Browsing by Author "Correia, Catarina Caldeira Brigas"
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- Todos temos direito a saber que temos direitos: a prática profissional supervisionada assente no reconhecimento dos direitos da criançaPublication . Correia, Catarina Caldeira Brigas; Tomás, Catarina AlmeidaO presente relatório da Prática Profissional Supervisionada II (PPSII) pretende dar a conhecer ao leitor a análise da “voz” das crianças sobre os seus próprios direitos. Partindo do reconhecimento da criança enquanto sujeito de direitos, com uma voz ativa (Tomás, 2007b), ultrapassando a ideia de que a criança tem somente necessidades, surge, em 1989, a Convenção dos Direitos da Criança (CDC). Este documento iniciou a desconstrução do “paradigma protecionista” (Soares & Tomás, 2004) da infância, abrindo caminho à participação infantil e ao seu envolvimento em tomadas de decisão no que à sua vida diz respeito. Contudo, a tarefa de atribuir direitos à criança, tem tido, segundo Fernandes (2005), um longo e tortuoso caminho, quer devido à consciencialização da sociedade para essa necessidade quer devido às dificuldades que se colocam à interpretação e aplicação dos referidos direitos. Tendo como ponto de partida a(s) fragilidade(s) apresentadas anteriormente, bem como o projeto desenvolvido ao longo de dois meses no decorrer da PPSII – “O que precisamos para viver? – Os direitos da criança”, surgiu a necessidade de auscultar a “voz” das crianças relativamente à referida temática. Desta forma, o presente documento relata, a partir de diferentes atividades de investigação realizadas com as crianças no contexto educativo, um conjunto de reflexões e, posteriores, conclusões acerca da(s) sua(s) perceção(ões) sobre os seus próprios direitos. A partir de um corpus teórico que coloca em diálogo a Pedagogia e a Sociologia da Infância, parti para a realização de uma investigação-ação (IA) em jardim de infância (JI), no âmbito da PPSII. Metodologicamente, optei por uma abordagem qualitativa, utilizando como técnicas de recolha de informação, a observação participante e não participante e a consulta documental; e como instrumentos, os registos diários (reflexões e notas de campo), fotografias, vídeos e produções das crianças. A partir dos dados recolhidos e organizados pude testemunhar a importância de considerar a criança um elemento ativo e participativo no seu contexto de vida, vivenciando, diariamente, os seus direitos.