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- Estudo sobre as diferenças interativas e comunicativas de crianças em idade pré-escolar com pais e educadoresPublication . Ladeiras, Ana Patrícia Graça; Marina FuertesA investigação TANDEM sobre a qualidade das interações, a comunicação e a atividade entre crianças e adultos tem-se centrado essencialmente na observação dos adultos, prevalecendo a necessidade de compreender o papel da criança nessa relação. Neste estudo, procurou-se investigar o comportamento da criança em idade pré-escolar, sem problemas de desenvolvimento, com Pais e Educadores. Desta forma, 38 meninos (dos quais 20 com Pais e 18 com Educadores) e 32 meninas (das quais 16 com Pais e 16 com Educadores), com idades compreendidas entre os 3 e os 5 anos, foram observadas independentemente, numa situação quasi-experimental. Aos participantes, foi pedido que realizassem, em 20 minutos, um produto, à sua escolha, com materiais e ferramentas que se encontravam ao seu dispor. Pretendia-se descrever e comparar os dois grupos de género, quanto: i) comportamento da criança; ii) qualidade interativa do adulto; iii) tipo de materiais utilizados e o número de componentes do produto e iv) comportamento verbal do adulto. Os resultados indicam que, existe uma associação entre os comportamentos interativos da criança e as várias dimensões do comportamento interativo do adulto. Quando o adulto adota comportamentos positivos e empáticos, a criança revela maior participação e satisfação. No comportamento verbal do adulto, quando este é menos diretivo e dá menos ordens, a criança revela persistência na construção do produto e iniciativa. Por sua vez, quando a criança aceita as sugestões do adulto, este passa a dirigir mais, a realizar mais perguntas de processo e a realizar mais ordens. Comparativamente aos Educadores, a criança com os Pais persiste mais nas suas ideias e aceita mais as sugestões. Por sua vez, com os Educadores, a criança toma mais a iniciativa por ação própria. Os resultados obtidos servem à discussão do papel da criança e dos seus interlocutores nas relações “educativas”.
- As rotinas das crianças com nee: qualidade do contexto educativo e representação de pais e educadoresPublication . Menezes, Maria da Conceição de Sousa; Fuertes, MarinaO quotidiano de um jardim-de-infância rege-se por uma sequência de acontecimentos apelidada de rotina. É um instrumento de dinamização das aprendizagens, orientador das ações das crianças conferindo a segurança necessária pelo conforto e previsibilidade que proporciona (Hohmann & Weikart, 2003). A presente investigação tem como objetivo (1) estudar a qualidade das rotinas percepcionada pelas educadoras e a sua associação, (2) averiguar em que medida a qualidade da inclusão das crianças com NEE nas rotinas do JI se associava à qualidade da escola, (3) observar os comportamentos das crianças e as práticas diretas das educadoras com crianças com NEE e (4) conhecer as representações de uma mãe sobre o processo de inclusão. Para o efeito, participaram 30 crianças entre os 2 e os 6 anos, respetivos educadores (do ensino regular e dos apoios educativos/especializados) e uma mãe. O critério de seleção teve como base a tipologia comunicacional, cognitiva e/ou motor da CIF, nomeadamente Perturbação do Espetro do Autismo, Paralisia Cerebral, Défice Cognitivo e Atraso Global de Desenvolvimento sem outra especificidade. O estudo foi realizado através de um questionário direcionado aos docentes, de observações naturalistas em contexto de sala de aula, de uma entrevista a um encarregado de educação e da aplicação da escala da avaliação do ambiente em jardim-de-infância, ECERS –R (Harms, Clifford, & Cryer, 2008). A generalidade das educadoras indicaram que incluem as crianças com NEE nas rotinas e atividades do jardim-de-infância, na observação naturalista foi possível observar que todas as educadoras adaptavam estratégias pedagogicamente diferenciadas e inclusivas. A mãe entrevistada estava desperta para estas questões e preocupada com o que considera ser “falta de apoios” para o seu filho. A inclusão das rotinas parece organizar-se em “categorias” pedagógicas. Com efeito, por exemplo as crianças tendem a ser incluídas em atividades associadas à autonomia (e.g. alimentação, higiene…), relação com pares (e.g., participação em atividades de grupo), trabalho pedagógico. Fica por compreender, se esta tendência de organização decorre da competência da criança para determinada área ou se é forma de trabalho do educador.