que, as docentes utilizaram com frequência a linguagem verbal/fala na execução das atividades para informar, perguntar, responder e estimular a criança com perturbação do espectro do autismo (PEA), na aquisição de competências. De uma maneira geral a integração da criança na dinâmica da sala está a ser feita progressivamente de modo gradual, tendo em vista a sua inclusão.