Browsing by Author "Sanches, Elisabeth"
Now showing 1 - 1 of 1
Results Per Page
Sort Options
- Rins & coração: a relação na doença renal crónicaPublication . Ferreira, Raquel; Semedo, Cláudia; Sanches, Elisabeth; Fonseca, VirgíniaA Síndrome Cardiorrenal é definida como a coexistência da disfunção cardíaca e da disfunção renal, na qual a falência aguda ou crónica de um dos órgãos precipita a falência aguda ou crónica do outro, sendo que se dará foco ao tipo IV no qual a disfunção cardíaca crónica é secundária à doença renal crónica, encontrando-se pacientes com este tipo de disfunção a realizar hemodiálise podendo também aguardar transplante renal. A doença renal crónica (DRC) tornou-se um tema de grande importância devido à sua alta prevalência (10-13% da população no mundo), aos altos custos que gera e por ser cada vez mais vista como um problema da saúde pública. As duas etiologias mais comuns desta doença são a hipertensão arterial e a diabetes mellitus. A principal causa de morbilidade e mortalidade em pacientes com DRC são as doenças cardiovasculares: doença arterial coronária; insuficiência cardíaca; arritmias e morte súbita cardíaca. Doença cardiovascular é um termo genérico que designa todas as alterações patológicas que afetam o coração e/ou vasos sanguíneos. A doença renal crónica (DRC) é definida como a estrutura ou função renal anormal com mais de três meses de duração e com patologias associadas. O diagnóstico da Síndrome Cardiorrenal tipo IV a nível cardíaco baseia-se principalmente no exame ultrassonográfico do coração (ecocardiografia) e dos rins (ultrassonografia renal). Como consequência da evolução da DRC, o sistema cardiovascular encontra-se afetado de diversas formas levando ao remodeling cardíaco, a anormalidades neuro-hormonais, aumento do risco sistémico, hipertrofia ventricular esquerda (e direita), disfunção diastólica esquerda (e direita), disfunção sistólica, diminuição da perfusão coronária, aumento da inflamação, calcificação coronária e dos tecidos, sobrecarga de volume no coração e a uma alteração dos valores dos biomarcadores (troponina cardíaca, peptídeo natriurético, dimetilarginina assimétrica, albumina modificada por isquémia, proteínas de fase aguda, soro da proteína amiloide A e proteína C reativa). A ultrassonografia cardiovascular tem ajudando significativamente na avaliação dos pacientes com doença renal crónica por ser uma técnica não invasiva, mais segura (sem agentes de contraste tóxicos ou radiação), mais rápida e mais rentável. Na prática clínica a disfunção diastólica, a hipertrofia ventricular esquerda e a dilatação da aurícula esquerda são os achados ultrassonográficos mais frequentes na doença renal crónica.