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Authors
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Abstract(s)
Nas línguas, como o português, que seguem um sistema de
escrita
1
alfabético
– isto é, um sistema de escrita em que, em princípio,
cada símbolo gráfico corresponde a um segmento fonológico (ou, em
certos casos, a um segmento fonético)
2
–, verifica-se frequentemente que,
além da representação de tais segmentos, outros aspectos das estruturas
linguísticas podem ser vertidos para a representação escrita. Como veremos
no presente artigo, a inclusão de aspectos não-segmentais na representação
gráfica segmental
3
pode introduzir afastamentos desta última em relação a
esse objectivo “primordial” da escrita alfabética
“ideal”
(aquela em que
a correspondência grafema-fonema e fonema-grafema seria perfeitamente sistemática e isomórfica). É precisamente sobre a natureza e alguns efeitos
desses afastamentos que, partindo de uma perspectiva eminentemente
linguística, pretendemos debruçar-nos neste trabalho.
Assim, começaremos por reunir algumas reflexões gerais sobre
diversos aspectos de natureza linguística – restringindo-nos quase só aos
domínios fonético, fonológico e/ou morfológico – que podem encontrar
algum tipo de representação na escrita alfabética. Seguidamente, deter-nos-
emos sobre a decorrente divisão entre línguas de escrita fonemicamente
opaca e línguas de escrita fonemicamente transparente, referindo o lugar do
português nessa divisão e abordando, incidentalmente, algumas implicações
educacionais da questão
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Keywords
Linguagem Escrita Fonética
Citation
Publisher
CIED – Centro Interdisciplinar de Estudos Educacionais/Escola Superior de Educação de Lisboa