Browsing by Author "Dias, Ana Filipa Sanches"
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- “Gostei mais de termos sido nós a mudar o espaço, porque nós somos mais inteligentes!” (H). A participação das crianças na reorganização da área do faz de contaPublication . Dias, Ana Filipa Sanches; Simões, AnaO presente relatório emerge da Prática Profissional Supervisionada (Módulo II), do mestrado em Educação Pré-Escolar da Escola Superior de Educação de Lisboa, decorrido em contexto de jardim de infância (JI). Neste documento, será apresentado o trabalho desenvolvido neste contexto de forma refletida, avaliando, deste modo, a minha prática educativa, que contribuiu para a construção da minha identidade profissional. Para tal, será apresentada a caracterização do contexto onde se realizou a prática; serão também evidenciadas quais as minhas intenções para com aquele grupo de crianças, equipa educativa e famílias. Fará também parte deste documento um capítulo relacionado com a construção da profissionalidade docente, no qual se refletirá acerca do meu percurso percorrido nos contextos de creche e de JI. Ao longo da prática, surgiu um projeto, o projeto do Hospital, que deu origem à investigação realizada, na medida em que as crianças quiseram construir um hospital na sala. Assim sendo, foi realizado um estudo de caso de natureza qualitativa, que emergiu da problemática relacionada com a participação das crianças na reorganização da área do faz de conta. Através da utilização de diversas técnicas (entrevistas semiestruturadas) e instrumentos de recolha de dados (notas de campo, reflexões e registos fotográficos) e da triangulação dos dados obtidos, pretendeu-se perceber de que forma é que as crianças participam na reorganização de uma área da sala e se tal facto contribui (ou não) para a sua aprendizagem. Os resultados deste estudo apontam para as seguintes conclusões: (i) as crianças tiveram um papel ativo, quer na fase do planeamento, quer na construção/alteração do espaço, o que foi importante no seu processo de aprendizagem e de construção social; (ii) o direito à não participação deve ser sempre assegurado e representa a liberdade que as crianças têm em poder dizer não num ambiente democrático; (iii) o adulto deve saber ouvir as vozes das crianças, reconhecendo-as como agentes do seu processo de aprendizagem.