Browsing by Author "Santos, Pedro Lopes dos"
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- Estudo intercultural sobre a interação mãe-filho(a) em jogo livre aos 9 meses em diades brasileiras e portuguesasPublication . Rodrigues, Cristina; Ribeiro, Camila; Lamônica, Dionísia; Santos, Pedro Lopes dos; Fuertes, MarinaAinsworth, Bell e Stayton (1974) definem a sensibilidade maternal como capacidade de perceber e interpretar adequadamente os comportamentos e comunicações do bebé respondendo pronta e adequadamente às necessidades. Van den Boom (1997) num estudo meta-analítico apresenta a mutualidade/reciprocidade como fatores importantes na sensibilidade das mães, ganhando assim um sentido diádico, no qual a qualidade da interação resulta do produto da sensibilidade do adulto com a cooperação infantil. Embora a qualidade da interação mãe-filho(a) tenha sido estudada em várias culturas, existem poucos estudos interculturais (i.e., realizados nas mesmas condições em culturas distintas). Neste estudo dedicamo-nos à cultura portuguesa à cultura brasileira que partilhando a mesma língua são distintas em termos de organização social e nas respostas à infância e à família. Assumindo, uma abordagem diádica e uma linha de estudo quasi-intercultural, procurou-se descrever e comparar a sensibilidade materna e cooperação infantil atendendo às expressões facial e vocal, posicionamento, afetividade, reciprocidade, diretividade e qualidade de jogo, em duas amostras independentes: portuguesa e brasileira. Para o efeito, as díades mãe-filho(a) foram filmadas em jogo livre aos 9 meses. Os resultados indicam diferenças significativas entre a qualidade interativa nas duas amostras: mães brasileiras mais passivas e bebés brasileiros mais difíceis. O género do bebé e o Apgar ao primeiro minuto afetaram os resultados na amostra brasileira. Na amostra portuguesa foram: idade do pai, Apgar ao quinto minuto, peso gestacional do bebé, e a escolaridade dos pais associou-se aos comportamentos interativos mãe-filho(a). Em suma, diferentes fatores afetaram as duas amostras. Os dados são discutidos à luz das práticas de intervenção precoce suportadas na evidência e na ação preventiva junto da família.
- More than maternal sensitivity shapes attachment : infant coping and temperamentPublication . Fuertes, Marina; Santos, Pedro Lopes dos; Beeghly, Marjorie; Tronick, EdwardThe aim of this longitudinal studywas to investigate the effect of a set of factors from multiple levels of influence: infant temperament, infant regulatory behavior, and maternal sensitivity on infant’s attachment. Our sample consisted of 48 infants born prematurely and their mothers. At 1 and 3 months of age, mothers described their infants’behavior using the Escala de Temperamento do Beb´e. At 3 months of age, infants’ capacity to regulate stress was evaluated during Tronick’s Face-to-Face Still-Face (FFSF) paradigm. At 9 months of age, mothers’ sensitivity was evaluated during free play using the CARE-Index. At 12 months of age, infants’ attachment security was assessed during Ainsworth’s Strange Situation. A total of 16 infants were classified as securely attached, 17 as insecure-avoidant, and 15 as insecure-resistant. Mothers of securely attached infantswere more likely than mothers of insecure infants to describe their infants as less difficult and to be more sensitive to their infants in free play. In turn, secure infants exhibited more positive responses during the Still-Face. Infants classified as insecureavoidant were more likely to self-comfort during the Still-Face and had mothers who were more controlling during free play. Insecure-resistant exhibited higher levels of negative arousal during the Still-Face and had mothers who were more unresponsive in free play. These findings show that attachment quality is influenced bymultiple factors, including infant temperament, coping behavior, and maternal sensitivity.
- Pais e mães protegem, acarinham e brincam de formas diferentesPublication . Faria, Anabela; Santos, Pedro Lopes dos; Fuertes, MarinaNo presente artigo de revisão quisemos explorar os papéis maternos e paternos no estabelecimento da vinculação e na qualidade da interação entre pais (pais e mães) e filhos nos primeiros dois anos de vida. Vários estudos recorrendo à Situação Estranha indicam que a vinculação segura é mais frequente em díades mãe-filho do que em díades pai-filho, e que as mães em média são mais sensíveis do que os pais. No entanto, a diversidade de estudos, metodologias e resultados permitem-nos reinterpretar o papel paterno. Adicionalmente, as medidas de avaliação da sensibilidade foram, na maioria dos casos, aferidas em estudos da relação mãe-filho(a) e não sabemos se integram a diversidade de comportamentos da relação pai-filho(a). Importa compreender e discutir as diferenças da vinculação com a mãe e com o pai no quadro mais amplo das relações da família.
- Predictors of infant positive, negative and self-direct coping during face to face still-face in a Portuguese preterm samplePublication . Fuertes, Marina; Beeghly, Marjorie; Santos, Pedro Lopes dos; Tronick, EdwardPast studies found three types of infant coping behaviour during Face-to-Face Still-Face paradigm (FFSF): a Positive Other-Directed Coping; a Negative Other-Directed Coping and a Self-Directed Coping. In the present study, we investigated whether those types of coping styles are predicted by: infants’ physiological responses; maternal representations of their infant’s temperament; maternal interactive behaviour in free play; and infant birth and medical status. The sample consisted of 46, healthy, prematurely born infants and their mothers. At one month, infant heart rate was collected in basal. At three months old (corrected age), infant heart-rate was registered during FFSF episodes. Mothers described their infants’ temperament using a validated Portuguese temperament scale, at infants three months of corrected age. As well, maternal interactive behaviour was evaluated during a free play situation using CARE-Index. Our findings indicate that positive coping behaviours were correlated with gestational birth weight, heart rate (HR), gestational age, and maternal sensitivity in free play. Gestational age and maternal sensitivity predicted Positive Other-Direct Coping behaviours. Moreover, Positive Other-Direct coping was negatively correlated with HR during Still-Face Episode. Self-directed behaviours were correlated with HR during Still-Face Episode and Recover Episode and with maternal controlling/intrusive behaviour. However, only maternal behaviour predicted Self-direct coping. Early social responses seem to be affected by infants’ birth status and by maternal interactive behaviour. Therefore, internal and external factors together contribute to infant ability to cope and to re-engage after stressful social events.
- Processamento sensorial e interacção diádica como promotores de resiliência nas crianças de famílias com baixos rendimentosPublication . Costa, Maria Antónia; Santos, Pedro Lopes dos; Fuertes, MarinaA pesquisa sobre resiliência sugere que a criança que se desenvolve em contexto adverso, poderá usufruir de atributos relevantes, pessoais e do ambiente. Neste sentido pretendeu-se estudar, até que ponto, as competências de modulação sensorial da criança e a qualidade das interacções mãe-filho, influenciavam as trajectórias de risco e podiam promover as oportunidades de resiliência da criança. Participaram no estudo 136 crianças, 67 do sexo feminino e 69 do sexo masculino, com idades entre os 7 e os 36 meses. Analisámos a sensibilidade materna em situação de jogo livre recorrendo à escala CARE-Index e o processamento sensorial através do de entrevista baseado no protocolo de Dunn (1997) assente nos quatro padrões de processamento sensorial: baixo registo; sensibilidade sensorial; procura sensorial; evitamento sensorial, construto anteriormente validado. Constituímos, com base nas premissas do modelo de avaliação autêntica, um índex de capacidades, que nos serviu como referencial para a avaliação do risco e da resiliência. Os resultados indicaram que a resiliência infantil em ambiente de pobrezaestava associada a indicadores de elevada sensibilidade materna e a índices adequados de processamento sensorial. A discussão dos resultados enquadrou-se nos modelos actuais e emergentes das influências neurobiológicas e ambientais nos processos de risco e de resiliência.
- Qualidade do processamento sensorial e vinculação infantilPublication . Costa, Antónia Oliveira; Santos, Pedro Lopes dosEstudou-se a relação entre a segurança da vinculação e a qualidade do processamento sensorial na primeira infância. Para o efeito, seleccionou-se uma amostra normativa de 40 díades mãe-bebé, com crianças entre os 11 e os 18 meses. Avaliou-se a qualidade da vinculação, observando a díade no procedimento Situação Estranha. Classificaram-se 17 (42,5%) das crianças no grupo de vinculação segura, sendo que as restantes 23 (57,5%) revelaram uma vinculação não segura. A qualidade do processamento sensorial avaliou-se através do Teste de Funções Sensoriais. Constatou-se que a segurança da vinculação infantil associava-se a um score agregando quatro factores ambientais (nível sócio-económico dos pais; existência de internamentos hospitalares; coeficiente de número de irmãos; local onde a criança passa o dia). O Teste de Funções Sensoriais não apresentou valor prognóstico relativamente ao tipo de vinculação. Porém, a boa qualidade no processamento da informação sensorial parece constituir um factor de resiliência no desenvolvimento da vinculação.
- The effects of parental sensitivity and involvement in caregiving on mother–infant and father–infant attachment in a portuguese samplePublication . Fuertes, Marina; Faria, Anabela; Beeghly, Marjorie; Santos, Pedro Lopes dosIn the present longitudinal study, we investigated attachment quality in Portuguese mother–infant and in father–infant dyads, and evaluated whether attachment quality was related to parental sensitivity during parent–infant social interaction or to the amount of time each parent spent with the infant during play and in routine caregiving activities (e.g., feeding, bathing, play). The sample consisted of 82 healthy full-term infants (30 girls, 53 boys, 48 first born), and their mothers and fathers from mostly middle-class households. To assess parental sensitivity, mothers and fathers were independently observed during free play interactions with their infants when infants were 9 and 15 months old. The videotaped interactions were scored by masked coders using the Crittenden’s CARE-Index. When infants were 12 and 18 months old, mother–infant and father–infant dyads were videotaped during an adaptation of Ainsworth’s Strange Situation. Parents also described their level of involvement in infant caregiving activities using a Portuguese version of the McBride and Mills Parent Responsibility Scale. Mothers were rated as being more sensitive than fathers during parent–infant free play at both 9 and 15 months. There also was a higher prevalence of secure attachment in mother–infant versus father–infant dyads at both 12 and 18 months. Attachment security was predicted by the amount of time mothers and fathers were involved in caregiving and play with the infant, and with parents’ behavior during parent–infant free play.