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- Death cabaret: porque os mortos viajam depressaPublication . Carvalho, Ana Paula Silva; Rosa, Armando NascimentoEste projecto tinha como objectivo repensar o Cabaret Alemão dos anos 20/30, à luz da atualidade e da nossa sociedade. Fazer renascer o cabaret Alemão, que foi o mais polémico e politico dos cabarets da Europa, foi o que inspirou o Death Cabaret. Estando a Europa a passar (novamente, mas de outra forma) por uma época governada por Alemães, fazia todo o sentido um espetáculo com estas características. O universo “mortos-vivos” veio de um gosto pessoal pelo género, e foi inspirado nos filmes do realizador Tim Burton. Os problemas na Europa e pelo mundo pioraram e o que era apenas um “gosto” tornou-se numa constatação; a Europa está perto do abismo, da morte! Desta minha reflexão, começaram a nascer as personagens: um Alemão, um Grego, uma Portuguesa, uma Francesa e uma Egípcia - que inicialmente parecia não se encaixar, mas que é perfeita, porque simboliza o passado, é imortal. Ela é a que está mais próxima do divino e com a sua sabedoria compreende bem a humanidade. Todas estas personagens foram inspiradas em acontecimentos históricos, mitologia, personagens que eu pesquisei. Em parceria com o Michel Simeão criei este texto. Uma reflexão sobre a atualidade politica, social, económica e que fala da humanidade, dos artistas, do mundo! Um texto cru, controverso que, certamente, nem todos vão apreciar! Em geral o resultado foi positivo e tivemos citações e testemunhos muito bons sobre o espetáculo, as pessoas ficavam presas até ao fim, percebiam a mensagem e não sentiam o Death Cabaret como uma lição de moral ou uma posição partidária. É por isso que ele vai continuar a viajar pelo mundo, porque tem muito que descobrir!