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- Uma só palavra: experiência de narrativa dramáticaPublication . Arnaut, Joana Helena Cepeda Liberal da Mota; Rosa, Armando NascimentoO presente trabalho de projecto consiste na peça original intitulada Uma só palavra. Na Primavera de 1814, últimos tempos do domínio napoleónico em Roma, estando ainda o Papa Pio VII preso em França, o diplomata português Miguel de Sousa é condenado à morte. Prisioneiro no castelo de Sant’Angelo desde 1811, este diplomata é condenado por ter participado numa tentativa de insurreição contra os franceses, protagonizada pelo seu jovem secretário, o italiano Antonio Falchi, que Miguel nem sob tortura denunciou. Porém, poucos dias após o dia da execução, estranhamente, Miguel acorda numa estalagem na periferia da cidade. Percebe que está vivo, mas que alguém foi executado em vez dele. Vai em busca de ser reconhecido e de saber quem morreu. Como os portugueses em Roma pensam que ele foi executado, Miguel encontra muitas dificuldades em recuperar a identidade. Começa a recordar a sua vida, desde a juventude, em Coimbra, e as dificuldades que passou devido à avareza do pai, que não pagou as despesas do seu doutoramento em Leis. Os acontecimentos que o levaram à situação inicial e a personalidade deste diplomata vão sendo revelados por outras personagens. Fica a conhecer-se a sua amizade com um actor português, Tiago Silveira, de nome artístico Giacomo, il portoghese, e a sua curiosa relação com Luísa Torres, cantora portuguesa, que se fazia passar por francesa para conseguir uma carreira como solista na ópera. O ensaio relata como a peça foi construída com base numa investigação histórica sobre o diplomata José Manuel Pinto de Sousa (1754-1818), no âmbito da minha tese de Mestrado em Direito, e numa reflexão sobre arte e religião, desenvolvida no Mestrado em Teatro. Explica como o trabalho de escrita partiu do confronto entre texto narrativo e texto dramático e como, apesar de conter diálogos, assenta, usando a expressão de José Sanchis Sinisterra, numa “polifonia de vozes narrativas”.