Browsing by Author "Moura, Rui Filipe Monteiro"
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- Filandorra: um teatro à solta no nordeste transmontanoPublication . Moura, Rui Filipe Monteiro; Bento, DiogoEste relatório de estágio situa-se no âmbito do processo criativo e apresentação de quatro peças teatrais, numa perspetiva mais ampla, não se limitando à análise das ações apresentadas em cena. Parti de uma conceção do processo criativo e organizacional de uma companhia de teatro situada na região de Trás-os-Montes com atividade aberta há 37 anos, com o nome de Filandorra – Teatro do Nordeste, o que me permitiu compreender as etapas em que um encenador se envolve e que contribuem para a qualidade do seu desempenho com os atores. Para além do processo criativo, de estudo, leitura, interpretação, ensaios e posterior concretização em palco, fiz ao longo deste relatório uma análise mais concisa e profunda às obras que me propuseram e aos seus autores, numa tentativa de encontrar respostas para as dúvidas que ainda existiam e para, de alguma maneira, aprofundar mais os meus conhecimentos teóricos. Desta forma, o foco deste relatório são as quatro peças onde participei como ator: Auto da Barca do Inferno e Farsa de Inês Pereira, ambas de Gil Vicente, inseridas no “Ciclo de Teatro Vicentino para as escolas”; Histórias da Vermelhinha, de Bento da Cruz, que surgiu de um projeto de verdadeira descentralização designado “O Teatro e as Serras”; por último O Cerejal, de Anton Tchekhov. Nestes quatro espetáculos interpretei dez personagens, sendo que em Histórias da Vermelhinha foram precisamente sete. Abordei significativamente toda a construção de cada personagem, os métodos que utilizei e recursos que fui absorvendo ao longo de toda a minha formação. Dei ainda destaque a outros conceitos e abordagens neste relatório final: as “aulas vivas” sobre os textos de Gil Vicente que acontecem sempre no fim de cada espetáculo, nos mais variados palcos por onde a companhia passa (que tanto podem ser grandes salas de teatro e auditórios, com as melhores condições para a prática teatral, bem como os mais peculiares e surpreendentes espaços onde atuamos), as datas e digressões, o número de espetadores, o número de sessões, o público-alvo e o elenco. Este processo em que estive envolvido ao longo de seis meses de estágio também me permitiu conhecer o trabalho que a companhia desenvolve junto das comunidades, na educação de públicos, no importante papel que traz para a descentralização teatral e como funciona todo o método de trabalho com atores, técnicos, produção e encenação.